Modelo de Mandado de Segurança com Pedido Liminar para Cancelamento de Protesto e Exclusão de Nome de Contribuinte dos Cadastros Restritivos de Crédito Decorrente de Quitação de Débito de Imposto de Renda

Publicado em: 04/11/2024 Constitucional Tributário
Modelo de Mandado de Segurança com pedido liminar impetrado por contribuinte em face de ato do Delegado da Receita Federal do Brasil, visando à imediata exclusão de seu nome dos cadastros restritivos de crédito (como SERASA) e ao cancelamento de protesto referente a parcela já quitada de débito de Imposto de Renda. O documento fundamenta-se na quitação integral do débito parcelado, demonstrando a ilegalidade do protesto e da restrição creditícia, com base nos princípios da legalidade, segurança jurídica e boa-fé, além da suspensão da exigibilidade do crédito tributário pelo parcelamento, conforme previsão do CTN e jurisprudência dominante. Inclui pedidos de liminar, apresentação de provas documentais e requerimentos processuais específicos.

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,

A. J. dos S., brasileiro, casado, contador, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, portador do RG nº 0.000.000-0, endereço eletrônico [email protected], residente e domiciliado à Rua Exemplo, nº 123, Bairro Centro, CEP 00000-000, Cidade/UF, por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 5º, LXIX, da CF/88, Lei 12.016/2009, CPC/2015, art. 319, impetrar o presente

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

em face de ato do Ilustríssimo Senhor Delegado da Receita Federal do Brasil (endereço: Rua da Receita, nº 456, Bairro Centro, CEP 00000-000, Cidade/UF, endereço eletrônico: [email protected]), autoridade coatora, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

2. DOS FATOS

O Impetrante, pessoa física regularmente inscrita no CPF, aderiu ao parcelamento de débito relativo ao Imposto de Renda (IR), conforme previsão legal e administrativa vigente. O parcelamento foi deferido pela Receita Federal do Brasil, tendo o Impetrante cumprido rigorosamente o pagamento das parcelas pactuadas.

Após o pagamento de algumas parcelas, o Impetrante optou por antecipar a quitação do débito, efetuando o pagamento integral do saldo remanescente em única oportunidade, conforme comprovantes anexos. Não obstante a quitação integral do débito, no mesmo mês em que realizou o pagamento total, foi surpreendido com o protesto de uma das parcelas já quitadas e, ainda, com a indevida inscrição de seu nome nos cadastros restritivos de crédito, notadamente o SERASA.

Tal situação gerou grave abalo à honra e à credibilidade do Impetrante, além de prejudicar suas atividades profissionais e pessoais, uma vez que a restrição creditícia impede a obtenção de crédito e causa danos à sua imagem.

Ressalte-se que o protesto e a inscrição em órgão de proteção ao crédito decorreram de parcela já devidamente paga, conforme se comprova pelos documentos anexos, evidenciando erro material e ilegalidade no ato praticado pela autoridade coatora.

Diante da flagrante ilegalidade e da urgência em cessar os efeitos lesivos do ato, o Impetrante busca a tutela jurisdicional por meio do presente mandado de segurança.

Resumo: O Impetrante quitou integralmente débito parcelado de IR, mas teve protestada parcela já paga e seu nome incluído no SERASA, em flagrante ilegalidade, o que justifica a presente impetração.

3. DO DIREITO

O mandado de segurança é cabível para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública, nos termos da CF/88, art. 5º, LXIX, e da Lei 12.016/2009.

O parcelamento de débito tributário constitui causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, nos termos do CTN, art. 151, VI. Assim, enquanto vigente o parcelamento, é vedada a inscrição do débito em dívida ativa, o protesto da Certidão de Dívida Ativa (CDA) e a inclusão do nome do devedor em cadastros restritivos de crédito (CTN, art. 206).

