Modelo de Contestação Administrativa de Laudo Médico Pericial do INSS e Requerimento de Nova Perícia Médica

Publicado em: 22/11/2024 Direito Previdenciário
Este requerimento administrativo visa contestar o laudo médico pericial emitido pelo INSS, que indeferiu o pedido de benefício por incapacidade. A Requerente alega que o laudo apresenta inconsistências e desconsidera elementos essenciais do histórico clínico, como dores crônicas, uso de medicamentos controlados e a incapacidade para o trabalho. O documento solicita a designação de nova perícia, com um perito diferente, além da revisão da decisão administrativa e a consideração dos documentos médicos anexados que comprovam a condição de saúde e vulnerabilidade da Requerente.

REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO - CONTESTAÇÃO DE LAUDO PERICIAL MÉDICO

ILUSTRÍSSIMO SENHOR(A) CHEFE DA AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - INSS

Requerente: [Nome do Requerente - ex.: M. A. de S.]
CPF: [número do CPF]
Endereço eletrônico: [e-mail do requerente]

[NOME COMPLETO DO REQUERENTE, REPRESENTANDO SUA QUALIFICAÇÃO], (estado civil, profissão, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF, domicílio e residência), vem respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria, requerer a CONTESTAÇÃO DO LAUDO MÉDICO PERICIAL emitido em [data da perícia], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:

I - DOS FATOS

A Requerente foi submetida a uma perícia médica administrativa realizada pelo perito do INSS em [data], em razão do pedido de benefício por incapacidade. Contudo, o laudo emitido apresenta inconsistências e dissonâncias que comprometem a análise e a conclusão pericial, sendo contraditório em relação ao histórico clínico apresentado, ao exame realizado e às considerações apontadas pelo próprio perito.

A Requerente, conforme laudos e documentos médicos anexos, apresenta quadro de saúde que claramente evidencia sua incapacidade para o exercício de atividade laboral. O laudo pericial, no entanto, desconsiderou elementos essenciais do histórico médico da Requerente e apresentou conclusões que não guardam consonância com os achados clínicos e as limitações descritas pelos profissionais que acompanham seu tratamento. A Requerente sofre de dores crônicas e limitações funcionais que afetam diretamente sua capacidade de trabalho e de realizar atividades do dia a dia de forma independente.

Além disso, a Requerente informou ao perito sobre a necessidade de acompanhamento médico contínuo, incluindo o uso de medicamentos controlados que causam efeitos colaterais severos, tais como sonolência excessiva e falta de concentração, os quais são incompatíveis com a realização de atividades laborativas. Ainda assim, essas informações foram ignoradas no laudo, resultando em uma conclusão que não reflete a realidade das limitações enfrentadas pela Requerente em sua vida cotidiana. O desrespeito a esses elementos demonstra a falha na condução da análise pericial.

II - DAS INCONSISTÊNCIAS E DISSONÂNCIAS DO LAUDO

O laudo pericial em questão apresenta inconsistências quanto à motivação e ao resultado final. Primeiramente, o histórico médico da Requerente, que inclui tratamento contínuo, uso de medicações controladas e incapacidade relatada por médicos especialistas, foi desconsiderado. As informações prestadas pela Requerente durante a perícia e os exames físicos realizados não foram devidamente valorados pelo perito, resultando em uma conclusão que contraria a realidade clínica apresentada.

Além disso, as considerações feitas pelo perito em relação ao quadro de saúde da Requerente são contraditórias, pois, embora reconheça a existência de limitações funcionais, o laudo conclui pela ausência de incapacidade laboral. Essa conclusão está em dissonância com o próprio exame físico descrito, que evidenciou a presença de restrições significativas para a realização de atividades cotidianas e laborais, conforme disposto na IN 128/2022, art. 2º, que determina que a análise pericial deve ser realizada com base em todos os elementos médicos disponíveis e na situação concreta do segurado.

O laudo descreve que a Requerente apresenta dificuldades para realizar movimentos simples, como levantar peso, ficar em pé por longos períodos e realizar movimentos repetitivos. Tais limitações foram confirmadas por laudos médicos especializados e exames complementares que atestam a condição debilitante da Requerente. Contudo, o perito não atribuiu o devido valor a essas informações e, de maneira incoerente, concluiu que a Requerente estaria apta para retornar ao trabalho, ignorando as evidências que indicam sua incapacidade de realizar qualquer tipo de atividade que exija esforço físico.

III - DO DIREITO

Nos termos da Portaria DIRBEN nº [número da portaria], que versa sobre a necessidade de fundamentação adequada e motivação clara em laudos m"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito:

I - Contexto Fático

Neste caso, a Requerente solicitou a concessão de um benefício por incapacidade ao INSS, sendo submetida a uma perícia médica em [data]. No entanto, o laudo emitido pelo perito do INSS indeferiu o pedido de benefício, apontando que a Requerente estaria apta ao trabalho. Ocorre que o laudo apresenta inconsistências em relação ao histórico médico, além de desconsiderar laudos e relatórios de médicos especialistas que acompanham a Requerente.

