Modelo de Contestação em Ação de Improbidade Administrativa com Fundamentação Jurídica e Doutrinária
Publicado em: 06/08/2023 Administrativo Direito PenalCONTESTAÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.
Processo nº __________
A. J. dos S., brasileiro, casado, servidor público, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, por seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento de mandato anexo, com endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à Ação de Improbidade Administrativa movida pelo Ministério Público, com fundamento no CPC/2015, art. 335, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Ministério Público ajuizou a presente ação de improbidade administrativa contra o réu, alegando que este teria praticado atos que violam os princípios da Administração Pública, causando prejuízo ao erário e enriquecimento ilícito. Contudo, as alegações não encontram respaldo nos fatos e nas provas apresentadas.
O réu, servidor público há mais de 20 anos, sempre desempenhou suas funções com zelo, probidade e respeito aos princípios constitucionais da Administração Pública. As condutas imputadas ao réu decorrem de interpretações equivocadas e não demonstram dolo ou culpa, elementos indispensáveis para a configuração de improbidade administrativa, conforme previsto na Lei 8.429/1992.
DO DIREITO
A Lei 8.429/1992, art. 1º, estabelece que os atos de improbidade administrativa exigem a presença de dolo ou culpa grave, conforme reforçado pelas alterações trazidas pela Lei 14.230/2021. No caso em tela, não há qualquer elemento probatório que demonstre a intenção deliberada do réu em violar os princípios da Administração Pública ou causar prejuízo ao erário.
O princípio da presunção de inocência, previsto na CF/88, art. 5º, LVII, deve ser observado, sendo ônus do autor da ação demonstrar, de forma inequívoca, a prática de ato doloso ou culposo pelo réu. A ausência de provas concretas inviabiliza a procedência da ação.
Ademais, a interpretação das normas de improbidade administrativa deve ser restritiva, conforme o princípio da legalidade estrita (CF/88, art. 37, caput). Não se pode presumir a má-fé ou o dolo do agente público sem elementos objetivos que sustentem tal alegação.
Doutrina
Conforme ensina o renomado jurista José dos Santos Carv"'>...