Modelo de Exceção de Impenhorabilidade contra União Federal para Reconhecimento de Bloqueio Indevido em Execução Fiscal

Publicado em: 27/11/2024 Tributário
Requerimento judicial de exceção de impenhorabilidade apresentado por pessoa física e pessoa jurídica contra a União Federal em face de bloqueio de valores em conta corrente. Fundamenta-se no CPC/2015, art. 833, X, protegendo valores essenciais à subsistência e à continuidade das atividades empresariais, dentro do limite de 40 salários mínimos. Argumenta-se, ainda, que o parcelamento da dívida suspende a exigibilidade do crédito tributário, conforme o CTN, art. 151, VI, tornando a penhora desproporcional e ilegal. O pedido inclui o desbloqueio imediato dos valores, suspensão da execução fiscal e condenação da União em honorários advocatícios, com base em normas legais, doutrina e jurisprudências pertinentes.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE [LOCAL]

Processo nº [número do processo]

PREÂMBULO

[NOME COMPLETO DO REQUERENTE], pessoa física, inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], e [NOME COMPLETO DA EMPRESA], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado infra-assinado, com fundamento no CPC/2015, art. 833, X, apresentar:

EXCEÇÃO DE IMPENHORABILIDADE

Em face da UNIÃO FEDERAL, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de execução fiscal promovida pela União Federal contra os Requerentes, na qual houve a penhora de valores depositados em conta corrente, por meio do sistema Bacenjud, mesmo após a celebração de parcelamento da dívida existente.

Os valores bloqueados, no entanto, são essenciais para a subsistência do Requerente pessoa física e para a continuidade das atividades da empresa, sendo que o montante penhorado está dentro do limite de 40 salários mínimos, conforme previsto no CPC/2015, art. 833, X.

Além disso, a celebração do parcelamento da dívida torna a constrição judicial desnecessária e desproporcional, uma vez que o pagamento da dívida já está sendo realizado de forma regular.

DO DIREITO

A legislação brasileira protege a impenhorabilidade de valores depositados em conta corrente que sejam essenciais à subsistência do devedor ou ao exercício de sua atividade profissional, desde que respeitado o limite de 40 salários mínimos, conforme disposto no CPC/2015, art. 833, X.

O princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado na CF/88, art. 1º, III, reforça a necessidade de preservação de valores indispensáveis à sobrevivência do indivíduo e de sua família. A penhora de tais valores compromete o mínimo existencial, violando direitos fundamentais.

No caso em tela, os valores bloqueados são essenciais para a manutenção das atividades empresariais e para a subsistência da pessoa física, não podendo ser objeto de penhora, especialmente considerando que a dívida já está sendo parcelada e paga regularmente.

Ademais, o parcelamento da dívida suspende a exigibilidade do crédito tributário, conforme previsto no CTN, art. 151, VI, tornando a penhora desnecessária e ilegal.

DO EMBASAMENTO TEÓRICO

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Introdução

O presente caso trata de uma execução fiscal promovida pela União Federal contra os Requerentes: uma pessoa física e uma pessoa jurídica, respectivamente. No curso da execução, foi determinada a penhora de valores depositados em conta corrente, por meio do sistema Bacenjud. No entanto, os Requerentes sustentam que tal medida é indevida, uma vez que os valores bloqueados são essenciais para a subsistência do indivíduo e para a continuidade das operações empresariais.

2. Dos Fatos Relevantes

A União Federal realizou a penhora de valores em conta corrente dos Requerentes, mesmo após a celebração de um parcelamento da dívida fiscal. Tal bloqueio, segundo os Requerentes, viola o limite estabelecido no art. 833, X, do CPC/2015, que protege valores até o equivalente a 40 salários mínimos quando destinados à subsistência ou à continuidade das atividades profissionais.

Além disso, a dívida que originou a execução está sendo regularmente parcelada, o que, por si só, suspende a exigibilidade do crédito tributário, conforme o art. 151, VI, do CTN. A penhora, portanto, é considerada desnecessária e desproporcional.

3. Dos Fundamentos Legais

A legislação brasileira prevê a impenhorabilidade de valores essenciais, protegendo o mínimo existencial do devedor. O art. 833, X, do CPC/2015 estabelece que valores em conta corrente, até o limite de 40 salários mínimos, são impenhoráveis, desde que destinados à subsistência ou à manutenção de atividades profissionais.

Adicionalmente, o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no art. 1º, III, da Constituição Federal, reforça a necessidade de proteger os meios de sobrevivência do indivíduo e de sua família. A penhora injustificada desses valores compromete o mínimo existencial, ferindo direitos fundamentais.

Por fim, o parcelamento da dívida suspende a exigibilidade do crédito tributário, conforme o art. 151, VI, do CTN. Nesse contexto, a manutenção do bloqueio judicial é incompatível com a legislação vigente.

4. Da Jurisprudência

A jurisprudência brasileira tem reiteradamente reconhecido a impenhorabilidade de valores essenciais, desde que respeitado o limite de 40 salários mínimos e comprovada sua destinação à subsistência ou à continuidade das atividades do devedor. Exemplos incluem:

  • STJ - REsp Acórdão/STJ: "A garantia da impenhorabilidade aplica-se automaticamente ao valor depositado, desde que destinado a assegurar o mínimo existencial."
  • TJSP - AI Acórdão/TJSP: "Admissível o reconhecimento da impenhorabilidade para valores de até 40 salários mínimos, depositados em contas com caráter de subsistência."
  • TJSP - AI Acórdão/TJSP: "Impenhoráveis são valores inferiores a 40 salários mínimos, desde que mantidos em conta com natureza de proteção à subsistência."

5. Conclusão

Diante dos fatos e fundamentos legais apresentados, conclui-se que os valores bloqueados são impenhoráveis, por serem indispensáveis à subsistência do Requerente pessoa física e à continuidade das atividades empresariais da pessoa jurídica. Além disso, a existência de parcelamento regular da dívida fiscal torna a penhora desnecessária e ilegal.

6. Pedidos

Os Requerentes solicitaram ao Juízo:

  1. O reconhecimento da impenhorabilidade dos valores bloqueados, conforme o art. 833, X, do CPC/2015;
  2. A determinação do desbloqueio imediato dos valores penhorados;
  3. A suspensão da execução fiscal, à luz do art. 151, VI, do CTN;
  4. A condenação da União Federal ao pagamento de custas e honorários advocatícios, caso haja resistência ao pedido.

7. Considerações Finais

A narrativa apresentada demonstra que a penhora realizada pela União Federal é incompatível com os direitos fundamentais do devedor e com as normas de impenhorabilidade previstas na legislação brasileira. Assim, espera-se que o pedido seja deferido, garantindo o desbloqueio dos valores e a preservação do mínimo existencial dos Requerentes.


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