Modelo de Ação Revisional de Contrato de Empréstimo Consignado com Pedido de Nulidade de Valores e Indenização por Danos Morais
Publicado em: 03/04/2024 Consumidor Direito PrevidenciárioEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº __________
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, aposentado, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO
em face do BANCO __________ S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor, aposentado e beneficiário do INSS, contratou com o Réu um empréstimo consignado no valor de R$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos reais). No entanto, ao verificar o extrato bancário, constatou que o valor efetivamente liberado foi de R$ 14.300,00 (quatorze mil e trezentos reais), ou seja, um montante muito superior ao solicitado.
Tal situação gerou um aumento desproporcional no valor das parcelas descontadas diretamente de seu benefício previdenciário, comprometendo sua renda mensal e causando-lhe sérios transtornos financeiros e emocionais.
O Autor tentou resolver a questão administrativamente junto ao Réu, sem sucesso, motivo pelo qual não lhe restou alternativa senão buscar a tutela jurisdicional para revisar o contrato e adequá-lo ao valor originalmente solicitado.
DO DIREITO
A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), uma vez que o Autor é consumidor final e o Réu é fornecedor de serviços financeiros, nos termos do CDC, art. 2º e art. 3º.
O CDC, art. 6º, IV, assegura ao consumidor a proteção contra práticas abusivas e cláusulas contratuais que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada. Ademais, o CDC, art. 42, parágrafo único, prevê a restituição em dobro de valores cobrados indevidamente, salvo hipótese de engano justificável.
No presente caso, verifica-se que o Réu agiu de forma abusiva ao liberar valor superior ao contratado, sem a anuência expressa do Autor, violando o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422). Tal conduta configura prática abusiva, passível de revisão judicial, conforme o CDC, art. 51, IV.
Além disso, o CPC/2015, art. 373, II, estabelece que o ônus da prova da regularidade da contratação recai sobre o Réu, o que não foi observado no caso em tela. O Réu não apresentou qualquer prova de que o Autor tenha solicitado ou consentido com a liberação do valor excedente.