Modelo de Petição Inicial de Ação de Alienação Parental com Pedido de Perícia Psicológica e Tutela Provisória

Publicado em: 09/01/2024 Familia
Petição inicial proposta pelo pai em face da mãe, com fundamento na Lei 12.318/2010, visando o reconhecimento e combate à prática de alienação parental. A peça descreve os fatos que indicam a interferência da requerida na relação entre o genitor e os menores, solicita a realização de perícia psicológica ou biopsicossocial, tutela provisória para regulamentação de visitas, e a aplicação das medidas previstas em lei. A peça também fundamenta-se no princípio do melhor interesse do menor e apresenta jurisprudência relevante ao caso.

PEÇA PROCESSUAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de __________.

Nome completo do Requerente: P. A. da S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado à Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, e-mail __________;

Nome completo do Requerido: M. F. de S. L., brasileira, estado civil, profissão, portadora do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliada à Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, e-mail __________.

Por meio de seu advogado, conforme instrumento de mandato anexo, com endereço profissional à Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, e-mail __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE ALIENAÇÃO PARENTAL

com fundamento na Lei 12.318/2010, art. 2º, § único, e demais dispositivos legais aplicáveis, em face da Requerida, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente, pai dos menores __________ e __________, vinha mantendo contato regular e saudável com seus filhos, conforme estipulado em acordo homologado judicialmente. Contudo, após o novo casamento da Requerida, mãe das crianças, os menores passaram a recusar qualquer contato com o pai, comportamento que não existia anteriormente.

O Requerente constatou que os menores passaram a apresentar rejeição injustificada e comportamento hostil em relação a ele, o que não condiz com o histórico de convivência entre pai e filhos. Tal mudança de comportamento coincide com o início da convivência dos menores com o novo cônjuge da Requerida.

O Requerente acredita que a Requerida tem praticado atos de alienação parental, influenciando negativamente os menores contra ele, em flagrante violação aos direitos fundamentais das crianças e ao princípio do melhor interesse do menor.

DO DIREITO

A alienação parental é definida pela Lei 12.318/2010, art. 2º, como a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, avós ou por quem tenha a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.

O art. 3º da mesma lei estabelece que a prática de alienação parental fere o direito fundamental da criança ou do adolescente à convivência familiar saudável, prejudicando o afeto nas relações com o genitor alienado e constituindo abuso moral.

O princípio do melhor interesse do menor, consagrado no ECA, art. 4º, deve nortear todas as decisões judiciais que envolvam crianças e adolesc"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação de Alienação Parental proposta por P. A. da S. em face de M. F. de S. L., sob o fundamento de que a Requerida estaria praticando atos de alienação parental, interferindo na relação entre o Requerente e seus filhos menores. A pretensão está embasada na Lei 12.318/2010 e no princípio do melhor interesse do menor, consagrado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Fundamentação

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, é dever do magistrado fundamentar todas as suas decisões de forma clara e objetiva. Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados pelas partes.

Dos Fatos

Consta nos autos que o Requerente alega mudança de comportamento dos menores após o novo casamento da Requerida, o que estaria gerando uma rejeição injustificada e hostilidade contra ele. Atribui-se tal comportamento à influência negativa da Requerida, configurando alienação parental.

Do Direito

A Lei 12.318/2010, em seu art. 2º, define a alienação parental como interferência na formação psicológica da criança ou adolescente promovida ou induzida por um dos genitores para que repudie o outro. O art. 3º reforça que tal prática viola o direito fundamental à convivência familiar saudável, constituindo abuso moral.

O princípio do melhor interesse do menor, previsto no art. 227 da Constituição Federal e no art. 4º do ECA, deve nortear todas as decisões que envolvam crianças e adolescentes. Portanto, a prática de alienação parental deve ser apurada com rigor, a fim de proteger os direitos dos menores e assegurar o vínculo afetivo com ambos os genitores.

Das Provas

O art. 5º da Lei 12.318/2010 determina que, para apuração da prática de alienação parental, pode ser realizada perícia psicológica ou biopsicossocial. Nos autos, foi requerida a produção de provas técnicas, cujo objetivo é garantir o contraditório e a ampla defesa, em conformidade com o art. 5º, LV, da Constituição Federal.

Das Jurisprudências

Conforme jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), decisões em ações de alienação parental devem ser fundamentadas em estudos técnicos, conforme destacado na Apelação Cível Acórdão/TJSP, que anulou sentença proferida sem perícia psicológica ou biopsicossocial.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, julgo procedente o pedido formulado por P. A. da S., reconhecendo a prática de alienação parental pela Requerida M. F. de S. L.. Determino as seguintes medidas:

  1. A realização de perícia psicológica ou biopsicossocial para apuração detalhada da prática de alienação parental;
  2. A concessão de tutela provisória para garantir o direito de convivência do Requerente com os menores, com regulamentação de visitas provisórias;
  3. A aplicação das medidas cabíveis previstas na Lei 12.318/2010, art. 6º, caso confirmada a prática de alienação parental;
  4. A condenação da Requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% do valor da causa.

Expeça-se o necessário para o cumprimento desta decisão.

Conclusão

Assim, julgo procedente a ação, nos termos acima fundamentados. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Cidade, ___ de __________ de 20__.

__________________________________________

Excelentíssimo Magistrado


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