No caso concreto, além de o parcelamento ter sido regularmente deferido, o Impetrante quitou integralmente o débito, tornando-se indevida qualquer medida de cobrança, protesto ou restrição de crédito. A manutenção do protesto e da inscrição no SERASA configura ato ilegal e abusivo, violando os princípios da legalidade (CF/88, art. 37, caput), da segurança jurídica e da boa-fé objetiva.

O direito líquido e certo do Impetrante encontra respaldo na prova documental pré-constituída, consistente nos comprovantes de pagamento das parcelas e da quitação integral do débito, bem como nas certidões de protesto e de restrição creditícia.

Ressalte-se que a jurisprudência é pacífica no sentido de que a inscrição em dívida ativa, o protesto e a inclusão em cadastros restritivos são indevidos quando o débito está com exigibilidade suspensa por parcelamento ou quitado, sob pena de violação do direito do contribuinte e de imposição de sanção política vedada pelo ordenamento jurídico.

Princípios aplicáveis: l"'>...

Para ter acesso a íntegra dessa peça processual Adquira um dos planos de acesso do site, ou caso você já esteja cadastrado ou já adquiriu seu plano clique em entrar no topo da pagina:


Copyright LEGJUR
Todos os modelos de documentos do site Legjur são de uso exclusivo do assinante. É expressamente proibida a reprodução, distribuição ou comercialização destes modelos sem a autorização prévia e por escrito da Legjur.
Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de mandado de segurança impetrado por A. J. dos S. em face de ato praticado pelo Ilustríssimo Senhor Delegado da Receita Federal do Brasil, alegando ilegalidade no protesto de parcela já quitada de débito relativo ao Imposto de Renda, bem como na indevida inscrição de seu nome em órgãos de restrição ao crédito (SERASA), apesar da quitação integral do débito parcelado.

Narra o Impetrante que aderiu ao parcelamento de débito tributário, tendo posteriormente antecipado a quitação do saldo remanescente. Contudo, mesmo após o pagamento integral, foi surpreendido com o protesto de parcela já paga e a inscrição de seu nome em cadastros negativos, o que lhe causou prejuízos de ordem moral e profissional.

Pleiteia a concessão de medida liminar para a imediata exclusão de seu nome dos cadastros restritivos e o cancelamento do protesto, bem como a confirmação da segurança em sentença.

II. Fundamentação

Inicialmente, cumpre registrar que a controvérsia versa sobre a ocorrência de ilegalidade da manutenção de protesto e inscrição em órgãos de restrição ao crédito de débito cuja exigibilidade se encontrava suspensa por parcelamento e, posteriormente, quitado integralmente pelo contribuinte.

2.1. Admissibilidade

O mandado de segurança é via adequada para a tutela de direito líquido e certo, nos termos do art. 5º, LXIX, da Constituição Federal e da Lei 12.016/2009, quando não houver outro meio eficaz e célere para coibir ato ilegal ou abusivo de autoridade.

No caso, verifica-se a presença de prova pré-constituída do direito alegado, consubstanciada nos documentos que comprovam a quitação do débito e as restrições indevidamente mantidas, de modo que se conhece do presente mandamus.

2.2. Do Mérito

O art. 151, VI, do CTN estabelece que o parcelamento do crédito tributário suspende sua exigibilidade, vedando a prática de atos constritivos, como inscrição em dívida ativa, protesto da Certidão de Dívida Ativa e inclusão do nome do contribuinte em cadastros restritivos (cf. art. 206 do CTN).

