Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito com Restituição de Valores e Indenização por Danos Morais contra Banco Bradesco S/A

Publicado em: 11/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Ação judicial proposta por aposentada contra o Banco Bradesco S/A, objetivando a declaração de inexistência de relação jurídica que autorize descontos indevidos em conta bancária, a restituição em dobro dos valores cobrados indevidamente, bem como indenização por danos morais. Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, Constituição Federal e Estatuto do Idoso, a petição destaca práticas abusivas, violação à boa-fé objetiva e abalo à dignidade da autora, idosa e hipossuficiente. Requer, ainda, gratuidade de justiça, citação do réu, produção de provas e designação de audiência de conciliação.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

N. R. da S., brasileira, estado civil _______, aposentada, portadora do RG nº _______ e CPF nº ________, residente e domiciliada na Rua _______, nº _______, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, CEP _______, endereço eletrônico _______, por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com escritório profissional situado na Rua _______, nº _______, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, CEP _______, endereço eletrônico _______, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face do BANCO BRADESCO S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº _______, com sede na Rua _______, nº _______, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, CEP _______, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Autora é correntista do Banco Bradesco S/A desde o ano de 2020, sendo titular da conta corrente nº 673148-1, agência 1761. Desde a abertura da conta, foram realizados descontos mensais referentes a "cestas de serviços bancários" e outras taxas, sem que houvesse a devida contratação ou autorização expressa por parte da Autora.

A análise dos extratos bancários dos anos de 2023, 2024 e 2025 evidencia descontos recorrentes e indevidos, que somam valores significativos, comprometendo a renda da Autora, que é pessoa idosa e aposentada, dependendo exclusivamente de seu benefício previdenciário para sua subsistência.

Tais descontos, realizados de forma unilateral e sem a devida anuência da Autora, configuram prática abusiva e violam os direitos do consumidor, conforme será demonstrado a seguir.

DO DIREITO

A relação entre a Autora e o Réu é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), uma vez que se trata de relação de consumo, conforme dispõe o CDC, art. 2º e art. 3º. O Banco Réu, na qualidade de fornecedor de serviços, tem o dever de garantir a transparência e a boa-fé nas relações contratuais, conforme o CDC, art. 4º, III.

A ausência de comprovação de contratação válida para os descontos realizados na conta bancária da Autora viola o princípio da boa-fé objetiva (CDC, art. 6º, IV) e configura prática abusiva, nos termos do CDC, art. 39, V. Ademais, a repetição do indébito deve ocorrer em dobro, conforme o CDC, art. 42, parágrafo único, independentemente da comprovação de má"'>...

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RELATÓRIO

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com restituição de valores e indenização por danos morais, proposta por N. R. da S. em face de Banco Bradesco S/A. A autora alega a realização de descontos indevidos em sua conta corrente, sem a devida anuência ou comprovação contratual válida, violando seus direitos como consumidora.

Alega ainda ser idosa, aposentada, e depender exclusivamente de seu benefício previdenciário para sua subsistência. Requer a restituição em dobro dos valores descontados, bem como a condenação por danos morais e demais pedidos elencados na exordial.

FUNDAMENTAÇÃO

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, passo a fundamentar o presente voto, considerando a análise hermenêutica dos fatos e do direito aplicável.

1. Da relação de consumo

A relação entre a autora e o réu configura relação de consumo, conforme preceituam os artigos 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor (CDC). O réu, na qualidade de fornecedor de serviços, possui o dever de respeitar os princípios da boa-fé objetiva e da transparência nas relações contratuais, nos termos do art. 4º, III, do CDC.

2. Dos descontos indevidos

A ausência de comprovação de contratação válida por parte do réu para os descontos realizados na conta bancária da autora viola o art. 39, V, do CDC, que proíbe práticas abusivas, e o art. 6º, IV, que assegura ao consumidor a proteção contra cláusulas abusivas. Ademais, o art. 42, parágrafo único, do CDC, determina a repetição do indébito em dobro, salvo comprovação de erro justificável, o que não foi demonstrado pelo réu.

3. Da dignidade da pessoa humana e da proteção ao idoso

A conduta do réu afronta diretamente o princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado no art. 1º, III, da CF/88, e o princípio da proteção ao idoso, previsto no art. 3º do Estatuto do Idoso ( Lei 10.741/2003). A autora, sendo pessoa idosa e aposentada, encontra-se em situação de vulnerabilidade, o que agrava ainda mais o impacto dos descontos indevidos em sua renda.

4. Da reparação por danos morais

A jurisprudência consolidada reconhece que descontos indevidos em contas bancárias de idosos ou aposentados geram abalo psicológico e violam a dignidade do consumidor, ensejando a reparação por danos morais. Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes:

  • STJ, EREsp. Acórdão/STJ: \"A ausência de comprovação de contratação válida para descontos em conta bancária impõe ao fornecedor a devolução em dobro dos valores descontados, conforme art. 42, parágrafo único, do CDC, independentemente de prova de má-fé.\"
  • TJSP, Apelação Cível 1000320-08.2022.8.26.0246: \"A indenização por dano moral em casos de descontos indevidos em benefício previdenciário deve considerar a vulnerabilidade do consumidor e a gravidade do dano.\"

DISPOSITIVO

Diante do exposto, voto pela procedência dos pedidos formulados na inicial, nos seguintes termos:

  1. Declarar a inexistência de relação jurídica que autorize os descontos realizados na conta bancária da autora.
  2. Condenar o réu à restituição em dobro dos valores descontados indevidamente, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC.
  3. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais, fixados em R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando a gravidade da conduta e a condição de vulnerabilidade da autora.
  4. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

É como voto.

_______________________________
Nome do Magistrado
Cargo


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