Modelo de Ação Declaratória de Nulidade de Venda de Imóvel por Vício de Consentimento e Simulação com Pedido de Indenização

Publicado em: 09/05/2024 Civel
Ação judicial proposta por viúva contra compradores fraudulentos e terceiro adquirente, buscando a declaração de nulidade de venda de imóvel realizada mediante simulação e dolo. Fundamentada no Código Civil, a ação requer a anulação da transferência do imóvel, a reintegração de posse, indenização por danos morais e materiais, e a suspensão dos efeitos do registro de venda. Inclui jurisprudência pertinente e pedidos de tutela de urgência.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE VENDA

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

AUTORA: M. F. de S. L., brasileira, viúva, residente e domiciliada em __________, portadora do CPF nº __________ e RG nº __________, endereço eletrônico __________.

RÉUS:
1. A. J. dos S., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, residente e domiciliado em __________, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, endereço eletrônico __________.
2. C. E. da S., brasileira, estado civil __________, profissão __________, residente e domiciliada em __________, portadora do CPF nº __________ e RG nº __________, endereço eletrônico __________.

PREÂMBULO

A Autora, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 166, 171 e 182 do Código Civil (CCB/2002), bem como no artigo 319 do Código de Processo Civil (CPC/2015), propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE VENDA

Em face dos Réus acima qualificados, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Autora, viúva e pessoa de boa-fé, possuía como único bem imóvel uma casa avaliada em R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). Com o objetivo de vender o imóvel para adquirir outro de menor valor e utilizar o saldo remanescente para cobrir despesas pessoais, a Autora foi abordada pelos Réus, que se apresentaram como interessados na compra do imóvel.

Os Réus propuseram o pagamento do valor de R$ 600.000,00, sendo parte em dinheiro e parte em joias. Para "agilizar" o processo de venda, os Réus solicitaram que a Autora outorgasse uma procuração em nome da esposa de um dos Réus, o que foi feito. Contudo, o contrato de compra e venda não foi formalizado, e a documentação do imóvel apresentava restrições que inviabilizariam a transação.

Posteriormente, a Autora foi informada por vizinhos que o imóvel estava sendo habitado. Ao buscar informações no cartório, descobriu que o imóvel havia sido vendido a uma terceira pessoa, proprietária de uma imobiliária, por apenas R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais), valor muito inferior ao de mercado, e ainda parcelado. A Autora não recebeu qualquer valor pela venda do imóvel.

A compradora, na qualidade de corretora e dona de imobiliária, tinha pleno conhecimento de que o valor pago era desproporcional ao valor de mercado, o que evidencia sua má-fé e conivência com o golpe praticado pelos Réus.

DO DIREITO

A presente ação busca a declaração de nulidade da venda do imóvel com fundamento no artigo 166, inciso VI, do Código Civil (CCB/2002), que dispõe que é nulo o negócio jurídico quando for simulado. No caso em tela, a venda foi realizada por meio de fraude, com evidente má-fé dos Réus e da compradora, que se beneficiaram da situação de vulnerabilidade da Autora.

Ademais, o artigo 171, inciso II, do Código Civil (CCB/2002) prevê que o negócio jurídico é anulável por vício de consentimento, como dolo ou coação. A Autora foi ludibriada pelos Réus, que utilizaram de artifícios fraudulentos para obter a procuração e realizar a venda do imóvel sem o consentimento da proprietária. "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Nulidade de Venda, proposta pela Autora, M. F. de S. L., em face dos Réus, A. J. dos S. e C. E. da S., objetivando a declaração de nulidade da transação de venda de imóvel devido a alegações de fraude, má-fé e simulação da parte adversa.

O imóvel, avaliado em R$ 600.000,00, foi alienado por R$ 180.000,00 a uma terceira pessoa, sem que a Autora, legítima proprietária, tivesse recebido qualquer valor pela transação. Fundamenta-se a ação nos artigos 166, 171 e 182 do Código Civil, além de sustentação em jurisprudências pertinentes.

Fundamentação

O caso em exame exige análise à luz da Constituição Federal de 1988, em especial o artigo 93, inciso IX, que dispõe sobre a fundamentação das decisões judiciais, além dos dispositivos do Código Civil brasileiro e do Código de Processo Civil.

De acordo com o artigo 166, inciso VI, do Código Civil, é nulo o negócio jurídico quando for simulado. A prova dos autos demonstra que a venda realizada foi fruto de fraude e má-fé, configurando simulação da parte dos Réus, que ludibriaram a Autora com vistas a se apropriar indevidamente do imóvel.

Além disso, conforme o artigo 171, inciso II, do Código Civil, o negócio jurídico é anulável quando houver vício de consentimento, como dolo, o que está evidente no caso em tela, tendo em vista que os Réus induziram a Autora ao erro ao utilizarem artifícios fraudulentos para obter a procuração.

O artigo 182 do Código Civil estabelece que, uma vez declarada a nulidade do negócio jurídico, as partes devem ser restituídas ao estado anterior. Logo, a venda ora impugnada deve ser anulada, com o consequente retorno do imóvel ao patrimônio da Autora.

No que tange aos danos morais e materiais, a conduta ilícita dos Réus, conforme artigo 186 do Código Civil, é inequívoca, gerando o dever de reparação nos termos do artigo 927 do mesmo diploma legal. O abalo emocional e financeiro sofrido pela Autora é evidente, sendo cabível a fixação de indenização.

Por fim, a jurisprudência dos Tribunais reforça a nulidade de negócios jurídicos realizados mediante fraude e má-fé, conforme precedentes citados nos autos.

Dispositivo

Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado pela Autora, com fundamento no artigo 166, inciso VI, do Código Civil, para:

  1. Declarar a nulidade da venda do imóvel descrito nos autos, determinando o retorno do bem ao patrimônio da Autora;
  2. Condenar os Réus ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e danos materiais a serem apurados em liquidação de sentença;
  3. Determinar a expedição de ofício ao Cartório de Registro de Imóveis competente para o cancelamento do registro de venda;
  4. Condenar os Réus ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) do valor da causa, nos termos do artigo 85, §2º, do CPC/2015;
  5. Manter os efeitos da tutela de urgência concedida anteriormente até o trânsito em julgado da presente decisão.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

__________, ___ de __________ de 20__.
_______________________________
Magistrado(a) - Vara Cível da Comarca de __________


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