Modelo de Pedido de Habeas Corpus para Revogação de Prisão Preventiva com Fundamentação em Ilegalidade e Princípios Constitucionais

Publicado em: 04/02/2025 Direito Penal Processo Penal
Documento jurídico que apresenta um pedido de habeas corpus em favor de um paciente acusado de estupro. A petição requer a revogação da prisão preventiva, com base na ausência de elementos probatórios concretos que justifiquem a medida cautelar, violação aos princípios da presunção de inocência e da dignidade da pessoa humana, além de jurisprudência relevante do STJ e TJSP que fortalece os argumentos. Subsidiariamente, pleiteia a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, conforme o art. 319 do CPP.

HABEAS CORPUS

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___

Impetrante: Nome do advogado, inscrito na OAB/UF sob o nº ___, com endereço profissional na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___, e endereço eletrônico ___.

Paciente: R. A. dos S., brasileiro, estado civil ___, profissão ___, portador do RG nº ___ e CPF nº ___, residente e domiciliado na Rua ___, nº ___, Bairro ___, Cidade ___, Estado ___, CEP ___.

Com fundamento no art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal de 1988 e nos arts. 647 e 648 do Código de Processo Penal, impetra-se o presente HABEAS CORPUS em favor do Paciente, que se encontra preso preventivamente de forma ilegal, conforme os fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Paciente, réu primário, com bons antecedentes, residência fixa e emprego formal, foi acusado da prática do crime de estupro, previsto no art. 213 do Código Penal. Contudo, os elementos probatórios apresentados no curso da investigação e da instrução processual são insuficientes para justificar a manutenção de sua prisão preventiva.

Os laudos periciais realizados no caso, tanto o exame médico quanto o exame pericial, não indicaram qualquer lesão ou presença de esperma que pudesse corroborar a narrativa da suposta vítima. A única prova apresentada contra o Paciente é o depoimento da suposta vítima, o que, por si só, não é suficiente para sustentar a acusação e muito menos a prisão preventiva.

Atualmente, o processo encontra-se na fase de alegações finais, e a manutenção da prisão preventiva do Paciente configura flagrante ilegalidade, violando os princípios constitucionais da presunção de inocência e da dignidade da pessoa humana.

DO DIREITO

A prisão preventiva, conforme disposto no CPP, art. 312, somente pode ser decretada quando presentes os requisitos do fumus comissi delicti e do periculum libertatis. No caso em tela, não há qualquer elemento concreto que demonstre a necessidade da prisão preventiva do Paciente.

O princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da CF/88, estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A manutenção da prisão preventiva do Paciente, diante da ausência de provas concretas e da fragilidade da acusação, configura verdadeira antecipação de pena, o que é vedado pelo ordenamento jurídico."'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de habeas corpus impetrado em favor do paciente R. A. dos S., réu primário, com bons antecedentes, residência fixa e emprego formal, acusado da prática do crime de estupro, previsto no art. 213 do Código Penal. Sustenta-se que a prisão preventiva do paciente é ilegal, vez que não há nos autos elementos probatórios suficientes para justificar sua manutenção, configurando-se violação aos princípios constitucionais da presunção de inocência e da dignidade da pessoa humana.

Passo à apreciação.

Voto

Dos Fatos

O paciente encontra-se preso preventivamente sob a acusação de estupro. Contudo, os elementos constantes nos autos, como os laudos periciais, não corroboram a narrativa da acusação. O único elemento probatório apresentado é o depoimento da suposta vítima, o que, segundo entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça, não é suficiente para fundamentar a prisão preventiva.

Ademais, o processo encontra-se na fase de alegações finais, sem que haja elementos concretos que justifiquem a manutenção da custódia cautelar, violando os princípios constitucionais da presunção de inocência e da dignidade da pessoa humana.

Do Direito

Nos termos do art. 312 do CPP, a prisão preventiva é medida excepcional, cabível apenas quando presentes os requisitos do fumus comissi delicti e do periculum libertatis. No caso em tela, tais requisitos não se encontram demonstrados.

A Constituição Federal, em seu art. 5º, LVII, assegura que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A manutenção da prisão preventiva do paciente, diante da ausência de provas concretas, configura verdadeira antecipação de pena, vedada pelo ordenamento jurídico.

Além disso, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é clara ao afirmar que a gravidade abstrata do delito ou a comoção social não constituem fundamentos idôneos para justificar a prisão preventiva, conforme decidido no HC Acórdão/STJ.

O paciente apresenta condições pessoais favoráveis, como residência fixa, emprego formal e bons antecedentes, que reforçam a desnecessidade de sua custódia cautelar. Assim, é possível a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, previstas no art. 319 do CPP.

Fundamentos Constitucionais e Legais

Constituição Federal de 1988, art. 5º, LVII (presunção de inocência); art. 312 do Código de Processo Penal (requisitos da prisão preventiva); art. 319 do Código de Processo Penal (medidas cautelares diversas).

Jurisprudência citada:

Conclusão

Diante do exposto, e considerando a ausência de elementos concretos que justifiquem a manutenção da prisão cautelar, voto pela concessão da ordem de habeas corpus, para que seja revogada a prisão preventiva do paciente R. A. dos S., com a consequente expedição de alvará de soltura. Subsidiariamente, caso este entendimento não prevaleça, voto pela substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, previstas no art. 319 do CPP.

É como voto.

Dispositivo

Ante o exposto, concedo a ordem de habeas corpus para revogar a prisão preventiva do paciente, determinando a expedição de alvará de soltura, salvo se por outro motivo estiver preso. Subsidiariamente, determino a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do art. 319 do CPP.

Juiz de Direito


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