Modelo de Ação Ordinária com Pedido de Tutela de Urgência para Implementação do Piso Salarial Nacional do Magistério em Face do Estado do Rio de Janeiro

Publicado em: 10/01/2025 AdministrativoConstitucional Trabalhista
A presente ação ordinária, proposta por professora da rede pública estadual, visa garantir a implementação imediata do piso salarial nacional do magistério, conforme estabelecido pela Lei 11.738/2008 e respaldado pelo art. 206, VIII da Constituição Federal. O documento destaca a inobservância do Estado do Rio de Janeiro em cumprir a legislação federal, o que motivou a autora a buscar judicialmente a correção de seu vencimento básico, bem como o pagamento das diferenças salariais devidas. A tese jurídica é fundamentada em jurisprudência, doutrina e princípios constitucionais, além de pleitear a concessão de tutela de evidência com base no art. 311, IV do CPC/2015.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE ___

Processo nº: _____________

PREÂMBULO

A. F. da S., brasileira, solteira, professora da rede pública estadual, portadora do CPF nº ____________, residente e domiciliada na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado do Rio de Janeiro, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, propor a presente AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face do ESTADO DO RIO DE JANEIRO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado do Rio de Janeiro, CEP ____________, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora é professora da rede pública estadual e exerce suas funções regularmente, sendo remunerada de acordo com o vencimento básico estabelecido pelo Estado do Rio de Janeiro. Contudo, o valor pago atualmente está em desacordo com o Piso Salarial Nacional do Magistério, instituído pela Lei 11.738/2008, art. 2º, §1º, que determina o vencimento mínimo para os professores da educação básica em todo o território nacional.

Apesar de a legislação estadual prever a adequação ao piso nacional, o Estado do Rio de Janeiro não implementou o reajuste devido, o que levou a autora a buscar administrativamente a correção de seu vencimento, sem sucesso. Diante disso, foi ajuizada a presente ação, com pedido de tutela de evidência, para que o Estado seja compelido a corrigir o vencimento da autora, garantindo o pagamento do piso salarial nacional.

Todavia, o pedido de tutela de evidência foi negado sob o fundamento de ausência de previsão legal para a aplicação automática do reajuste do piso salarial em toda a carreira do magistério, o que não reflete a realidade jurídica aplicável ao caso.

DO DIREITO

A Lei 11.738/2008, art. 2º, §1º, estabelece que o piso salarial nacional do magistério corresponde ao vencimento básico, sendo este o valor mínimo a ser pago aos professores da educação básica em todo o território nacional. A norma tem fundamento no CF/88, art. 206, VIII, que assegura a valorização dos profissionais da educação escolar pública.

O princípio da legalidade, previsto no CF/88, art. 37, X, reforça que a remuneração dos servidores públicos deve observar os limites e parâmetros estabelecidos em lei. No caso em tela, a Lei 11.738/2008 é clara ao determinar o piso salarial nacional, que deve ser observado pelos entes federativos, incluindo o Estado do Rio de Janeiro.

A negativa da tutela de evidê"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Ordinária com Pedido de Tutela de Urgência ajuizada por A. F. da S., professora da rede pública estadual, em face do Estado do Rio de Janeiro, buscando a implementação do Piso Salarial Nacional do Magistério, previsto na Lei 11.738/2008, art. 2º, §1º.

A autora alega que seu vencimento básico encontra-se em desconformidade com o piso nacional instituído pela legislação federal. Sustenta que, apesar de reiterados pedidos administrativos, o reajuste não foi implementado, razão pela qual requer a tutela para garantir o cumprimento do direito.

O réu, Estado do Rio de Janeiro, argumenta que o piso salarial não possui aplicação automática em toda a carreira do magistério, defendendo a ausência de previsão legal para o reajuste pleiteado.

Fundamentação

I - Dos Fatos e do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 206, VIII, assegura a valorização dos profissionais da educação escolar pública, o que se concretiza por meio do Piso Salarial Nacional do Magistério, instituído pela Lei 11.738/2008. O art. 2º, §1º, dessa lei, determina que o piso corresponde ao vencimento básico, devendo ser observado por todos os entes federativos como valor mínimo.

O art. 37, X, da CF/88 reforça o princípio da legalidade, exigindo que a remuneração dos servidores públicos seja pautada em lei. No caso em tela, a Lei 11.738/2008 estabelece o piso salarial como parâmetro obrigatório, não sendo facultativo ao Estado do Rio de Janeiro descumpri-lo.

Ademais, o art. 311, IV, do CPC/2015, dispõe que cabe a concessão de tutela de evidência quando houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos, como ocorre no Tema 911 do STJ, que reconhece a obrigatoriedade do pagamento do piso como vencimento básico.

II - Da Jurisprudência

A jurisprudência é pacífica ao afirmar que o piso salarial nacional deve ser respeitado como vencimento básico. Destaco os seguintes precedentes:

  • STJ, Tema 911: "O piso salarial refere-se ao valor mínimo pago a título de vencimento, ficando de fora as vantagens. Não há incidência automática dos reajustes do piso salarial nacional em todas as faixas e níveis da carreira do magistério, salvo previsão em legislação local."
  • TJSP, Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: "A Lei 11.738/2008, que fixa o piso salarial nacional dos professores, não determina o reajuste automático de todos os níveis, faixas e classes da carreira, salvo previsão em legislação local."
  • TJSP, Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: "O Poder Judiciário não pode conceder reajuste salarial sem previsão expressa em lei municipal, conforme o princípio da legalidade (CF, art. 37, X) e a Súmula Vinculante 37/STF."

III - Da Análise Hermenêutica

A análise do caso demanda a conjugação do princípio da legalidade com a valorização dos profissionais da educação. A legislação federal é clara ao instituir o piso salarial como vencimento básico, cabendo aos entes federativos sua implementação. A negativa administrativa do Estado do Rio de Janeiro configura afronta ao pacto federativo e ao princípio da isonomia, bem como desrespeito à legislação federal.

O fundamento utilizado para a negativa da tutela de evidência não se sustenta, uma vez que o direito ao piso salarial está embasado em norma federal de aplicação obrigatória, sendo a sua inobservância passível de correção pelo Poder Judiciário.

Dispositivo

Pelo exposto, com fundamento no art. 93, IX, da CF/88, voto pela procedência do pedido para:

  1. Determinar a implementação imediata do pagamento do Piso Salarial Nacional do Magistério à autora, nos termos da Lei 11.738/2008, art. 2º, §1º.
  2. Condenar o réu ao pagamento das diferenças salariais retroativas devidas, acrescidas de juros e correção monetária.
  3. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% do valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

É como voto.

___________________________
Magistrado(a)

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