Modelo de Pedido de Arbitramento de Aluguel e Sobrepartilha de Bens Omitidos em Ação Cível entre Ex-Cônjuges
Publicado em: 19/12/2023 Civel FamiliaEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Nome da Requerente: M. F. de S. L., brasileira, estado civil, profissão, portadora do CPF nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
Nome do Requerido: C. E. da S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
PREÂMBULO
Por meio de seu advogado que esta subscreve, com instrumento de mandato anexo, a Requerente vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DE ARBITRAMENTO DE ALUGUEL
em face de C. E. da S., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
A Requerente e o Requerido foram casados sob o regime de comunhão parcial de bens, tendo o vínculo conjugal sido dissolvido por meio de sentença de divórcio proferida em __________. Na ocasião, foi realizada a partilha de bens, mas alguns imóveis foram omitidos, sob orientação do advogado do Requerido, que também é irmão deste.
Além disso, após a separação, o Requerido passou a se apropriar exclusivamente dos rendimentos provenientes de aluguéis de um imóvel comum, sem repassar qualquer valor à Requerente, causando-lhe prejuízo financeiro e enriquecimento ilícito por parte do Requerido.
A Requerente, mesmo ciente da existência dos bens omitidos, foi induzida a acreditar que a sobrepartilha poderia ser realizada posteriormente, o que não ocorreu até o presente momento.
DO DIREITO
O direito da Requerente ao arbitramento de aluguel encontra respaldo no princípio da vedação ao enriquecimento sem causa, previsto no CCB/2002, art. 884. A apropriação exclusiva dos rendimentos de um bem comum pelo Requerido configura violação ao direito de propriedade da Requerente, que é titular de 50% do imóvel.
O CPC/2015, art. 319, exige que a petição inicial contenha os fatos e fundamentos jurídicos do pedido, o que se cumpre ao demonstrar que o Requerido usufrui exclusivamente de rendimentos que deveriam ser compartilhados, sendo devida a indenização proporcional à sua parte no imóvel.
Além disso, a omissão de bens na partilha inicial viola o princípio da boa-fé objetiva, consagrado no CCB/2002, art. 422, sendo cabível a ação de sobrepartilha para incluir os bens omitidos e garantir a justa divisão do patrimônio comum.
DO ARBITRAMENTO DE ALUGUEL
Conforme entendimento consolidado pelo STJ, é possível o arbitramento de aluguel entre ex-cônjuges, mesmo antes da partilha, desde que a parte cabível a cada um seja suscetível de identificação (REsp 2.082.584/SP). No caso em tela, a R"'>...