Modelo de Ação Declaratória para Suspensão de Exigência de Responsável Técnico Veterinário em Pet Shop com Atividades de Embelezamento Animal

Publicado em: 03/05/2024 Administrativo Comercial
Petição inicial de Ação Declaratória proposta por empresário proprietário de pet shop contra o Conselho Regional de Medicina Veterinária, buscando a confirmação da tutela de urgência e a declaração da desnecessidade de contratação de responsável técnico veterinário para atividades de banho, tosa e cuidados estéticos. A ação fundamenta-se na ausência de respaldo legal para a exigência, nos princípios da razoabilidade e legalidade, e no impacto desproporcional à atividade empresarial. Inclui jurisprudências relevantes e pedido de condenação ao pagamento de custas e honorários.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Processo nº: ____________

PREÂMBULO

A. J. dos S., brasileiro, solteiro, empresário, inscrito no CPF sob o nº ____________, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do CPC/2015, art. 319, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA

em face do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de ____________, pessoa jurídica de direito público, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

O autor é proprietário de um pet shop que realiza exclusivamente serviços de **embelezamento animal**, como banho, tosa e cuidados estéticos. Não são realizados quaisquer procedimentos que envolvam práticas veterinárias, como consultas, diagnósticos, cirurgias ou aplicação de medicamentos.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária, entretanto, notificou o autor, exigindo a contratação de um responsável técnico veterinário, sob pena de aplicação de sanções administrativas. Tal exigência, contudo, não encontra respaldo legal, uma vez que as atividades desempenhadas pelo pet shop não configuram práticas que demandem supervisão técnica veterinária.

Em razão da urgência e do risco de sanções indevidas, foi requerida e concedida tutela de urgência para suspender a exigência, conforme decisão proferida nos autos. Agora, busca-se a confirmação definitiva da desnecessidade de contratação de responsável técnico para as atividades realizadas no estabelecimento.

DO DIREITO

A exigência de contratação de responsável técnico veterinário para estabelecimentos que realizam exclusivamente serviços de embelezamento animal não encontra amparo legal. O CCB/2002, art. 11, §1º, III, estabelece que as atividades devem ser reguladas de acordo com sua natureza e finalidade. No caso em tela, as atividades de banho, tosa e cuidados estéticos não configuram práticas veterinárias, sendo desnecessária a supervisão técnica.

Ademais, a imposição de tal exigência viola o princípio da razoabilidade, previsto na CF/88, art. 10, §1º, ao impor um ônus desproporcional ao autor, que exerce ati"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I - RELATÓRIO

Trata-se de Ação Declaratória proposta por A. J. dos S. em face do Conselho Regional de Medicina Veterinária, em que se discute a necessidade de contratação de responsável técnico veterinário para atividades de banho, tosa e cuidados estéticos realizados em estabelecimento pet shop.

O autor alega que não realiza atividades que exijam supervisão técnica veterinária, razão pela qual a exigência de contratação é desproporcional, sem respaldo legal, e violadora dos princípios da razoabilidade e legalidade. Requereu tutela de urgência para suspender tal exigência, tendo esta sido deferida.

Foram apresentados contestação e documentos pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária, que defende a legitimidade da exigência para assegurar a proteção da saúde animal. Encerrada a instrução, passo ao voto.

II - FUNDAMENTAÇÃO

1. Dos Fatos e da Controvérsia

A controvérsia gira em torno da necessidade de supervisão técnica veterinária para atividades de banho, tosa e cuidados estéticos realizados em pet shop. O autor sustenta que tais atividades não configuram práticas veterinárias, enquanto o réu defende que a supervisão é necessária para garantir o bem-estar animal.

2. Da Hermenêutica Jurídica e Aplicação da Lei

Inicialmente, ressalto que o art. 5º, II, da Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da legalidade, segundo o qual "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei". O exame da norma reguladora não aponta qualquer exigência de supervisão técnica veterinária para atividades de banho, tosa e cuidados estéticos, que não envolvem práticas clínicas ou cirúrgicas.

O Código Civil, em seu art. 11, §1º, III, também orienta que as atividades econômicas devem ser reguladas com base em sua natureza e finalidade. No caso, os serviços prestados pelo autor não caracterizam a prática veterinária, sendo desnecessária a supervisão de profissional da área.

Por outro lado, a imposição de tal exigência administrativa revela-se desproporcional e contrária ao princípio da razoabilidade, previsto implicitamente nos arts. 10, §1º, e 37 da Constituição Federal, ao impor um ônus excessivo ao autor, que exerce atividade lícita e distinta da medicina veterinária.

3. Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria tem reconhecido a importância dos princípios da razoabilidade e da legalidade como limites à atuação administrativa. Nesse sentido:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A adoção de medidas administrativas deve observar os princípios da razoabilidade e da legalidade, conforme preconiza o CPC, art. 139, III, prevenindo abusos e exigências desproporcionais."
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A imposição de exigências administrativas deve estar devidamente fundamentada em lei, sob pena de violação ao princípio da legalidade, consagrado na CF/88, art. 5º, II."
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "A razoabilidade deve nortear a atuação administrativa, especialmente quando se trata de exigências que impactam diretamente a atividade econômica do administrado."

4. Da Tutela de Urgência

A tutela de urgência foi corretamente concedida, considerando a probabilidade do direito e o perigo de dano, conforme disposto no art. 300 do CPC/2015. Não há elementos nos autos que justifiquem sua revogação.

III - DISPOSITIVO

Diante do exposto, conheço do pedido e voto no sentido de JULGAR PROCEDENTE a Ação Declaratória, para:

  1. Confirmar a tutela de urgência que suspendeu a exigência de contratação de responsável técnico veterinário pelo autor;
  2. Declarar a desnecessidade de supervisão técnica veterinária para as atividades de banho, tosa e cuidados estéticos realizados pelo pet shop;
  3. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa, conforme art. 85 do CPC/2015.

É como voto.

IV - TERMOS FINAIS

Decido em conformidade com os princípios constitucionais e legais, promovendo a justiça e preservando o equilíbrio entre a atividade econômica e a atuação administrativa.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.


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