Modelo de Petição de Cumprimento de Obrigação de Fazer com Pedido de Majoração de Multa, Litigância de Má-fé e Remessa ao Ministério Público
Publicado em: 21/05/2024 TrabalhistaEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA ___ª VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]
Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
Reclamante: L. A. V. da R.
Reclamada: [INSERIR NOME DA RECLAMADA]
PREÂMBULO
LUIZ ANTONIO VIEIRA DA ROCHA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado regularmente constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 537, §1º, I, e 139, III, do CPC/2015, bem como no art. 77, II, do CPC/2015, apresentar a presente:
PETIÇÃO DE CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER
Em face da reclamada, [INSERIR NOME DA RECLAMADA], pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS
Conforme consta nos autos, foi determinada a exclusão, nos assentamentos funcionais do reclamante, de penalidades administrativas e responsabilização pelos créditos decorrentes das decisões CDR/RJ 021/2017 e CDM 051/2017, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00, limitada a R$ 200.000,00, conforme decisão de ID adbf863.
A reclamada, entretanto, informou falsamente o cumprimento da obrigação de fazer, conforme manifestação de ID fc30edf, alegando que teria providenciado a exclusão dos registros funcionais. No entanto, o reclamante logrou êxito em demonstrar que os registros permanecem em seu histórico funcional, conforme documentos de ID e2ec970 e ID 38f3d77.
Tal conduta da reclamada configura descumprimento deliberado da determinação judicial, afrontando a coisa julgada e os princípios da boa-fé processual e da dignidade da justiça.
DO DIREITO
A conduta da reclamada viola o disposto no art. 537, §1º, I, do CPC/2015, que autoriza a majoração da multa cominatória quando o valor fixado inicialmente se mostrar ineficaz para compelir o cumprimento da obrigação de fazer. A multa diária de R$ 2.000,00, limitada a R$ 200.000,00, já foi fixada, mas a reclamada persiste em descumprir a determinação judicial.
Ademais, a reclamada agiu de má-fé ao informar falsamente o cumprimento da obrigação, em afronta ao art. 77, II, do CPC/2015, que impõe às partes o dever de expor os fatos em juízo conforme a verdade. Tal conduta caracteriza litigância de má-fé, nos termos do art. 80, II e V, do CPC/2015, sendo cabível a aplicação das sanções previstas no art. 81 do mesmo diploma legal.
Por fim, o descumprimento deliberado da determinação judicial configura crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Código Penal, sendo cabível a remessa dos autos ao Ministério Público para apuração da conduta.