Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Ato Administrativo por Violação de Direitos Fundamentais e Irregularidades em Processo Disciplinar
Publicado em: 24/02/2025 AdministrativoProcesso CivilConstitucional MilitarAÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de ________.
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, militar, portador do CPF nº ______ e RG nº ______, residente e domiciliado na Rua _______, nº ____, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, endereço eletrônico ______, por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional localizado na Rua _______, nº ____, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, endereço eletrônico ______, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO
Em face do ESTADO DO PARÁ, pessoa jurídica de direito público, com sede na Rua _______, nº ____, Bairro _______, Cidade _______, Estado _______, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor, enquanto aluno do Curso de Formação de Praças da Polícia Militar do Estado do Pará, foi acusado de compartilhar questões de prova por meio do aplicativo WhatsApp com outros colegas soldados. Em razão dessa acusação, seu celular foi periciado sem a devida autorização judicial, sob a alegação de que se tratava de situação de flagrância, o que, conforme será demonstrado, não se sustenta juridicamente.
Além disso, o Autor foi acusado de coagir colegas de turma e de participar de milícia, acusações que jamais foram comprovadas por qualquer materialidade ou evidência concreta. Durante o curso, o Autor também foi alvo de perseguição por parte da Tenente F. N., que o acusou de "rir por baixo da máscara", uma alegação que, além de absurda, carece de qualquer lógica ou razoabilidade.
O Autor ainda teve seu veículo revistado de maneira ilegal, sem qualquer mandado judicial ou justificativa plausível. Em razão desses fatos, foi instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), no qual lhe foram imputadas violações aos artigos 17, 18, 37 e 111-A da Lei 6.833/2006, alterada pela Lei 8.973/2020. Contudo, o PAD foi conduzido de forma arbitrária, com diversas irregularidades e cerceamento de defesa, culminando na exclusão do Autor do curso.
DO DIREITO
Inicialmente, destaca-se que o ato administrativo que culminou na exclusão do Autor do Curso de Formação de Praças é nulo, uma vez que foi baseado em provas obtidas de forma ilícita, em flagrante violação ao disposto na CF/88, art. 5º, LVI, que estabelece a inadmissibilidade, no processo, de provas obtidas por meios ilícitos.
A apreensão e perícia do celular do Autor, sem mandado judicial, não se enquadra na exceção de flagrante delito, pois não havia qualquer situação que configurasse crime em andamento"'>...