Modelo de Exceção de Pré-Executividade por Ilegitimidade Passiva em Execução de Título Extrajudicial – Pedido de Extinção da Execução em Relação ao Excipiente

Publicado em: 06/11/2024 Processo Civil
Modelo de petição de Exceção de Pré-Executividade, fundamentada na ilegitimidade passiva do excipiente, apresentada em execução de título executivo extrajudicial. O documento detalha a ausência de vínculo jurídico entre o excipiente e o contrato de confissão de dívida que fundamenta a execução, requerendo o reconhecimento da ilegitimidade de parte e a consequente extinção da execução em relação ao excipiente, com base no CPC/2015, art. 917, §2º e art. 485, VI, além de princípios constitucionais como contraditório, ampla defesa e legalidade. Inclui jurisprudência pertinente, pedidos acessórios (honorários, custas, dispensa de audiência) e menção à produção de provas documentais.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________ – Tribunal de Justiça do Estado de ____________.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

Excipiente: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, empresário, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, portador do RG nº 0.000.000-0, com endereço eletrônico ajdoss@email.com, residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, Cidade/UF.
Exequente: M. F. de S. L., brasileira, casada, advogada, inscrita no CPF sob o nº 111.111.111-11, portadora do RG nº 1.111.111-1, com endereço eletrônico mfsl@email.com, residente e domiciliada na Avenida das Palmeiras, nº 200, Bairro Jardim, CEP 11111-111, Cidade/UF.

3. SÍNTESE DOS FATOS

O Excipiente foi surpreendido com a citação para responder à execução de título executivo extrajudicial promovida por M. F. de S. L., referente ao suposto débito constante de contrato particular de confissão de dívida. Entretanto, o Excipiente jamais participou da relação jurídica que deu origem ao título exequendo, tampouco assinou ou anuiu com o contrato apresentado pela Exequente.

Ressalte-se que, ao analisar os documentos acostados à inicial, verifica-se que o nome do Excipiente foi indevidamente incluído como devedor, sem qualquer respaldo fático ou jurídico. Não há prova de sua anuência, assinatura ou participação no negócio jurídico subjacente à execução.

Diante da manifesta ausência de vínculo jurídico entre o Excipiente e o título executivo, bem como da flagrante ilegitimidade passiva, não resta alternativa senão a apresentação da presente Exceção de Pré-Executividade, visando à extinção da execução em relação ao Excipiente.

4. DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

A exceção de pré-executividade é instrumento processual de natureza excepcional, admitido para arguição de matérias de ordem pública, cognoscíveis de ofício pelo juízo, e que independam de dilação probatória, conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O cabimento da presente medida encontra respaldo no CPC/2015, art. 917, §2º, que prevê a possibilidade de arguição de matérias de ordem pública a qualquer tempo e grau de jurisdição, inclusive na fase de execução. A ilegitimidade passiva, por se tratar de matéria de ordem pública, pode ser reconhecida de ofício e não demanda produção de provas além dos documentos já constantes dos autos.

Assim, estando presentes os requisitos legais e jurisprudenciais, é plenamente cabível a presente exceção de pré-executividade, visando ao reconhecimento da ilegitimidade passiva do Excipiente e à consequente extinção da execução em seu desfavor.

5. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA

A legitimidade passiva constitui pressuposto processual indispensável para o regular desenvolvimento da execução, sendo imprescindível que o executado seja efetivamente parte na relação jurídica material subjacente ao título executivo (CCB/2002, art. 104).

No caso em tela, o Excipiente não integrou a relação jurídica que originou o título exequendo, não assinou o contrato de confissão de dívida e não anuiu com qualquer obrigação perante a Exequente. A ausência de vínculo jurídico é manifesta, conforme se depreende dos próprios documentos apresentados com a inicial.

A responsabilização do Excipiente por obrigação da qual não participou viola os princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal (CF/88, art. 5º, incisos LIV e LV), bem como o princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II).

Dessa forma, resta evidente a ilegitimidade passiva do Excipiente para figurar no polo passivo da presente execução, impondo-se o reconhecimento de tal matéria de ordem pública, com a extinção da execução em relação ao Excipiente.

6. DO DIREITO

O CPC/2015, art. 917, §2º, aut"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Cuida-se de Exceção de Pré-Executividade apresentada por A. J. dos S. em face de execução de título executivo extrajudicial promovida por M. F. de S. L., ao argumento de ilegitimidade passiva, pois não teria participado da relação jurídica subjacente ao título exequendo, nem anuído ou assinado o contrato de confissão de dívida que embasa a execução.

O excipiente sustenta, ainda, que sua inclusão como devedor ocorreu sem respaldo fático ou jurídico, inexistindo prova de sua participação no negócio jurídico objeto da execução. Requer, assim, o reconhecimento de sua ilegitimidade passiva e a extinção da execução em seu desfavor.

A exequente foi regularmente intimada para manifestação.

Fundamentação

1. Da Admissibilidade da Exceção de Pré-Executividade

Inicialmente, cumpre registrar que a Exceção de Pré-Executividade é instrumento cabível para arguição de matérias de ordem pública, cognoscíveis de ofício pelo juízo, que independam de dilação probatória, conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (AgInt na ExeMS Acórdão/STJ, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 14/9/2022) e do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

A ilegitimidade passiva constitui matéria de ordem pública, podendo ser suscitada em qualquer tempo e grau de jurisdição, inclusive na fase de execução, nos termos do art. 917, §2º, do CPC/2015 e do art. 485, VI, do CPC/2015.

2. Da Ilegitimidade Passiva

O art. 104 do Código Civil exige, para validade do negócio jurídico, a presença de agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei. Não tendo o excipiente participado da relação jurídica originária, tampouco anuído ou assinado o contrato de confissão de dívida apresentado, resta manifesta a ausência de vínculo jurídico entre ele e a obrigação objeto da execução.

Ressalte-se que os documentos trazidos aos autos não comprovam a participação do excipiente na relação obrigacional. Dessa forma, sua responsabilização por obrigação da qual não participou afronta os princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal (CF/88, art. 5º, incisos LIV e LV), além do princípio da legalidade (CF/88, art. 5º, II).

3. Da Jurisprudência

O entendimento jurisprudencial é pacífico no sentido de que a exceção de pré-executividade é cabível para discussão de matérias de ordem pública, como a ilegitimidade de parte, desde que não haja necessidade de dilação probatória, o que, no caso, não se verifica, pois a análise é eminentemente documental.

4. Da Fundamentação Constitucional

O voto deve ser fundamentado, em obediência ao art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que assim dispõe:
“Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade...”

No presente caso, a ausência de demonstração do vínculo jurídico do excipiente com o título executivo é suficiente para o reconhecimento de sua ilegitimidade passiva, impondo-se a extinção da execução em seu desfavor, em respeito ao devido processo legal e à legalidade.

Dispositivo

Ante o exposto, acolho a Exceção de Pré-Executividade para reconhecer a ilegitimidade passiva de A. J. dos S. e, por consequência, extinguir a execução em relação ao excipiente, nos termos do art. 485, VI, do CPC/2015.

Condeno a exequente ao pagamento das custas processuais e, se houver resistência, honorários advocatícios, nos termos a serem fixados na forma do art. 85 do CPC.

Publique-se. Registre-se. Intime-se.

Conclusão

É como voto.


Cidade/UF, ____ de ____________ de 20__.

_______________________________________
Juiz de Direito


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