Modelo de Ação Revisional de Contrato Bancário com Pedido de Danos Morais e Repetição de Indébito contra Instituição Financeira
Publicado em: 06/07/2024 ConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]
[Nome do Autor], já qualificado nos autos, por meio de seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO CUMULADA COM PEDIDO DE DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO
em face de [Nome do Réu], instituição financeira devidamente qualificada, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
PREÂMBULO
A presente ação tem por objetivo revisar cláusulas contratuais abusivas em contrato bancário firmado entre as partes, com destaque para a cobrança de juros remuneratórios excessivos, bem como requerer a repetição de indébito e a condenação da instituição financeira ao pagamento de danos morais, em razão do abalo psicológico e financeiro causado ao autor.
DOS FATOS
O autor celebrou contrato de financiamento com a ré, com o objetivo de adquirir [descrever o bem ou serviço financiado]. Contudo, ao longo da execução do contrato, verificou-se a prática de juros remuneratórios em patamares muito superiores à taxa média de mercado, conforme divulgado pelo Banco Central do Brasil.
Além disso, foram cobradas tarifas e encargos não pactuados ou de legalidade duvidosa, o que resultou em prejuízo financeiro ao autor. A conduta da ré, ao impor tais condições, violou os princípios da boa-fé objetiva e do equilíbrio contratual, causando não apenas danos materiais, mas também danos morais, diante do abalo psicológico sofrido pelo autor.
DO DIREITO
A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), aplicável aos contratos bancários, conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (Súmula 297/STJ). Nesse contexto, a prática de juros abusivos e a imposição de encargos não pactuados configuram violação aos direitos do consumidor, especialmente aos princípios da transparência e da boa-fé objetiva.
O Código Civil de 2002 (CCB/2002, art. 421) estabelece que a liberdade contratual deve ser exercida nos limites da função social do contrato, o que inclui a vedação de cláusulas abusivas. Ademais, o CCB/2002, art. 884, veda o enriquecimento sem causa, fundamento que embasa o pedido de repetição de indébito.
No que tange aos danos morais, a conduta da ré, ao impor condições contratuais abusivas e causar prejuízo financeiro ao autor, configura ato ilícito nos termos do CCB/2002, art. 186, ensejando a reparação pelos danos extrapat"'>...