Modelo de Contestação ao Pedido de Medida de Proteção Formulado pelo Ministério Público em Caso de Alegação de Abuso Sexual
Publicado em: 10/09/2024 Processo Civil Familia Menor MenorCONTESTAÇÃO AO PEDIDO DE MEDIDA DE PROTEÇÃO
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]
Processo nº: [número do processo]
Requerente: Ministério Público
Requerida: M. F. da S.
PREÂMBULO
M. F. da S., brasileira, [estado civil], [profissão], portadora do CPF nº [número], residente e domiciliada na Rua [endereço completo], por meio de sua advogada, com endereço profissional na Rua [endereço do advogado], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 335, apresentar a presente:
CONTESTAÇÃO
ao pedido de medida de proteção formulado pelo Ministério Público, nos autos do processo em epígrafe, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
Trata-se de pedido de medida de proteção formulado pelo Ministério Público em razão de alegação de abuso sexual sofrido pela criança [nome da criança, abreviado] por parte de seus irmãos mais velhos. Em decorrência da denúncia, a criança foi afastada do lar e colocada em família acolhedora.
A genitora, ora contestante, nega veementemente as acusações e afirma desconhecer qualquer fato que possa indicar a prática de abuso sexual por parte dos irmãos da criança. Ressalta, ainda, que sempre zelou pelo bem-estar e segurança de seus filhos, não havendo qualquer histórico de negligência ou omissão de sua parte.
DO DIREITO
A presente medida de proteção encontra fundamento no ECA, art. 98, que estabelece que as medidas protetivas devem ser aplicadas sempre que os direitos reconhecidos à criança ou ao adolescente forem ameaçados ou violados, seja por ação ou omissão da sociedade ou do Estado, seja por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável, ou ainda em razão de sua própria conduta.
No entanto, é imprescindível que a aplicação de tais medidas seja precedida de uma análise criteriosa dos fatos e das provas constantes nos autos, de modo a evitar decisões precipitadas que possam causar danos irreparáveis ao núcleo familiar. Nesse sentido, o CPC/2015, art. 373, I, estabelece que cabe ao autor da ação o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito.
No caso em tela, não há elementos probatórios suficientes que demonstrem a prática de abuso sexual por parte dos irmãos da criança ou qualquer omissão por parte da genitora. Pelo contrário, a contestante sempre se mostrou diligente e comprometida com o cuidado e proteção de seus filhos, conforme comprovam os documentos an"'>...