Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito, Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais Contra Instituição Financeira
Publicado em: 09/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [LOCAL]
[Nome da Cidade], [Data]
PREÂMBULO
[Nome completo da autora], [estado civil], [profissão], inscrita no CPF sob o nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado em [endereço do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de [Nome do Banco Réu], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede em [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A autora foi surpreendida com descontos indevidos em sua folha de pagamento, decorrentes de um suposto contrato de empréstimo consignado que jamais foi por ela celebrado. O referido contrato foi realizado de forma unilateral pela instituição financeira ré, sem qualquer anuência ou autorização da autora, violando os preceitos legais que regem a contratação de empréstimos consignados.
Ressalte-se que a modalidade de empréstimo consignado possui regramento específico, exigindo a observância de formalidades legais, como a assinatura do contrato e a comprovação inequívoca do consentimento do consumidor. No entanto, a ré limitou-se a realizar o depósito do valor do empréstimo na conta da autora, sem qualquer comprovação de que esta tenha solicitado ou autorizado tal operação.
Diante disso, a autora busca a declaração de inexistência do débito, a devolução em dobro dos valores descontados indevidamente, bem como a reparação pelos danos morais sofridos, em razão da conduta negligente da ré, que comprometeu sua subsistência ao realizar descontos em verba de natureza alimentar.
DO DIREITO
A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), sendo aplicável o princípio da vulnerabilidade do consumidor. Nos termos do CDC, art. 6º, VIII, é direito básico do consumidor a inversão do ônus da prova quando for verossímil a alegação ou quando este for hipossuficiente, como no presente caso.
Ademais, a ausência de comprovação da contratação do empréstimo pela autora configura falha na prestação do serviço, nos termos do CDC, art. 14, que prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor em razão de defeitos relativos à prestação dos serviços.
A conduta da ré também afronta o disposto no CPC/2015, art. 373"'>...