Modelo de Embargos à Ação de Usucapião por Ausência de Requisitos Legais
Publicado em: 30/07/2023 CivelEMBARGOS À AÇÃO DE USUCAPIÃO
POR AUSÊNCIA DE REQUISITOS LEGAIS
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de _____________
Processo nº: _____________
Embargante: _____________
Embargado: _____________
_____________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº _____________, com sede na _____________, vem, por meio de seu advogado, devidamente constituído, com endereço profissional na _____________, onde receberá intimações, apresentar os presentes EMBARGOS À AÇÃO DE USUCAPIÃO, com fundamento no CPC/2015, art. 674 e seguintes, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
A presente ação de usucapião foi ajuizada pelo Embargado, alegando a posse mansa, pacífica e ininterrupta do imóvel situado na _____________, por período superior ao exigido pela legislação vigente. Contudo, verifica-se que os requisitos legais para a configuração da usucapião não foram devidamente preenchidos.
O imóvel em questão é de propriedade do Embargante, conforme comprova a matrícula nº _____________, registrada no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de _____________. Ademais, o Embargado não demonstrou a posse com animus domini, tampouco a inexistência de oposição por parte do legítimo proprietário.
Além disso, o Embargado não apresentou provas suficientes para comprovar o tempo de posse exigido pela legislação aplicável, o que inviabiliza o reconhecimento da usucapião.
DO DIREITO
Nos termos do CCB/2002, art. 1.238 e seguintes, a usucapião exige a comprovação de posse contínua, mansa e pacífica, com animus domini, pelo prazo legalmente exigido, além da inexistência de oposição por parte do proprietário. No presente caso, tais requisitos não foram preenchidos.
O CPC/2015, art. 674, prevê a possibilidade de oposição de embargos de terceiro para a defesa da posse ou propriedade de bem que esteja sendo objeto de litígio, desde que o embargante demonstre ser titular de direito incompatível com o pleito do autor da ação principal.
Ademais, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, XXII, assegura o direito de propriedade como garantia fundamental, o que reforça a necessidade de proteção ao legítimo proprietário contra pretensões infundadas de usucapião.
Na doutrina, destaca-se o entendimento de que a usucapião é um instituto que visa regularizar situações de fato consolidadas ao longo do tempo, mas que não pode ser utilizada como instrumento de fraude ou má-fé. Nesse sentido, o professor Flávio Tartuce afirma que "a usucapião deve ser analisada com rigor, de modo a evitar que se transforme em mecanismo de usurpação de direitos alheios".
Outro ponto relevante é a ausência de comprovação do"'>...