Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito Fiscal, Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais e Desvio Produtivo do Consumidor em Face da União Federal

Publicado em: 21/09/2024 Civel Tributário
Trata-se de uma ação judicial proposta por contribuinte contra a União Federal (Fazenda Nacional) para declarar a inexistência de débito fiscal, reconhecendo a legalidade da declaração de rendimentos recebidos acumuladamente (RRA) conforme o art. 12-A da Lei nº 7.713/1988. A peça discute a inclusão indevida do autor na malha fina da Receita Federal, com pleitos de repetição de indébito, indenização por danos morais e reconhecimento de desvio produtivo do consumidor. Fundada em dispositivos do Código Tributário Nacional, CPC/2015, Constituição Federal e jurisprudência consolidada, a ação busca ainda a condenação da União ao pagamento de despesas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO [INSERIR LOCAL]

Autor: [Nome Completo do Autor], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número], residente e domiciliado à [endereço completo], com endereço eletrônico [e-mail].

Réu: UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL), pessoa jurídica de direito público, com endereço na [endereço da União/Fazenda Nacional].

PREÂMBULO

O Autor, devidamente qualificado, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional indicado no rodapé desta peça, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 319 do CPC/2015, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO FISCAL C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO, INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E DESVIO PRODUTIVO DO CONSUMIDOR

em face da UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor foi surpreendido com a inclusão de sua declaração de Imposto de Renda na malha fina da Receita Federal, sob a alegação de que os valores recebidos a título de honorários sucumbenciais e contratuais, pagos por meio de precatórios, não poderiam ser declarados como Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA), devendo ser considerados como rendimentos tributáveis.

Os valores recebidos, no entanto, referem-se a 204 meses de exercícios anteriores, sendo devidamente enquadrados como RRA, conforme disposto no art. 12-A da Lei nº 7.713/1988. O Autor seguiu estritamente as orientações da Solução de Consulta nº 40/2016 da Cosit, que possui efeito vinculante no âmbito da Receita Federal, conforme art. 9º da IN RFB nº 1.396/2013.

Além disso, a Receita Federal desconsiderou que os valores recebidos foram pagos por meio de precatórios, o que reforça a natureza de rendimentos acumulados, sujeitos à tributação exclusiva na fonte com base na tabela progressiva.

Tal conduta da Receita Federal gerou prejuízos ao Autor, que foi compelido a despender tempo e recursos para solucionar a questão, configurando desvio produtivo do consumidor, além de danos morais pela indevida inclusão na malha fina.

DO DIREITO

1. DA LEGALIDADE DA DECLARAÇÃO COMO RRA

O art. 12-A da Lei nº 7.713/1988 dispõe que os rendimentos recebidos acumuladamente, relativos a anos-calendário anteriores, devem ser tributados de forma exclusiva na fonte, com base na tabela progressiva correspondente ao mês do recebimento. Tal dispositivo foi regulamentado pela IN RFB nº 1.500/2014, que reforça o direito do contribuinte de declarar tais rendimentos como RRA.

Ademais, a Solução de Consulta nº 40/2016 da Cosit esclarece que os honorários sucumbenciais pagos por meio de precatórios, relativos a processos judiciais de anos-calendário anteriores, também devem ser tributados na forma do art. 12-A da Lei nº 7.713/1988.

...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares
Segue abaixo a simulação do voto do magistrado em formato HTML, com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação declaratória com pedido de inexistência de débito fiscal, cumulada com repetição de indébito, indenização por danos morais e desvio produtivo do consumidor, movida pelo Autor [Nome Completo do Autor] em face da União Federal (Fazenda Nacional). O Autor alega que valores recebidos a título de honorários sucumbenciais e contratuais foram indevidamente considerados tributáveis pela Receita Federal, resultando na inclusão de sua declaração de imposto de renda na malha fina.

O Autor defende que os valores recebidos devem ser classificados como Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA), conforme disposto no art. 12-A da Lei nº 7.713/1988, e que a conduta da Receita Federal foi arbitrária, causando-lhe prejuízos materiais e morais.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos e do Direito

Os fatos narrados pelo Autor encontram respaldo na legislação vigente. O art. 12-A da Lei nº 7.713/1988 estabelece que rendimentos recebidos acumuladamente referentes a anos-calendário anteriores devem ser tributados exclusivamente na fonte, com base na tabela progressiva correspondente. A Solução de Consulta nº 40/2016 da Cosit, que possui efeito vinculante, reforça a legalidade da conduta do Autor ao declarar os valores recebidos como RRA.

Além disso, a Receita Federal desconsiderou que os valores foram pagos por meio de precatórios, reforçando a natureza acumulada dos rendimentos. Tal conduta desrespeita os princípios constitucionais da legalidade (art. 5º, II, da CF/88) e da segurança jurídica (art. 5º, XXXVI, da CF/88).

2. Da Responsabilidade da União Federal

A inclusão indevida do Autor na malha fina configura abuso de poder pela Receita Federal. A Administração Tributária deve atuar de forma eficiente e em conformidade com a legislação, conforme disposto no art. 22 do Código Tributário Nacional (CTN). A decisão administrativa que prejudicou o Autor demonstra a ausência de observância dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

3. Dos Danos Morais e do Desvio Produtivo

A conduta da Receita Federal acarretou ao Autor abalo psicológico e prejuízo moral, configurando dano moral indenizável, nos termos do art. 186 do Código Civil. Além disso, o tempo e os recursos despendidos pelo Autor para solucionar a questão caracterizam desvio produtivo do consumidor, conforme entendimento consolidado na jurisprudência.

4. Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência reforça o entendimento aqui adotado:

  • TJSP (23ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Reconhece a violação ao art. 5º, XXXV, da CF/88, quando a Administração exige exaurimento da via administrativa para discutir a legalidade de atos lesivos ao contribuinte.
  • STJ (2ª T.) - Recurso Especial 1.626.287 - PR: Reafirma a necessidade de observância dos princípios do contraditório e ampla defesa em atos administrativos que resultem em prejuízo ao contribuinte.

III. Dispositivo

Ante o exposto, conheço do pedido, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade, e JULGO PROCEDENTE a ação para:

  • Declarar a inexistência de débito fiscal em relação aos valores recebidos pelo Autor, reconhecendo a legalidade da sua declaração como Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA);
  • Condenar a União Federal ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 10.000,00, e por desvio produtivo do consumidor, no valor de R$ 5.000,00;
  • Condenar a União Federal ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% do valor da condenação, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

IV. Termos Finais

[Local], [Data]

_________________________________________

[Nome do Magistrado]

Juiz(a) Federal


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