No caso concreto, restou incontroverso que o Impetrante não apenas aderiu ao parcelamento, mas também antecipou a quitação integral do débito, tornando inexigível qualquer medida de cobrança, protesto ou restrição creditícia. A manutenção dessas restrições, mesmo após a quitação, caracteriza flagrante ilegalidade e abuso de poder, violando os princípios da legalidade (CF/88, art. 37, caput), da segurança jurídica, da boa-fé objetiva e da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

A jurisprudência dos tribunais pátrios firmou entendimento no sentido de que, estando o débito com exigibilidade suspensa por parcelamento ou quitado, é indevida a prática de atos restritivos, conforme se verifica nas ementas colacionadas aos autos:

"O parcelamento do débito tributário constitui causa de suspensão da exigibilidade do crédito, conforme o CTN, art. 151, VI, de modo a tornar indevida a inscrição em dívida ativa e o protesto da CDA correspondente, posteriormente ao deferimento da inclusão em programa de parcelamento. (...) A conduta da Administração Pública de manter o protesto e, simultaneamente, permitir o parcelamento da dívida viola os princípios da segurança jurídica, da boa-fé objetiva e da razoabilidade, além de prejudicar a impetrante no exercício de sua atividade econômica." (TJSP, 10ª Câmara de Direito Público, Remessa Necessária Cível Acórdão/TJSP)

"O mandado de segurança se fundamenta na necessidade de prova pré-constituída, sendo direito líquido e certo aquele manifestamente comprovado no momento da impetração." (TJSP, Órgão Especial, MS Cível Acórdão/TJSP)

Ademais, a manutenção de inscrição em cadastros restritivos e protesto de débito já quitado configura sanção política, repudiada pelo ordenamento jurídico e pelos tribunais superiores.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige a fundamentação das decisões judiciais, concedo a segurança pleiteada, para determinar:

  1. A imediata exclusão do nome do Impetrante dos cadastros restritivos de crédito (SERASA e outros), bem como o cancelamento do protesto referente à parcela já quitada do débito de IR;
  2. O reconhecimento da quitação integral do débito tributário objeto deste mandado de segurança;
  3. A comunicação à autoridade coatora para que cumpra imediatamente esta decisão, sob pena de multa diária em caso de descumprimento.

Sem condenação em honorários advocatícios, nos termos do art. 25 da Lei 12.016/2009.

Custas na forma da lei.

IV. Conclusão

É como voto.

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, data do julgamento.

Desembargador Relator


solicite seu modelo personalizado

Solicite Seu Modelo de Peça Processual Personalizado!

Sabemos que cada processo é único e merece um modelo de peça processual que reflita suas especificidades. Por isso, oferecemos a criação de modelos de peças processuais personalizados, partindo de um modelo básico adaptável às suas exigências. Com nosso serviço, você tem a segurança de que sua documentação jurídica será profissional e ajustada ao seu caso concreto. Para solicitar seu modelo personalizado, basta clicar no link abaixo e nos contar sobre as particularidades do seu caso. Estamos comprometidos em fornecer a você uma peça processual que seja a base sólida para o seu sucesso jurídico. Solicite aqui

Outras peças semelhantes

Modelo de Ação Anulatória de Débito Fiscal com Pedido de Tutela Urgente para Exclusão de Nome em Cadastro Restritivo após Quitação de IRPF perante a União Federal

Modelo de Ação Anulatória de Débito Fiscal com Pedido de Tutela Urgente para Exclusão de Nome em Cadastro Restritivo após Quitação de IRPF perante a União Federal

Publicado em: 04/11/2024 Constitucional Tributário

Modelo de petição inicial de Ação Anulatória de Débito Fiscal proposta por pessoa física em face da União Federal, fundamentada na quitação integral de débito de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) que, mesmo assim, gerou protesto e inscrição indevida do nome do autor nos órgãos de proteção ao crédito (SERASA). O documento detalha os fatos, fundamentos jurídicos no Código Tributário Nacional, Constituição Federal e Código Civil, jurisprudência correlata e inclui pedido de tutela provisória para cessação imediata das restrições, além da declaração de nulidade da cobrança, exclusão do nome do autor dos cadastros restritivos e cancelamento do protesto.

