Modelo de Manifestação à Impugnação à Penhora: Refutação de Alegação de Impenhorabilidade de Bem Móvel e Pedido de Condenação por Litigância de Má-Fé

Publicado em: 14/02/2025 CivelProcesso Civil Impenhorabilidade
Manifestação apresentada em processo de execução, contestando a impugnação à penhora de uma máquina de bordar, sob a alegação de impenhorabilidade. O documento detalha os fundamentos jurídicos, incluindo a ausência de comprovação da essencialidade do bem para a subsistência ou atividade profissional da executada. São refutadas as alegações de que o bem pertence à executada e de que seus filhos participam da atividade profissional, além de ser solicitado o reconhecimento de litigância de má-fé e a aplicação das penalidades cabíveis.

MANIFESTAÇÃO À IMPUGNAÇÃO À PENHORA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Processo nº: [número do processo]

Exequente: Â. M. B. S.
Executada: E. M. R. I. C. de M.

Â. M. B. S., já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seus advogados, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua MANIFESTAÇÃO À IMPUGNAÇÃO À PENHORA, nos termos do artigo 525, inciso IV, do Código de Processo Civil (CPC/2015), pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

PREÂMBULO

A presente manifestação visa refutar a impugnação apresentada pela executada, E. M. R. I. C. de M., que alega a impenhorabilidade da máquina de bordar objeto da constrição judicial, sob o fundamento de que o bem seria essencial para o exercício de sua atividade profissional e para a subsistência de sua família.

DOS FATOS

A executada, em sua impugnação, sustenta que a máquina de bordar penhorada é indispensável para o exercício de sua atividade profissional, sendo utilizada para bordar peças de tecido, o que garantiria o sustento de sua família. Afirma, ainda, que seus filhos a auxiliam na referida atividade.

Contudo, tal alegação não condiz com a realidade dos fatos. Durante o curso do processo, a executada já declarou, por mais de três vezes, que a máquina de bordar pertence à empresa de sua filha, e não a ela. Além disso, é de conhecimento nos autos que os filhos da executada sequer residem com ela, o que desqualifica a afirmação de que eles participam da atividade profissional mencionada.

Assim, resta evidente a tentativa da executada de alterar os fatos e induzir este juízo a erro, com o intuito de frustrar a execução e manter a posse do bem penhorado.

DO DIREITO

A impugnação apresentada pela executada fundamenta-se no artigo 833, inciso V, do CPC/2015, que dispõe sobre a impenhorabilidade de bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado. No entanto, para que tal proteção seja reconhecida, é imprescindível que a parte comprove, de forma inequívoca, que o bem é indispensável ao exercício de sua atividade profissional e à sua subsistência.

No caso em análise, a executada não apresentou qualquer prova concreta de que utiliza a máquina de bordar como ferramenta de trabalho ou que dela depende para sua subsistência. Pelo contrário, há nos autos declarações da própria executada afirmando que o bem pertence à em"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Processo nº: [número do processo]

Exequente: Â. M. B. S.
Executada: E. M. R. I. C. de M.

Dos Fatos e Fundamentos

Trata-se de impugnação à penhora apresentada pela executada, que alega a impenhorabilidade da máquina de bordar objeto de constrição judicial, sob o argumento de que o bem seria essencial ao exercício de sua atividade profissional e à subsistência de sua família.

A executada sustenta que a referida máquina é indispensável para sua atividade de bordar peças de tecido. Contudo, durante o curso do processo, a executada declarou, em diversas ocasiões, que a máquina pertence à empresa de sua filha, o que desqualifica sua alegação de impenhorabilidade. Ademais, não foi apresentada qualquer prova de que o bem é utilizado para sua subsistência ou que seus filhos residem com ela e participam da atividade profissional.

Diante disso, resta evidente a tentativa da executada de alterar a verdade dos fatos, o que configura litigância de má-fé, conforme disposto no artigo 80, incisos I e II, do Código de Processo Civil (CPC/2015).

Fundamentação Jurídica

A impugnante fundamenta sua defesa no artigo 833, inciso V, do CPC/2015, que dispõe sobre a impenhorabilidade de bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão. Contudo, para que tal benefício seja reconhecido, é imprescindível a comprovação inequívoca da indispensabilidade do bem para a atividade profissional e a subsistência da parte.

No caso em tela, a executada não apresentou provas suficientes para demonstrar que a máquina de bordar é essencial ao exercício de sua profissão. Pelo contrário, há elementos nos autos que indicam que o bem pertence à empresa de sua filha, descaracterizando a alegação de impenhorabilidade.

Reitera-se que o ônus da prova recai sobre a parte que alega, conforme o artigo 373, inciso II, do CPC/2015, sendo certo que a executada não se desincumbiu de tal encargo. Ademais, a tentativa de alterar a verdade dos fatos reforça a configuração de litigância de má-fé.

A jurisprudência pátria é pacífica no sentido de que a proteção conferida pelo artigo 833 do CPC/2015 exige comprovação inequívoca de que o bem penhorado é indispensável à subsistência ou ao exercício profissional. Nesse sentido, colaciono o seguinte julgado:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. IMPUGNAÇÃO À PENHORA. ALEGAÇÃO DE IMPENHORABILIDADE. DOCUMENTAÇÃO INSUFICIENTE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO MÍNIMA DE QUE A CONSTRIÇÃO RECAI SOBRE BENS IMPENHORÁVEIS. RECURSO NÃO PROVIDO.
\"Cumpre à parte executada demonstrar que a penhora atinge economias que, em sua totalidade, são inferiores ao limite de 40 salários mínimos, ou que a constrição reduziria as economias a valor inferior a este. Somente em seguida cumpriria à parte exequente demonstrar se é caso de abuso, má-fé ou fraude do devedor, consoante jurisprudência do Colendo STJ (STJ).\" (TJSP, 31ª Câmara de Direito Privado, Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP, Rel. Des. Adilson de Araujo, julgado em 03/09/2024)

Assim, considerando a ausência de comprovação por parte da executada e a tentativa de alterar a verdade dos fatos, entendo que a impugnação à penhora deve ser indeferida.

Dispositivo

Ante o exposto, com fulcro no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, voto no sentido de:

  1. Indeferir a impugnação à penhora apresentada pela executada, mantendo-se a constrição judicial sobre a máquina de bordar;
  2. Reconhecer a litigância de má-fé por parte da executada, aplicando as penalidades previstas no artigo 81 do CPC/2015;
  3. Condenar a executada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

É como voto.

[Local], [Data].

____________________________
Magistrado(a)
[Cargo]


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