A Requerente sofre de dores crônicas e apresenta limitações funcionais significativas, conforme os laudos médicos anexos. Além disso, faz uso contínuo de medicamentos que possuem efeitos colaterais severos, como sonolência e dificuldade de concentração, fatores que impossibilitam o exercício de atividades laborativas. A perícia administrativa, no entanto, ignorou esses elementos, resultando em uma conclusão equivocada sobre a condição de saúde da Requerente. Assim, o requerimento visa a contestação do laudo pericial e a solicitação de uma nova avaliação imparcial e devidamente fundamentada.

II - Fundamentação Jurídica

A Portaria DIRBEN nº [número da portaria] e a Instrução Normativa (IN) 128/2022 estabelecem que os laudos médicos periciais devem ser devidamente fundamentados, considerando todos os elementos clínicos disponíveis e respeitando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. O laudo pericial emitido desconsiderou laudos médicos, documentos e o próprio relato da Requerente, comprometendo a análise correta da sua condição de saúde. A fundamentação do laudo é, portanto, deficiente e contrária às normativas vigentes.

O Estatuto da Pessoa com Deficiência ( Lei 13.146/2015) e a CF/88, art. 1º, III, que assegura o princípio da dignidade da pessoa humana, determinam que os direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade devem ser observados. No caso da Requerente, o amparo previdenciário é essencial para garantir sua subsistência e qualidade de vida, sendo a negativa do benefício uma violação direta ao direito ao mínimo existencial e à dignidade.

A legislação previdenciária prevê que, em casos de discordância quanto ao laudo pericial, o segurado tem direito a requerer nova perícia, preferencialmente com um perito diverso, para garantir a imparcialidade e a justiça na análise do quadro de saúde. Nesse sentido, a contestação do laudo pericial é legítima, uma vez que o laudo não atendeu aos critérios de fundamentação e clareza exigidos pelas normativas do INSS.

III - Defesas da Parte Contrária

A parte contrária, no caso o INSS, poderá argumentar que o laudo pericial foi realizado por um profissional habilitado e que seguiu os procedimentos padrões estabelecidos para a análise da condição de saúde da Requerente. O INSS poderá alegar que não houve omissão ou desconsideração de informações relevantes e que, após a realização do exame físico, não foram identificados elementos suficientes que comprovassem a incapacidade laboral da Requerente.

O INSS também poderá argumentar que a Requerente, apesar de apresentar certas limitações, não demonstrou incapacidade total para o exercício de atividade laboral, defendendo que as limitações relatadas são compatíveis com o desempenho de funções que não exijam esforço físico excessivo. O órgão poderá afirmar que o benefício por incapacidade é destinado apenas a pessoas que estejam totalmente incapacitadas para qualquer tipo de trabalho, o que, segundo o laudo emitido, não seria o caso da Requerente.

Além disso, o INSS poderá apontar que a análise documental realizada no momento da perícia foi suficiente para formar a conclusão, sem a necessidade de considerar laudos e relatórios de terceiros, visto que a perícia administrativa deve ser independente e objetiva.

IV - Conceitos e Definições

  1. Laudo Pericial Médico: Documento emitido por um perito médico que avalia a capacidade laboral do segurado, fundamentando a concessão ou negativa de benefícios previdenciários. Deve ser claro, fundamentado e considerar todos os elementos médicos apresentados pelo segurado.

  2. Contestação Administrativa: Recurso utilizado para questionar uma decisão ou ato administrativo, buscando sua revisão ou modificação. No contexto previdenciário, é o meio utilizado pelo segurado para contestar o resultado de uma perícia que considera incorreta ou injusta.

  3. Dignidade da Pessoa Humana: Princípio constitucional que assegura condições mínimas de vida a todo indivíduo, incluindo o direito a saúde, trabalho e amparo em situações de vulnerabilidade. No caso do benefício por incapacidade, visa garantir que o segurado possa ter uma subsistência digna quando impossibilitado de trabalhar.

  4. Benefício por Incapacidade: Benefício previdenciário concedido ao segurado do INSS que, por motivo de doença ou acidente, está incapacitado de forma total ou temporária para o trabalho. Pode ser auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, dependendo da situação.

V - Considerações Finais

Este requerimento visa contestar o laudo pericial que indeferiu o benefício por incapacidade da Requerente. A contestação se baseia na falta de fundamentação adequada e nas inconsistências do laudo, que desconsiderou o histórico médico, laudos e relatórios de especialistas que atestam a incapacidade da Requerente. O pedido inclui a realização de uma nova perícia médica por um perito diverso, garantindo a imparcialidade e a correta avaliação da condição de saúde da Requerente.

A concessão do benefício é essencial para assegurar que a Requerente tenha acesso aos recursos necessários para enfrentar as dificuldades decorrentes de sua condição de saúde, garantindo sua subsistência e dignidade. A revisão da decisão e a nova perícia são medidas fundamentais para assegurar justiça e a proteção social que a Requerente necessita.


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