Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Anulação de Contrato Fraudulento, Indenização por Danos Morais e Obrigação de Fazer

Publicado em: 23/08/2024 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial em que o Requerente solicita a declaração de inexistência de débito e a anulação de um contrato fraudulento, que resultou na indevida negativação de seu nome em cadastros de inadimplentes. Além disso, pleiteia indenização por danos morais no valor de R$ 15.000,00, a exclusão de seu nome dos cadastros de proteção ao crédito e a condenação do Requerido ao pagamento de custas e honorários advocatícios. O fundamento jurídico baseia-se no Código de Defesa do Consumidor, no Código de Processo Civil e no Código Civil, além de jurisprudências correlatas.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE [INSERIR COMARCA]

[Local], [Data]

PREÂMBULO

Requerente: [Nome completo do requerente], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], e-mail: [e-mail].
Requerido: [Nome completo do requerido], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede à [endereço completo], e-mail: [e-mail].

Por intermédio de seu advogado, conforme instrumento de mandato anexo, com endereço profissional à [endereço completo], para fins do art. 106, I, do CPC/2015, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C ANULAÇÃO DE CONTRATO, INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E OBRIGAÇÃO DE FAZER

em face de [Nome do Requerido], pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

DOS FATOS

O Requerente foi surpreendido ao constatar que seu nome foi negativado junto aos órgãos de proteção ao crédito (como SPC/Serasa), sob a alegação de inadimplemento de um contrato que jamais celebrou com o Requerido.

O suposto contrato, que originou a negativação, foi firmado de forma fraudulenta, sem qualquer anuência ou participação do Requerente. Ademais, o Requerido não apresentou qualquer prova robusta que demonstre a regularidade da contratação, limitando-se a alegações genéricas e documentos unilaterais.

Tal situação causou ao Requerente danos morais significativos, em razão da injusta negativação de seu nome, que lhe trouxe constrangimentos e prejuízos à sua honra e reputação.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no CDC, art. 42, parágrafo único, que prevê a restituição em dobro de valores cobrados indevidamente e a reparação por danos morais em caso de cobrança indevida.

O CPC/2015, art. 373, II, estabelece que o ônus da prova acerca da existência e validade do contrato cabe ao Requerido, o que não foi cumprido no presente caso. A ausência de comprovação da relação jurídica entre as partes reforça a inexistência do débito.

A responsabilidade do Requerido é objetiva, conforme o CCB/2002, art. 927, parágrafo único, aplicando-se a teoria do risco profissional. A negligência na verificação da autenticidade do contrato demonstra falha na prestaç"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com anulação de contrato, pedido de indenização por danos morais e obrigação de fazer, movida por [Nome do Requerente] em face de [Nome do Requerido]. O requerente alega a negativação fraudulenta de seu nome nos cadastros de inadimplentes, decorrente de contrato que não celebrou. Pede a exclusão do débito, indenização e outros consectários legais.

Voto

Nos termos do artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, passo a fundamentar o presente voto com base nos fatos e no direito aplicável.

Análise dos Fatos

O requerente demonstrou, por meio de documentos anexados aos autos, que seu nome foi negativado de forma indevida, sob a alegação de inadimplemento de um contrato que não celebrou. A ausência de prova robusta apresentada pelo requerido, limitando-se este a telas sistêmicas desacompanhadas de documentos hábeis, é insuficiente para comprovar a regularidade da contratação.

Configura-se, assim, a falha na prestação do serviço por parte do requerido, em razão da negligência na verificação da autenticidade do contrato supostamente firmado.

Fundamentos Jurídicos

A presente demanda encontra respaldo no artigo 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, que prevê a reparação por danos morais e a restituição em dobro de valores cobrados indevidamente. Além disso, o artigo 373, inciso II, do CPC/2015 atribui ao requerido o ônus da prova acerca da existência e validade do contrato, o que não foi cumprido no caso em tela.

A responsabilidade do requerido é objetiva, com base no artigo 927, parágrafo único, do Código Civil, aplicando-se a teoria do risco da atividade. A jurisprudência também é pacífica no sentido de responsabilizar o fornecedor de serviços em casos de negativação indevida, conforme a Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça.

Jurisprudências

A jurisprudência reitera o dever de indenizar nos casos de negativação indevida:

  • TJSP (21ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Contratação não comprovada - Ônus da prova não atendido - Dano moral configurado. Montante fixado fora dos critérios da razoabilidade e proporcionalidade, comportando majoração para R$ 15.000,00."
  • TJSP (12ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Declaração de inexistência e inexigibilidade do débito é medida que se impõe."
  • TJSP (15ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Configurado o dano moral em razão de débito não prescrito em conta atrasada na plataforma de crédito, é devida a indenização no valor de R$ 5.000,00."

Decisão

Ante o exposto, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, voto por julgar procedente o pedido do requerente para:

  1. Declarar a inexistência do débito e anular o contrato supostamente firmado;
  2. Determinar a exclusão do nome do requerente dos cadastros de inadimplentes;
  3. Condenar o requerido ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), corrigido monetariamente desde o arbitramento;
  4. Condenar o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% do valor atualizado da condenação, nos termos do artigo 85, §2º, do CPC/2015.

Submeto o voto ao colegiado.

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito

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