Modelo de Pedido de Nulidade Processual pelo Ministério Público Estadual devido à Ausência de Manifestação nas Alegações Finais

Publicado em: 26/09/2024 Constitucional Direito Penal Processo Penal
Requerimento do Ministério Público Estadual para o reconhecimento da nulidade do processo a partir da fase de alegações finais, com base no art. 564, IV, do CPP, devido à ausência de manifestação do órgão ministerial, configurando cerceamento de defesa e violação ao contraditório. O documento destaca os fundamentos constitucionais e processuais que respaldam o pedido, incluindo jurisprudências relevantes e prejuízo manifesto ao devido processo legal.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___

Processo nº: [inserir número do processo]

Requerente: Ministério Público Estadual

Requerido: [inserir nome do réu]

PREÂMBULO

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE [inserir estado], por intermédio de seu representante legal, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 564, IV, do CPP, requerer a nulidade do processo, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.

DOS FATOS

Trata-se de ação penal em que o Ministério Público figura como parte acusadora. Após a instrução processual, foi concedido prazo para apresentação das alegações finais pelas partes. Contudo, por razões alheias à vontade do parquet, não foi possível a apresentação das alegações finais no prazo estipulado.

A ausência de manifestação do Ministério Público, parte essencial à persecução penal, comprometeu a regularidade do processo, configurando cerceamento de defesa e violação ao contraditório, princípios basilares do devido processo legal, conforme disposto no art. 5º, LIV e LV, da CF/88.

DO DIREITO

A nulidade processual é instituto que visa preservar a regularidade dos atos processuais, garantindo a observância dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Nos termos do art. 564, IV, do CPP, a ausência de manifestação do Ministério Público em momento processual essencial configura nulidade absoluta.

A jurisprudência é pacífica ao reconhecer que a ausência de manifestação do parquet em fase essencial do processo, como as alegações finais, compromete a validade do julgamento, sendo imprescindível a anulação dos atos subsequentes para garantir o devido processo legal.

Ademais, o princípio do pas nullité sans grief, consagrado no art. 282, §1º, do CPC/2015, exige a demonstração de prejuízo para a decretação de nulidade. No caso em tela, o prejuízo é evidente, pois a ausência de alegações finais do Ministério P"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Preâmbulo

Trata-se de análise de recurso interposto em face da decisão de anulação dos atos processuais em razão de ausência de manifestação do Ministério Público em fase essencial do processo, conforme requerido nos autos do processo nº [inserir número do processo].

O presente voto busca analisar os fatos alegados pelas partes e a legalidade da decisão recorrida, considerando os fundamentos constitucionais e legais pertinentes.

Dos Fatos

Consta nos autos que, em ação penal de iniciativa do Ministério Público Estadual, não houve a apresentação tempestiva das alegações finais pelo parquet, comprometendo a regular tramitação do processo. A ausência de manifestação impossibilitou a análise completa dos elementos probatórios, prejudicando o contraditório e a ampla defesa.

A parte recorrente alega que tal ausência configura nulidade absoluta, nos termos do art. 564, IV, do Código de Processo Penal, requerendo a anulação dos atos subsequentes e a reabertura do prazo para manifestação do Ministério Público.

Do Direito

A nulidade processual está prevista no art. 564, IV, do Código de Processo Penal, sendo declarada quando há prejuízo manifesto à regularidade do processo, em especial nos casos de ausência de manifestação do Ministério Público em fases processuais essenciais.

A Constituição Federal, em seu art. 5º, incisos LIV e LV, assegura o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. A ausência de manifestação do Ministério Público em fase essencial, como as alegações finais, viola tais princípios e compromete a imparcialidade do julgamento.

O princípio do pas nullité sans grief, consagrado no art. 282, §1º, do CPC/2015, exige a demonstração de prejuízo para a decretação de nulidade. Neste caso, o prejuízo é evidente, pois a ausência de alegações finais comprometeu a análise adequada dos fatos e a formulação de pedidos finais.

Jurisprudências

A jurisprudência é pacífica ao reconhecer a nulidade de atos processuais em casos de ausência de manifestação do Ministério Público em momentos essenciais. Destacam-se os seguintes precedentes:

  • TJRJ (TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO): "A nulidade processual depende da demonstração de prejuízo, nos termos do art. 282, §1º, do CPC. No caso, o prejuízo é evidente, considerando que a parte agravante foi impedida de produzir provas e interpor recurso de apelação." (Agravo de Instrumento Acórdão/TJRJ, Rel. Des. Fernanda Xavier De Brito, J. em 18/12/2024)
  • STJ (2ª TURMA): "A falta de intimação do Ministério Público gera nulidade quando há prejuízo manifesto, como no caso de ausência de abertura de vista para manifestação em segundo grau." (REsp. Acórdão/STJ, Rel. Min. Francisco Falcão, J. em 04/05/2021)
  • TJSP (9ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO): "A ausência de intimação regular do procurador constitui nulidade dos atos processuais subsequentes. A reabertura de prazo é necessária para garantir o contraditório e a ampla defesa." (Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP, Rel. Des. Edson Luiz de Queiróz, J. em 20/02/2025)

Conclusão

Diante do exposto, com fundamento no art. 564, IV, do Código de Processo Penal, e nos princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e devido processo legal (art. 5º, LIV e LV, da CF/88), voto pelo conhecimento do recurso interposto e pela sua procedência, no sentido de:

  1. Reconhecer a nulidade do processo a partir da fase de alegações finais;
  2. Determinar a anulação dos atos processuais subsequentes;
  3. Reabrir o prazo para apresentação das alegações finais pelo Ministério Público;
  4. Intimar as partes para que se manifestem no prazo legal, garantindo o contraditório e a ampla defesa.

Este é o meu voto.

Termos Finais

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

[Local], [Data].

____________________________
[Nome do Magistrado]
Juiz(a) de Direito


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