Modelo de Contestação ao Pedido de Medida de Proteção – Afastamento do Lar
Publicado em: 10/09/2024 Processo Civil Familia Menor MenorEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE [CIDADE]
Processo nº [número do processo]
Requerente: Ministério Público do Estado de [estado]
Requerida: [Nome da Mãe]
Assunto: Contestação ao Pedido de Medida de Proteção – Criança e Adolescente
[Nome da Mãe], já qualificada nos autos, representada por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional à [endereço completo], onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do ECA, art. 101, apresentar a presente
CONTESTAÇÃO AO PEDIDO DE MEDIDA DE PROTEÇÃO
pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I – DOS FATOS
A Requerente foi surpreendida ao tomar ciência de que a criança [Nome da Criança], sua filha, foi afastada do lar familiar e encaminhada a uma família acolhedora por determinação judicial, com base em acusações de suposto abuso sexual cometido por irmãos mais velhos.
A Requerente afirma que não tinha conhecimento dos supostos fatos que resultaram no pedido de medida de proteção e nega veementemente qualquer envolvimento ou negligência em relação à proteção de seus filhos.
O afastamento de [Nome da Criança] da convivência familiar, ainda que temporário, causou grande sofrimento à Requerente, que sempre zelou pelo bem-estar da criança e seus irmãos. A Requerente está disposta a colaborar integralmente com a justiça para esclarecer os fatos e provar sua inocência e a impossibilidade das alegações.
II – DO DIREITO
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura o direito à convivência familiar e comunitária como um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento integral da criança, conforme prevê o ECA, art. 19. O afastamento da criança do lar familiar é medida extrema e só deve ser adotada em situações de comprovado risco e em caráter excepcional, conforme determina o ECA, art. 101, §1º.
A Requerente não possui qualquer histórico de violência ou negligência contra seus filhos. Ao contrário, sempre agiu com zelo e responsabilidade na criação e educação de seus filhos. Não há provas que demonstrem qualquer conduta omissiva da Requerente que justificasse o afastamento de [Nome da Criança] do lar familiar.
Além disso, o princípio da preservação da convivência familiar deve ser respeitado, conforme o CF/88, art. 227, que coloca a família como responsável pelo desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.
III – DA AUSÊNCIA DE PROVAS CONCRETAS
As alegações contra os irmãos da criança são baseadas em relatos que carecem de comprovação. Até o presente momento, não foi produzida prova pericial que ateste o suposto abuso sexual, seja através de laudo psicológico ou outro meio técnico que forneça segurança à acusação.
Nesse sentido, a medida de proteção aplicada sem a devida comprovação dos fatos viola o direito fundamental à convivência familiar e não atende ao princípio da proporcionalidade, devendo ser revista com a máxima urgência para evitar danos maiores à criança e à família.
IV – DAS DILIGÊNCIAS NECESSÁRIAS
A defesa requer que, antes de qualquer decisão definitiva sobre o afastamento da "'>...