Modelo de Apelação Cível: Recurso Contra Sentença de Improcedência Relacionada a Descontos Indevidos em Benefício Previdenciário

Publicado em: 28/02/2025 CivelProcesso Civil Direito Previdenciário
Recurso de apelação interposto por aposentado idoso contra decisão de improcedência em ação que pleiteia a declaração de inexigibilidade de descontos indevidos em benefício previdenciário, devolução em dobro dos valores descontados e indenização por danos morais. O recurso fundamenta-se no Código Civil (art. 42, parágrafo único), CPC/2015 (art. 1.009 e 373, I) e na Constituição Federal (art. 5º, X), além de precedentes jurisprudenciais.

APELAÇÃO CÍVEL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.

Processo nº: ____________
Apelante: ____________
Apelado: ____________

____________, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 1.009, interpor a presente:

APELAÇÃO

Contra a sentença de improcedência proferida nos autos, que julgou desfavoravelmente os pedidos formulados na inicial, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Apelante, idoso e beneficiário de aposentadoria, teve valores descontados indevidamente de seu benefício previdenciário, a título de contribuição sindical, sem que houvesse qualquer autorização prévia ou vínculo associativo com o sindicato responsável pelos descontos.

O Apelante ajuizou a presente ação pleiteando a declaração de inexigibilidade dos descontos, a devolução em dobro dos valores indevidamente descontados, nos termos do CCB/2002, art. 42, parágrafo único, e a condenação do Apelado ao pagamento de indenização por danos morais.

Todavia, a sentença de primeiro grau julgou improcedentes os pedidos, sob o fundamento de que não restou comprovada a ausência de autorização para os descontos, decisão que ora se impugna.

DO DIREITO

A sentença recorrida merece reforma, pelos seguintes fundamentos:

Primeiramente, a Constituição Federal, em seu art. 5º, X, assegura a inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. No caso em tela, os descontos indevidos configuram flagrante violação ao patrimônio do Apelante, sendo devida a reparação pelos danos sofridos.

Ademais, o CCB/2002, art. 42, parágrafo único, prevê a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente, salvo hipótese de engano justificável, o que não se verifica no presente caso, uma vez que o Apelado não demonstrou qualquer justificativa para os descontos realizados.

Por fim, o CPC/2015, art. 373, I, estabelece que cabe ao a"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de recurso de apelação interposto pelo Apelante contra a sentença de improcedência proferida nos autos de ação declaratória cumulada com pedido de repetição de indébito e indenização por danos morais. A sentença de primeiro grau entendeu que não ficou comprovada a ausência de autorização para os descontos realizados no benefício previdenciário do Apelante.

De outro lado, o Apelante alega que os descontos foram indevidos, não autorizados, e pleiteia a reforma da sentença para que sejam julgados procedentes os pedidos formulados na inicial.

Este é o breve relatório.

II. Fundamentação

Passo à análise dos fundamentos apresentados, à luz da Constituição Federal de 1988, normas infraconstitucionais e princípios hermenêuticos aplicáveis ao caso.

2.1. Da Devolução em Dobro

A devolução em dobro dos valores indevidamente descontados encontra respaldo no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, o qual determina que o consumidor lesado tem direito à restituição em dobro do valor pago indevidamente, salvo engano justificável. No presente caso, o Apelado não demonstrou qualquer justificativa que pudesse afastar a aplicação dessa norma.

2.2. Dos Danos Morais

O art. 5º, X, da Constituição Federal assegura a inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Os descontos indevidos, realizados de forma reiterada, sem autorização expressa do Apelante, configuram ofensa ao patrimônio do recorrente, sendo cabível a compensação por danos morais.

2.3. Do Ônus da Prova

De acordo com o art. 373, I, do Código de Processo Civil de 2015, cabe ao autor a prova dos fatos constitutivos de seu direito. O Apelante apresentou documentos que demonstram a ausência de autorização para os descontos no benefício previdenciário. Por sua vez, o Apelado não se desincumbiu do ônus de comprovar a existência de autorização válida para a realização das cobranças, violando o princípio da boa-fé objetiva.

2.4. Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência dos tribunais superiores e estaduais reforça a tese do Apelante. Destaco os seguintes precedentes:

  • STJ, REsp. Acórdão/STJ: «É obrigatória a intimação da parte recorrida para apresentação de contrarrazões ao recurso de apelação, sob pena de violação ao contraditório e à ampla defesa.»
  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: Julgamento convertido em diligência para intimação da parte recorrida, em observância ao contraditório e à ampla defesa.

III. Conclusão

À luz dos fatos e fundamentos jurídicos acima expostos, voto no sentido de dar provimento ao recurso de apelação, reformando a sentença de primeiro grau para:

  1. Declarar a inexigibilidade dos descontos realizados pelo Apelado no benefício previdenciário do Apelante;
  2. Condenar o Apelado à devolução em dobro dos valores descontados indevidamente, conforme previsto no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor;
  3. Condenar o Apelado ao pagamento de indenização por danos morais, fixados em R$ 10.000,00 (dez mil reais);
  4. Condenar o Apelado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 15% sobre o valor da condenação.

É como voto.

IV. Termos Finais

Publique-se. Intimem-se.

Local e data.

_______________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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