Acessar

Modelo de Ação Declaratória de Cancelamento de Protesto: Prescrição de Dívida Ativa Não Tributária e Dano Moral contra o Estado do Pará

Modelo de Ação Declaratória de Cancelamento de Protesto: Prescrição de Dívida Ativa Não Tributária e Dano Moral contra o Estado do Pará

Publicado em: 06/03/2025 Constitucional Tributário

Modelo de petição inicial de Ação Declaratória de Cancelamento de Protesto proposta por R. F. S. contra o Estado do Pará. A ação busca declarar a nulidade de protesto indevido referente a dívida ativa não tributária, alegando prescrição com base no Código Civil (art. 206, § 5º, I) e violação aos princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88). A petição ainda pleiteia indenização por danos morais devido ao protesto realizado de forma irregular. Inclui fundamentos jurídicos, jurisprudências e pedidos de tutela de urgência, nulidade da dívida e reparação de danos.

Acessar

Modelo de Ação de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência para exclusão imediata de nome indevidamente negativado em cadastros restritivos de crédito contra pessoas jurídicas, com fundamento...

Modelo de Ação de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência para exclusão imediata de nome indevidamente negativado em cadastros restritivos de crédito contra pessoas jurídicas, com fundamento...

Publicado em: 22/04/2025 Constitucional Tributário

Modelo de petição inicial para ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de tutela de urgência, visando a exclusão imediata do nome do autor dos cadastros de restrição ao crédito por negativação indevida, contra empresas réus, fundamentada na proteção do consumidor, no direito à honra e na responsabilidade civil, com pedido de confirmação da tutela ao final, produção de provas e expedição de ofícios aos órgãos restritivos.

Acessar

Você está prestes a dar um passo crucial para aperfeiçoar a sua prática jurídica! Bem-vindo ao LegJur, seu recurso confiável para o universo do Direito.

Ao adquirir a assinatura do nosso site, você obtém acesso a um repositório completo de modelos de petição. Preparados por especialistas jurídicos com vasta experiência na área, nossos modelos abrangem uma ampla gama de situações legais, permitindo que você tenha uma base sólida para elaborar suas próprias petições, economizando tempo e garantindo a excelência técnica.

Mas a LegJur oferece muito mais do que isso! Com a sua assinatura, você também terá acesso a uma biblioteca abrangente de eBooks jurídicos, conteúdo atualizado de legislação, jurisprudência cuidadosamente selecionada, artigos jurídicos de alto nível e provas anteriores do Exame da Ordem. É tudo o que você precisa para se manter atualizado e preparado na sua carreira jurídica.

Na LegJur, temos o objetivo de fornecer as ferramentas essenciais para estudantes e profissionais do Direito. Quer você esteja se preparando para um processo, estudando para um concurso ou apenas buscando expandir seu conhecimento jurídico, a LegJur é a sua parceira confiável.

Investir na assinatura LegJur é investir na sua carreira, no seu futuro e no seu sucesso. Junte-se a nós e veja por que a LegJur é uma ferramenta indispensável no mundo jurídico.

Clique agora para fazer a sua assinatura e revolucione a maneira como você lida com o Direito. LegJur: seu parceiro para uma carreira jurídica brilhante.

Assine já e tenha acesso imediato a todo o conteúdo
Veja aqui o que o legjur pode lhe oferecer

Assinatura Mensal

Assine o LegJur e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos! Cancele a qualquer hora.

R$ 29,90

À vista

1 mês

Acesse o LegJur por 1 mês e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 39,90

Parcele em até 3x sem juros

3 meses

Equilave a R$ 39,96 por mês

Acesse o LegJur por 3 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 119,90

Parcele em até 6x sem juros

6 meses

Equilave a R$ 32,48 por mês

Acesse o LegJur por 6 meses e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 194,90

Parcele em até 6x sem juros

12 meses + 2 meses de Brinde

Equilave a R$ 24,90 por mês

Acesse o LegJur por 1 ano e desfrute de acesso ilimitado a um vasto acervo de informações e recursos jurídicos!

R$ 349,90

Parcele em até 10x sem juros

A cópia de conteúdo desta área está desabilitada, para copiar o conteúdo você deve ser assinante do site.