Modelo de Ação Revisional de Contrato Bancário com Pedido de Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais contra Instituição Financeira
Publicado em: 10/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Distribuição por dependência
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, casado, servidor público, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua _______, nº ___, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, endereço eletrônico ________, por meio de seu advogado, com endereço profissional na Rua _______, nº ___, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, endereço eletrônico ________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO CUMULADA COM PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face de Banco ________, inscrito no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua _______, nº ___, Bairro ______, Cidade ______, Estado ______, endereço eletrônico ________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
O autor contratou com a parte ré, em janeiro de 2020, um empréstimo no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), com a previsão de pagamento em 20 parcelas fixas de R$ 450,00. O valor foi disponibilizado em sua conta corrente, conforme solicitado. Entretanto, o autor foi surpreendido ao verificar que o referido empréstimo foi vinculado a um cartão de crédito, sendo os valores descontados diretamente de seu contracheque.
A modalidade contratada não foi devidamente esclarecida ao autor, que acreditava estar contratando um empréstimo consignado convencional, com parcelas fixas e prazo determinado para quitação. Contudo, a cobrança foi realizada na forma de juros rotativos, o que gerou uma dívida crescente e impossível de ser administrada.
Até a presente data, o autor já pagou o dobro do valor originalmente contratado, mas a dívida permanece superior ao montante inicial. Tal prática configura afronta aos deveres de cautela e transparência previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC), onerando excessivamente o consumidor.
DO DIREITO
A relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme disposto nos arts. 2º e 3º do CDC, sendo o autor consumidor e a ré fornecedora de serviços financeiros. O art. 6º, III, do CDC assegura ao consumidor o direito à informação clara e adequada sobre os produtos e serviços contratados, o que não ocorreu no presente caso.
A prática adotada pela instituição financeira viola o princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, e impõe ao consumidor uma modalidade contratual mais onerosa, com juros rotativos, em detrimento de um contrato de empréstimo consignado com parcelas fixas e prazo determinado. Tal conduta caracteriza-se como prática abusiva, vedada pelo CDC, art. 39, V.
Ademais, a cobrança de valores superiores ao contratado, sem a devida transparência, enseja a repetição do indébito, conforme previsto no CDC, art. 42, parágrafo único, sendo cabível a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente.
Por fim, a conduta da ré causou ao autor angústia e transtornos, co"'>...