Modelo de Petição inicial de divórcio consensual entre A. J. dos S. e M. F. de S. L., com fundamento no art. 226, §6º da CF/88 e art. 731 do CPC/2015, sem litígios sobre filhos ou alimentos, com partilha ...

Publicado em: 22/04/2025 Processo Civil Familia
Petição inicial para homologação de divórcio consensual entre as partes A. J. dos S. e M. F. de S. L., fundamentada no art. 226, §6º da Constituição Federal e art. 731 do CPC/2015, com pedido de dispensa de alimentos e regulação de guarda, considerando filho maior e capaz, e requerendo a partilha de bens em momento oportuno, além da expedição de mandado para averbação no registro civil e gratuidade de justiça, se cabível.

PETIÇÃO INICIAL DE DIVÓRCIO CONSENSUAL

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara de Família da Comarca de ________ do Tribunal de Justiça do Estado.

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. J. dos S., brasileiro, aposentado, portador do RG nº ________, inscrito no CPF sob o nº ________, estado civil casado, profissão aposentado, endereço eletrônico: ________@email.com, residente e domiciliado à Rua ________, nº ____, Bairro ________, Cidade/UF, CEP ________, e M. F. de S. L., brasileira, do lar, portadora do RG nº ________, inscrita no CPF sob o nº ________, estado civil casada, profissão do lar, endereço eletrônico: ________@email.com, residente e domiciliada à Rua ________, nº ____, Bairro ________, Cidade/UF, CEP ________, ambos por intermédio de seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL nos termos do art. 226, §6º da CF/88, art. 731 e seguintes do CPC/2015, e demais dispositivos aplicáveis, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

Os requerentes contraíram matrimônio em __/__/____, conforme certidão de casamento em anexo, sob o regime de comunhão parcial de bens. Da união, adveio um filho, atualmente maior de idade, plenamente capaz e independente, não havendo necessidade de fixação de alimentos em seu favor.

Após anos de convivência, as partes decidiram, de comum acordo e de forma amigável, pela dissolução do vínculo conjugal, reconhecendo o término da sociedade e do afeto, sendo certo que não subsistem condições para a manutenção do casamento.

Ressaltam que ambos são plenamente capazes e estão de acordo com todos os termos do presente divórcio, não havendo litígio quanto à guarda, visitação ou alimentos, visto que o único filho é maior e capaz. Ademais, não há exigência de pensão alimentícia entre os cônjuges, considerando a independência financeira de ambos, sendo A. J. dos S. aposentado e M. F. de S. L. do lar, sem dependência econômica mútua.

Quanto aos bens adquiridos durante o casamento, as partes optam por realizar a partilha em momento oportuno, reservando-se o direito de discutir a divisão patrimonial em ação própria, caso necessário, nos termos do entendimento jurisprudencial e legal vigente.

Assim, buscam a decretação do divórcio consensual, com a posterior partilha dos bens, conforme a legislação aplicável.

4. DO DIREITO

O pedido de divórcio consensual encontra amparo no art. 226, §6º da CF/88, que, após a Emenda Constitucional 66/2010, conferiu ao divórcio natureza de direito potestativo, dispensando qualquer requisito temporal ou motivacional para a dissolução do vínculo conjugal. Assim, basta a manifestação de vontade de um ou ambos os cônjuges para que o divórcio seja decretado.

O CPC/2015, art. 731, prevê expressamente a possibilidade de divórcio consensual judicial, sendo desnecessária a demonstração de culpa ou qualquer outra condição, bastando a manifestação de vontade das partes.

Quanto à partilha de bens, a legislação e a jurisprudência admitem que esta seja realizada em momento posterior, não condicionando o decreto de divórcio à prévia divisão patrimonial, conforme entendimento consolidado nos tribunais pátrios, inclusive no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Ressalta-se que não há interesse de menor ou incapaz, visto que o único filho do casal é maior de idade, plenamente capaz, não havendo necessidade de fixação de alimentos ou de regulação de guarda e visitas (CCB/2002, art. 1.694 e art. 1.634).

No tocante à pensão alimentícia entre os cônjuges, ambos declaram expressamente que não há necessidade de fixação, em razão da independência financeira e ausência de dependência econômica mútua, em consonância com o princípio da autonomia da vontade e da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

Por fim, a presente petição inicial observa todos os requisitos do CPC/2015, art. 319, trazendo a qualificação das partes, exposição dos fatos, fundamentos jurídicos, pedidos, valor da causa, provas e opção pela audiência de conciliação/mediação.

Diante do exposto, resta plenamente demonstrado o direito dos requerentes à decretação do divórcio consensual, com a partilha de bens a ser realizada oportunamente.

