Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito, Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais contra Banco por Contrato Fraudulento

Publicado em: 14/01/2024 Consumidor
Proposta de ação judicial por A. J. dos S. contra Banco XYZ S.A., visando à declaração de inexistência de débito decorrente de contrato fraudulento de empréstimo consignado, repetição de indébito em dobro e indenização por danos morais. Alega-se fraude na contratação, ausência de comunicação prévia e falha na prestação de serviço, fundamentando-se no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Processo nº: __________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de Banco XYZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor foi surpreendido ao constatar descontos indevidos em seu benefício previdenciário, decorrentes de um contrato de empréstimo consignado que jamais celebrou. Tal situação foi agravada pela ausência de qualquer comunicação prévia ou autorização do Autor para a realização da referida operação.

Após diligências, o Autor verificou que o contrato foi firmado de forma fraudulenta, utilizando-se de documentos falsificados. A instituição financeira Ré, por sua vez, não adotou as cautelas necessárias para verificar a autenticidade da documentação apresentada, configurando evidente falha na prestação do serviço.

A conduta negligente da Ré resultou em prejuízo financeiro ao Autor, que teve valores descontados de forma indevida de sua aposentadoria, além de danos morais decorrentes do abalo emocional e da sensação de insegurança gerados pela fraude.

DO DIREITO

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, sendo aplicável a responsabilidade objetiva da Ré, conforme disposto no CDC, art. 14. A falha na prestação do serviço é evidente, uma vez que a instituição financeira não adotou medidas eficazes para evitar a fraude.

A inexistência do contrato é corroborada pela ausência de manifestação de vontade do Autor, configurando vício de consentimento nos termos do CCB/2002, art. 104, III. Ademais, a conduta da Ré violou os princípios da boa-fé objetiva e da confiança, pilares das relações contratuais.

Quanto à repetição de indébito, o CCB/2002, art. 876, prevê a devolução dos valores pagos indevidamente. No caso em tela, a devolução deve ocorrer em dobro, conforme o CD"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação de um voto de magistrado em formato HTML, com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Tratam os autos de ação declaratória de inexistência de débito c/c repetição de indébito e indenização por danos morais, proposta por A. J. dos S. em face de Banco XYZ S.A., em razão de descontos indevidos realizados no benefício previdenciário do autor, decorrentes de contrato de empréstimo consignado que, segundo alegado, foi firmado de forma fraudulenta.

Análise dos Fatos e do Direito

Consta nos autos que o autor foi surpreendido pela realização de descontos em sua aposentadoria, sem que tivesse celebrado qualquer contrato com a instituição financeira ré. Restou demonstrado que o contrato foi firmado mediante fraude, com a utilização de documentos falsificados. A ré, por sua vez, não adotou as cautelas necessárias para verificar a autenticidade da documentação apresentada, configurando falha na prestação do serviço.

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, caracterizando-se a responsabilidade objetiva da instituição financeira, conforme disposto no art. 14 do CDC. Ademais, a ausência de consentimento do autor na celebração do contrato configura vício de consentimento, nos termos do art. 104, III, do Código Civil.

Quanto à repetição de indébito, o art. 42, parágrafo único, do CDC, prevê a devolução em dobro do valor cobrado indevidamente, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável, o que não restou demonstrado pela ré. Quanto aos danos morais, a conduta negligente da ré, ao permitir a realização de contrato fraudulento, causou abalo à dignidade e à segurança do autor, violando direitos da personalidade protegidos pelo art. 11 do Código Civil.

Fundamentação Constitucional e Legal

Em observância ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que determina a fundamentação de todas as decisões judiciais, entendo que a procedência parcial do pedido é medida que se impõe, considerando os seguintes fundamentos legais:

  • Art. 14 do Código de Defesa do Consumidor: responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços por falha na prestação do serviço;
  • Art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor: repetição em dobro do indébito, salvo engano justificável;
  • Art. 11 do Código Civil: proteção aos direitos da personalidade, como dignidade e segurança;
  • Art. 876 do Código Civil: obrigação de restituir o que foi indevidamente pago.

Decisão

Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente ação para:

  1. Declarar a inexistência do contrato de empréstimo consignado firmado fraudulentamente;
  2. Condenar a ré à devolução em dobro dos valores descontados indevidamente, acrescidos de correção monetária e juros legais, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC;
  3. Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais, que arbitro em R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando a gravidade do abalo emocional e o caráter compensatório e pedagógico da medida;
  4. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015;

Por outro lado, deixo de acolher o pedido de designação de audiência de conciliação, uma vez que a matéria discutida nos autos é exclusivamente de direito e já se encontra devidamente instruída para julgamento, nos termos do art. 355, I, do CPC/2015.

Sentença publicada e registrada eletronicamente. Intimem-se as partes.

_________, ____ de __________ de ______.

____________________________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito

### Explicação: - Usei elementos como `

` e `

` para organizar o conteúdo e facilitar a leitura. - Fundamentei o voto com base na Constituição Federal, no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor. - Estruturei a decisão de forma clara, abordando os pedidos e os fundamentos legais. - Assegurei que a decisão fosse devidamente motivada, nos termos do art. 93, IX, da CF/88.


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