Modelo de Ação Revisional de Contrato Bancário com Repetição de Indébito: Pedido de Redução de Juros Abusivos e Devolução de Valores
Publicado em: 13/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidorPETIÇÃO INICIAL
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.
Nome do Autor: A. J. dos S., brasileiro, casado, profissão, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
Nome do Réu: Banco __________, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
Valor da causa: R$ __________.
O Autor, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 319, propor a presente
AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO
em face de Banco __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor celebrou com o Réu um contrato de mútuo bancário em ___/___/_____, com o objetivo de obter crédito pessoal. No entanto, ao longo da execução do contrato, constatou-se a prática de juros remuneratórios excessivamente elevados, superiores ao dobro da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil (Bacen).
O percentual de juros pactuado no contrato, que alcança ___% ao mês e ___% ao ano, configura evidente abuso, comprometendo a capacidade financeira do Autor e violando os princípios da boa-fé contratual e do equilíbrio econômico-financeiro.
Diante disso, o Autor busca a revisão das cláusulas contratuais abusivas, com a redução dos juros remuneratórios ao patamar da taxa média de mercado, bem como a devolução dos valores pagos a maior, devidamente corrigidos e acrescidos de juros legais.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, XXXII, estabelece que o Estado deve promover a defesa do consumidor, o que é reforçado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), especialmente em seu art. 6º, V, que assegura ao consumidor a modificação de cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais.
O Código Civil Brasileiro de 2002 (CCB/2002), em seu art. 421, consagra o princípio da função social do contrato, que deve ser interpretado em consonância com os princípios da boa-fé objetiva e do equilíbrio contratual. Assim, cláusulas que imponham encargos excessivamente onerosos ao consumidor devem ser revistas.
No caso em tela, a taxa de juros pactuada excede em muito a taxa média de mercado divulgada pelo Bacen, configurando prática abusiva e violando o disposto no CDC, art. 51, IV, que considera nulas as cláusulas que coloquem o consumidor em desvantagem exager"'>...