5. JURISPRUDÊNCIAS

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO AJUIZADA PELO CÔNJUGE VARÃO. REVELIA DO CÔNJUGE VIRAGO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA QUE DECRETOU O DIVÓRCIO DO EX-CASAL E DECLAROU A INEXISTÊNCIA DE BENS A PARTILHAR. RECURSO DA REQUERIDA. DECRETAÇÃO DO DIVÓRCIO QUE, COM A REDAÇÃO DADA AO art. 226, §6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PELA EMENDA CONSTITUCIONAL 66 DE 2010, PASSOU A SER DIRETA E IMOTIVADA, POSTO QUE DIREITO POTESTATIVO DA PARTE REQUERENTE. DESNECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. DECLARAÇÃO DE QUE INEXISTEM BENS A PARTILHAR QUE NÃO TEM O CONDÃO DE CAUSAR PREJUÍZOS À RÉ REVEL. SE EXISTIREM BENS, PODERÁ A DEMANDADA AJUIZAR AÇÃO VISANDO A RESPECTIVA PARTILHA. PRESTÍGIO AO PRINCÍPIO PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF. RECURSO DESPROVIDO.
[TJRJ (Décima Nona Câmara de Direito Privado) - Apelação 0830065-20.2023.8."'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

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Relatório

Trata-se de Ação de Divórcio Consensual proposta por A. J. dos S. e M. F. de S. L., devidamente qualificados nos autos, que pleiteiam a decretação do divórcio, dispensando a fixação de alimentos entre os cônjuges, bem como a regulação de guarda, visitas e alimentos em favor do filho, maior e capaz. Requerem, ainda, que a partilha dos bens adquiridos na constância do casamento seja realizada em momento oportuno, caso necessário.

A petição inicial foi instruída com os documentos necessários, em especial a certidão de casamento e documentos pessoais. As partes manifestaram, de forma livre e consciente, a vontade de dissolver o vínculo conjugal.

Fundamentação

Preliminarmente, observo que a demanda preenche os requisitos do art. 319 do CPC/2015, estando presentes a exposição dos fatos, fundamentos jurídicos, pedidos e documentos necessários.

O pleito encontra amparo no art. 226, §6º, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 66/2010, que atribuiu ao divórcio natureza de direito potestativo, dispensando qualquer requisito temporal ou motivacional para a dissolução do vínculo conjugal. Assim, basta a manifestação de vontade de um ou ambos os cônjuges para a decretação do divórcio.

O art. 731 do CPC/2015 regula o procedimento do divórcio consensual por via judicial, não exigindo prova de culpa ou qualquer outra condição além da vontade das partes. Ademais, a jurisprudência consolidada do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, como se vê dos julgados colacionados, reconhece a possibilidade de partilha dos bens em momento posterior, não condicionando o decreto de divórcio à prévia divisão patrimonial (Apelação Acórdão/TJRJ; Apelação Acórdão/TJRJ).

Em relação à dispensa de alimentos, verifica-se a expressa manifestação de vontade dos cônjuges e a independência financeira de ambos, não havendo dependência econômica mútua, o que se coaduna com o princípio da autonomia da vontade e da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).

Não há interesse de incapaz, pois o único filho do casal é maior de idade e plenamente capaz. Assim, restam superadas questões relativas à guarda, visitas e alimentos.

Ressalto que a decisão encontra-se devidamente fundamentada, atendendo ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige das decisões judiciais a devida motivação.

Por todo o exposto, estando presentes os requisitos legais e constitucionais, e não havendo óbice legal, julgo procedente o pedido.

Dispositivo

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido para:

  • Decretar o divórcio consensual dos requerentes A. J. dos S. e M. F. de S. L., com fundamento no art. 226, §6º da CF/88 e art. 731 do CPC/2015;
  • Determinar que a partilha de bens seja realizada, se necessário, em momento oportuno, em procedimento próprio, nos termos da legislação vigente;
  • Dispensar a fixação de alimentos entre os cônjuges, por expressa manifestação de vontade e independência econômica;
  • Dispensar a regulação de guarda, visitas e alimentos em favor do filho, por ser maior e capaz;
  • Determinar a expedição de mandado para averbação do divórcio junto ao Cartório de Registro Civil competente;
  • Conceder os benefícios da gratuidade de justiça, caso preenchidos os requisitos legais (CPC/2015, art. 98);
  • Determinar a intimação do Ministério Público, caso necessário;
  • Homologo, por sentença, o pedido das partes.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Conclusão

Assim decido, em consonância com o entendimento jurisprudencial dominante e com os princípios constitucionais aplicáveis à matéria, em especial o direito à liberdade e à autonomia da vontade das partes, ressaltando a necessidade de motivação das decisões judiciais, nos termos do art. 93, IX, da CF/88.

Cidade/UF, ___ de ___________ de 2024.

_______________________________________
Magistrado(a)


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