Modelo de Pedido de Relaxamento de Prisão em Flagrante por Ilegalidade na Abordagem e Falta de Garantias ao Réu José Alves

Publicado em: 11/03/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
Petição direcionada ao Juízo da Vara Criminal requerendo o relaxamento da prisão em flagrante de José Alves, agricultor, detido sob acusação de embriaguez ao volante. Fundamenta-se no artigo 5º, LXV, da Constituição Federal, nos artigos 310, I, e 648, I, do Código de Processo Penal, apontando vícios processuais como a ausência de comunicação ao juízo competente e à Defensoria Pública, a não realização de audiência de custódia e a violação de direitos fundamentais do preso, como o direito à assistência jurídica. Requer a expedição de alvará de soltura e a manifestação do Ministério Público.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____________

URGENTE – RÉU PRESO

J. A., brasileiro, casado, agricultor, portador do RG nº ____________ e inscrito no CPF sob o nº ____________, residente e domiciliado na Fazenda ____________, localizada na zona rural do município de ____________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com endereço profissional na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, CEP ____________, e endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 5º, LXV, da Constituição Federal e nos arts. 310, I, e 648, I, do Código de Processo Penal, requerer o:

RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

em favor do requerente, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

O presente pedido é formulado em caráter de urgência, tendo em vista as flagrantes ilegalidades cometidas pela Autoridade Policial no ato da prisão do requerente, bem como a ausência de comunicação ao juízo competente e à Defensoria Pública, o que configura violação de direitos fundamentais do preso.

DOS FATOS

No dia 10 de março de 2019, após ingerir vinho em sua propriedade rural, o requerente, José Alves, conduziu seu veículo por uma estrada deserta que tangencia sua fazenda. Durante o trajeto, foi abordado por uma equipe da Polícia Militar que realizava buscas por um foragido da região.

Ao ser abordado, o requerente foi compelido a realizar teste de alcoolemia, que apontou concentração de álcool de 1 mg/L de ar alveolar. Em razão disso, foi conduzido à Unidade de Polícia Judiciária, onde foi lavrado auto de prisão em flagrante pela suposta prática do crime previsto no art. 306 da Lei 9.503/1997.

Contudo, no momento da prisão, foram negados ao requerente o direito de entrevistar-se com advogado ou familiares, e, até a presente data, não houve comunicação ao juízo competente ou à Defensoria Pública, permanecendo o requerente encarcerado ilegalmente na Delegacia de Polícia.

DO DIREITO

A prisão em flagrante do requerente padece de vícios insanáveis que tornam sua manutenção ilegal, conforme demonstrado a seguir:

1. VIOLAÇÃO AO DIREITO DE COMUNICAÇÃO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA

O art. 5º, LXIII, da Constituição Federal assegura ao preso o direito de permanecer calado e de comunicar-se com advogado ou familiares. No caso em questão, o requerente foi impedido de exercer tal direito, configurando flagrante ilegalidade.

2. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO A"'>...


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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de pedido de relaxamento de prisão em flagrante, formulado por José Alves, com fundamento no art. 5º, LXV, da Constituição Federal e nos arts. 310, I, e 648, I, do Código de Processo Penal. O requerente sustenta que a prisão em flagrante padece de ilegalidades, em virtude de violação de garantias constitucionais e processuais, conforme passa a expor.

II. Fundamentação

A análise do caso exige a aplicação dos princípios constitucionais e legais que regem o devido processo legal e a legalidade das prisões, em especial, a Constituição Federal de 1988 e o Código de Processo Penal.

Conforme os fatos narrados, verifico que a prisão do requerente apresenta vícios graves que a tornam ilegal. Passo a examinar cada um dos pontos levantados.

1. Violação ao direito de comunicação e assistência jurídica

O art. 5º, LXIII, da Constituição Federal assegura ao preso o direito de comunicar-se com advogado ou familiares. No caso dos autos, o requerente foi impedido de exercer tal prerrogativa, o que configura flagrante violação a um direito fundamental. A ausência de comunicação compromete a ampla defesa e o contraditório.

2. Ausência de comunicação ao juízo competente

O art. 306, §1º, do Código de Processo Penal determina que a autoridade policial deve comunicar a prisão em flagrante ao juiz competente no prazo de 24 horas, o que não ocorreu no caso em tela. Tal omissão agrava a ilegalidade da prisão, uma vez que impede o controle judicial sobre a custódia do requerente.

3. Não realização de audiência de custódia

A audiência de custódia, prevista no art. 310, §4º, do Código de Processo Penal, é uma garantia fundamental para análise da legalidade da prisão e das condições em que foi realizada. A não realização da audiência reforça o caráter arbitrário da prisão, conforme jurisprudência consolidada.

4. Ausência de fundamentação para a manutenção da prisão

A prisão em flagrante não foi convertida em prisão preventiva, nem há qualquer elemento nos autos que justifique a manutenção da custódia cautelar. O art. 310, I, do Código de Processo Penal exige que, na ausência de requisitos para prisão preventiva, o juiz relaxe a prisão em flagrante.

III. Jurisprudências

A jurisprudência dos tribunais superiores é firme no sentido de que a ausência de comunicação ao juízo competente, a não realização de audiência de custódia e a violação do direito à assistência jurídica configuram flagrante ilegalidade, ensejando o relaxamento da prisão. Cito os seguintes precedentes:

\"Em razão do advento da Lei 13.964/2019 não é mais possível a conversão ex officio da prisão em flagrante em prisão preventiva. [...] A não realização da audiência de custódia, bem como a ausência de provocação do Ministério Público ou da autoridade policial, tornam ilegal a manutenção da prisão em flagrante.\" (STJ, RECURSO EM HABEAS CORPUS 131.263 - GO, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, J. em 24/02/2021, DJ 15/04/2021).

\"A ausência de comunicação ao juízo competente e à Defensoria Pública, bem como a não realização de audiência de custódia, configuram flagrante ilegalidade, ensejando o relaxamento da prisão em flagrante.\" (TJSP, Habeas Corpus Criminal Acórdão/TJSP, Rel. Des. Renato Genzani Filho, J. em 02/09/2024).

IV. Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, julgo procedente o pedido de relaxamento de prisão em flagrante formulado por José Alves, nos termos do art. 5º, LXV, da Constituição Federal e do art. 310, I, do Código de Processo Penal, pelas flagrantes ilegalidades verificadas.

Determino, ainda, a expedição do competente alvará de soltura, salvo se o requerente estiver preso por outro motivo, e a intimação do Ministério Público, nos termos do art. 648, parágrafo único, do Código de Processo Penal.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data.

___________________________
Juiz de Direito


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