Modelo de Pedido de Conversão em Pecúnia de Licenças-Prêmio Não Gozadas por Servidora Pública Municipal Aposentada

Publicado em: 24/03/2024 Administrativo
Ação judicial promovida por servidora pública municipal aposentada, requerendo a conversão em pecúnia de quatro períodos de licença-prêmio não usufruídos durante sua atividade funcional. A Requerente fundamenta seu pedido nos princípios constitucionais da moralidade e eficiência administrativa, bem como no entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (Tema 1086). O Município Requerido, apesar de inerte frente aos requerimentos administrativos, é demandado para efetuar o pagamento do valor devido, acrescido de correção monetária e juros de mora, sob pena de configurar enriquecimento sem causa da Administração Pública.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

Distribuição por dependência

PREÂMBULO

Nome da Requerente: M. F. dos S.
Estado Civil: [Estado Civil]
Profissão: Servidora Pública Municipal (aposentada)
CPF: [Número do CPF]
Endereço: [Endereço completo]
E-mail: [Endereço eletrônico]

Nome do Requerido: Município de [Nome do Município]
CNPJ: [Número do CNPJ]
Endereço: [Endereço completo da Prefeitura]

Valor da Causa: R$ [Valor total das licenças-prêmio não gozadas]

DOS FATOS

A Requerente, M. F. dos S., foi servidora pública municipal, tendo exercido suas funções de forma regular e contínua até sua aposentadoria. Durante o período de sua atividade laboral, adquiriu o direito a seis períodos de licença-prêmio, conforme previsto na legislação municipal vigente.

Contudo, a Requerente apenas usufruiu de dois períodos de licença-prêmio, restando quatro períodos pendentes de gozo. Antes de sua aposentadoria, a Requerente formalizou requerimentos administrativos para usufruir das licenças restantes, mas não obteve resposta ou autorização da Administração Pública.

Após sua aposentadoria, a Requerente buscou a conversão dos períodos de licença-prêmio não gozados em pecúnia, considerando que a impossibilidade de usufruir do benefício durante a atividade funcional não pode resultar em prejuízo ao servidor. Todavia, a Administração Pública Municipal permaneceu inerte, negando-se a realizar o pagamento indenizatório.

DO DIREITO

A licença-prêmio é um direito garantido ao servidor público como forma de reconhecimento por seu tempo de serviço, conforme estabelecido na legislação municipal e em consonância com os princípios constitucionais da moralidade e eficiência administrativa (CF/88, art. 37, caput).

A impossibilidade de usufruir das licenças-prêmio durante o período de atividade funcional, por razões alheias à vontade do servidor, não pode resultar na extinção do direito, sob pena de enriquecimento sem causa da Administração Pública, vedado pelo ordenamento jurídico (CCB/2002, art. 884).

O Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Tema 1086 de Recursos Repetitivos, consolidou o entendimento de que o servidor público faz jus à conversão em pecúnia das licenças-prêmio não usufruídas durante a atividade funcional, desde que não tenham sido computadas para fins de aposentadoria. Tal entendimento é aplicável aos servidores municipais, em"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação ajuizada por M. F. dos S., servidora pública municipal aposentada, em face do Município de [Nome do Município], postulando a conversão em pecúnia de quatro períodos de licença-prêmio não gozados durante sua vida funcional. Alega a Requerente que, embora tenha adquirido o direito ao benefício, não obteve autorização para usufruí-lo e, após a aposentadoria, restou frustrada a tentativa de recebimento da indenização correspondente.

Voto

Em análise aos autos, observa-se que a Requerente adquiriu regularmente o direito a seis períodos de licença-prêmio, gozando apenas dois deles, restando pendentes quatro períodos. A Administração Pública, contudo, manteve-se inerte tanto em relação aos pedidos administrativos de usufruto do benefício quanto à conversão dos períodos não gozados em indenização pecuniária.

A licença-prêmio é um direito do servidor público assegurado pela legislação municipal e em consonância com os princípios constitucionais da moralidade e eficiência administrativa, nos termos do art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988. Conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça no Tema 1086, a conversão em pecúnia das licenças não usufruídas é devida quando não há possibilidade de fruição do benefício durante a atividade funcional e desde que os períodos não tenham sido utilizados para fins de aposentadoria.

O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa, previsto no art. 884 do Código Civil, reforça a impossibilidade de a Administração Pública se beneficiar da omissão em autorizar o gozo do benefício, em detrimento do direito legítimo do servidor. A ausência de regulamentação local específica para a conversão em pecúnia não exclui o direito do servidor, devendo-se aplicar, por analogia, os princípios constitucionais e a jurisprudência consolidada.

Neste caso, a Requerente comprovou a aquisição do direito e a ausência de fruição dos períodos pendentes, sendo devida a conversão em pecúnia como forma de reparação financeira. A inércia do Município não pode prejudicar a Requerente, sob pena de afronta aos princípios da legalidade, proteção à confiança e dignidade da pessoa humana.

Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, voto pelo provimento do pedido, para:

  1. Reconhecer o direito da Requerente à conversão em pecúnia dos quatro períodos de licença-prêmio não gozados, com base na última remuneração percebida antes da aposentadoria;
  2. Condenar o Município de [Nome do Município] ao pagamento do valor correspondente, acrescido de correção monetária pelo IPCA-E e juros de mora nos termos do RE 870.947;
  3. Condenar o Requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação.

É como voto.

__________________________

[Nome do Magistrado]

Juiz de Direito


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