Modelo de Impugnação à Penhora por Sócia Retirante: Defesa de Impenhorabilidade de Conta Poupança com Base no CPC/2015

Publicado em: 07/06/2024 Processo Civil Trabalhista
Petição de impugnação à penhora apresentada por sócia retirante, fundamentada no art. 833, X, do CPC/2015, em razão de bloqueio de valores depositados em conta poupança pessoal, inferior a 40 salários mínimos. A peça destaca a ausência de responsabilidade da impugnante pelos débitos trabalhistas da empresa executada, pois sua retirada da sociedade ocorreu antes do ajuizamento da ação, e busca a desconstituição da penhora como medida ilegal e abusiva. Inclui jurisprudências e pedidos de liberação dos valores penhorados e a condenação do exequente ao pagamento de honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE [INSERIR COMARCA]

Processo nº [INSERIR NÚMERO]

IMPUGNAÇÃO À PENHORA

Nome da Impugnante: [NOME COMPLETO DA SÓCIA RETIRANTE], brasileira, [estado civil], [profissão], inscrita no CPF sob o nº [INSERIR CPF], residente e domiciliada na [ENDEREÇO COMPLETO], endereço eletrônico: [E-MAIL].

Nome do Exequente: [NOME COMPLETO DO EXEQUENTE], [qualificação completa do exequente].

Nome da Executada: [NOME COMPLETO DA EMPRESA], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [INSERIR CNPJ], com sede na [ENDEREÇO COMPLETO].

PREÂMBULO

A impugnante, sócia retirante da empresa executada, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da execução trabalhista em epígrafe, apresentar IMPUGNAÇÃO À PENHORA, com fundamento no art. 833, X, do CPC/2015, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A impugnante teve valores bloqueados de sua conta poupança pessoal, em razão de execução trabalhista movida contra a empresa da qual foi sócia. Contudo, a impugnante já havia se retirado da sociedade antes do ajuizamento da presente ação, não possuindo qualquer responsabilidade pelos débitos trabalhistas da empresa executada.

Além disso, os valores bloqueados encontram-se depositados em conta poupança de titularidade da impugnante, sendo que o montante é inferior a 40 (quarenta) salários mínimos, o que garante sua impenhorabilidade, conforme disposto no art. 833, X, do CPC/2015.

Assim, a penhora realizada é manifestamente ilegal e abusiva, devendo ser imediatamente desconstituída.

DO DIREITO

A legislação brasileira assegura a impenhorabilidade dos valores depositados em conta poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, conforme disposto no art. 833, X, do CPC/2015, que assim estabelece:

"Art. 833. São impenhoráveis:

... X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos."

Os valores bloqueados na presente execução encontram-se dentro do limite legal de impenhorabilidade, sendo, portanto, invioláveis. A penhora realizada afronta diretamente o dispositivo legal acima mencionado, configurando-se como medida arbitrária e ilegal.

Ademais, a impugnante não possui qualquer vínculo com a dívida trabalhista em execução, uma vez que já havia se retirado da sociedade antes do ajuizamento da ação."'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de impugnação à penhora apresentada por [NOME COMPLETO DA SÓCIA RETIRANTE], em face do bloqueio de valores depositados em conta poupança de sua titularidade, realizado no âmbito de execução trabalhista movida por [NOME COMPLETO DO EXEQUENTE] contra a empresa [NOME COMPLETO DA EMPRESA].

A impugnante alega que os valores bloqueados são inferiores a 40 (quarenta) salários mínimos, o que garante sua impenhorabilidade, nos termos do art. 833, X, do Código de Processo Civil. Além disso, sustenta que não possui qualquer vínculo com a dívida trabalhista em execução, uma vez que se retirou da sociedade antes do ajuizamento da presente ação.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos e do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso XXII, assegura o direito à propriedade, incluindo a proteção à dignidade humana e à manutenção de condições mínimas de subsistência. Nesse sentido, o art. 833, X, do Código de Processo Civil estabelece a impenhorabilidade de valores depositados em conta poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, como forma de preservar o mínimo existencial.

No caso em análise, restou demonstrado que os valores bloqueados estão depositados em conta poupança de titularidade da impugnante e que o montante é inferior ao limite legal de 40 salários mínimos. Adicionalmente, a impugnante não apresenta vínculo direto com a execução trabalhista, uma vez que se retirou da sociedade antes do ajuizamento da ação.

2. Da Jurisprudência

A jurisprudência pátria é clara ao reconhecer a proteção legal dos valores depositados em conta poupança até o limite de 40 salários mínimos. Nesse sentido, colaciono os seguintes precedentes:

TJSP (11ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: "São impenhoráveis os valores depositados em poupança até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, assim como em conta corrente, desde que seja a única reserva do devedor."

TJSP (17ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: "Penhora em conta poupança inferior a 40 salários mínimos - Não comprovação - Legalidade da constrição reconhecida."

Os precedentes referem-se à proteção legal conferida aos valores depositados em poupança para garantir a dignidade do devedor e respeitar os limites impostos pela legislação.

3. Da Hermenêutica Constitucional

A interpretação sistemática dos dispositivos constitucionais e infraconstitucionais indica que a penhora de valores inferiores a 40 salários mínimos, depositados em conta poupança, afronta o princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88) e o direito à propriedade (art. 5º, XXII, da CF/88).

Além disso, a ausência de vínculo da impugnante com a dívida trabalhista reforça a ilegalidade da constrição, uma vez que não há responsabilidade patrimonial da sócia retirante por débitos posteriores à sua saída formal da sociedade, conforme dispõe o Código Civil.

III. Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal, julgo procedente a impugnação apresentada por [NOME COMPLETO DA SÓCIA RETIRANTE], para:

  1. Reconhecer a impenhorabilidade dos valores depositados na conta poupança da impugnante, com base no art. 833, X, do Código de Processo Civil;
  2. Determinar a imediata liberação dos valores bloqueados;
  3. Condenar o exequente ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de 10% sobre o valor atualizado do débito, nos termos do art. 85 do Código de Processo Civil.

Determino, ainda, a intimação das partes para ciência desta decisão e a adoção das providências cabíveis.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[LOCAL], [DATA].

[NOME DO MAGISTRADO]

Juiz(a) de Direito


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