Modelo de Contestação à Reclamação Trabalhista Questionando Responsabilidade por Acidente em Contratação de Serviços Terceirizados

Publicado em: 27/11/2024 Trabalhista Processo do Trabalho
Contestação apresentada por pessoa jurídica em processo trabalhista, defendendo a licitude da terceirização de serviços e refutando a responsabilidade solidária ou subsidiária por acidente de trabalho envolvendo empregado de empresa contratada. Fundamenta-se na jurisprudência do STF (ADPF 324 e RE 958.252), na Súmula 331 do TST, e no art. 455 da CLT, demonstrando que houve fiscalização das obrigações trabalhistas da contratada e ausência de subordinação ou ingerência sobre o reclamante. Requer improcedência dos pedidos formulados pelo reclamante, além de custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE [LOCALIDADE]

Processo nº: [número do processo]

PREÂMBULO

[Nome da Requerente], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], por intermédio de seu(s) advogado(s) infra-assinado(s), com endereço profissional indicado no rodapé desta peça, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua CONTESTAÇÃO à Reclamação Trabalhista movida por [Nome do Reclamante], já qualificado nos autos, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Reclamante alega que sofreu acidente de trabalho enquanto prestava serviços em obra contratada pela Requerente, por intermédio da empresa [nome da empresa contratada]. Afirma que a Requerente deve ser responsabilizada solidariamente ou subsidiariamente pelos danos sofridos, com fundamento na Súmula 331 do TST e no art. 455 da CLT.

No entanto, a Requerente esclarece que a empresa contratada foi selecionada com base em sua idoneidade e capacidade técnica para realizar serviços de perfuração de estaca raiz. Não havia qualquer subordinação entre o Reclamante e a Requerente, tampouco controle, direção ou administração entre as empresas. Ademais, a contratada possuía toda a documentação em ordem, inclusive seguro para os empregados.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que a relação jurídica entre a Requerente e a empresa contratada configura uma legítima terceirização de serviços, amparada pela decisão do STF no julgamento da ADPF 324 e do RE 958.252, que reconheceu a licitude da terceirização em todas as etapas do processo produtivo, seja meio ou fim.

Nos termos do art. 455 da CLT, a responsabilidade do contratante limita-se à verificação da idoneidade da empresa contratada, o que foi devidamente observado pela Requerente. A empresa contratada possuía toda a documentação em ordem e cumpria as obrigações trabalhistas e previdenciárias de seus empregados, incluindo o seguro contra acidentes de trabalho.

Ademais, não há qualquer elemento nos autos que demonstre a existência de subordinação, controle ou ingerência da Requerente sobre o Reclamante ou sobre a empresa contratada, afastando, assim, a possibilidade de reconhecimento de vínculo empregatício ou de responsabilidade solidária.

A Súmula 331 do TST, em seu item IV, estabelece que a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços somente ocorre quando este não comprova a fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa contratada. No c"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Introdução

Trata-se de uma contestação apresentada por uma empresa Requerente em face de uma Reclamação Trabalhista movida por um trabalhador (Reclamante). O Reclamante alega ter sofrido um acidente de trabalho enquanto prestava serviços em uma obra contratada pela Requerente, por meio de uma empresa terceirizada. O objetivo da presente narrativa é esclarecer os fatos principais e as normas jurídicas aplicáveis ao caso, conforme apresentado na peça jurídica.

2. Dos Fatos

O Reclamante sustenta que a Requerente seria responsável pelos danos sofridos em decorrência do acidente de trabalho, fundamentando seu pedido na Súmula 331 do TST e no art. 455 da CLT. Argumenta que a responsabilidade seria solidária ou subsidiária, considerando a relação contratual entre a Requerente e a empresa terceirizada.

Por outro lado, a Requerente esclarece que a contratação da referida empresa terceirizada foi realizada de forma lícita, com base na idoneidade e capacidade técnica da contratada para executar os serviços de perfuração de estaca raiz. Destaca que não havia subordinação, controle ou ingerência direta sobre o Reclamante ou a empresa contratada, e que todos os documentos exigidos, incluindo o seguro para os empregados, estavam devidamente regularizados.

3. Do Direito

A Requerente fundamenta sua defesa nos seguintes argumentos jurídicos:

  • A relação jurídica entre a Requerente e a empresa terceirizada configura uma terceirização legítima, conforme entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da ADPF 324 e do RE 958.252. Nessas decisões, foi reconhecida a licitude da terceirização em todas as etapas do processo produtivo, independentemente da atividade ser meio ou fim.
  • O art. 455 da CLT limita a responsabilidade do contratante à verificação da idoneidade da empresa contratada, o que foi devidamente observado pela Requerente. A contratada cumpriu todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias, incluindo o seguro contra acidentes de trabalho.
  • A Súmula 331 do TST, em seu item IV, estabelece que a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços ocorre apenas quando este não comprova a fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa contratada. No presente caso, a Requerente demonstrou que realizou a devida fiscalização.

4. Doutrina e Jurisprudência

Doutrina

De acordo com Maurício Godinho Delgado, a terceirização é juridicamente válida, desde que os direitos fundamentais dos trabalhadores sejam respeitados. Sérgio Pinto Martins complementa que a responsabilidade do tomador de serviços não é automática, exigindo-se a comprovação de ausência de fiscalização ou fraude na contratação.

Jurisprudência

A jurisprudência do STF e do TST reforça a licitude da terceirização e a responsabilização subsidiária condicionada à ausência de fiscalização:

  • STF - ADPF 324 e RE 958.252: "É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas, independentemente do objeto social das empresas envolvidas, mantida a responsabilidade subsidiária da empresa contratante no caso de descumprimento das obrigações trabalhistas pela contratada."
  • TST - RR 901-12.2011.5.24.0091: A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços depende da inexistência de fiscalização efetiva por parte do contratante.

5. Conclusão e Pedidos

Diante dos fatos e fundamentos jurídicos expostos, a Requerente requer:

  • O reconhecimento da licitude da terceirização realizada;
  • O afastamento de qualquer responsabilidade solidária ou subsidiária em relação aos créditos trabalhistas do Reclamante;
  • A improcedência de todos os pedidos formulados pelo Reclamante;
  • A condenação do Reclamante ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

A narrativa demonstra que a Requerente cumpriu com suas obrigações legais e realizou a devida fiscalização sobre a empresa contratada, afastando a hipótese de responsabilidade solidária ou subsidiária pelos danos alegados.


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