Modelo de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c.c. Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais em Face de Instituição Financeira por Contrato Fraudulento de Empréstimo Consignado

Publicado em: 08/03/2024 CivelConsumidor
Modelo de petição inicial de Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais, proposta por um idoso aposentado contra instituição financeira, devido a descontos indevidos em benefício previdenciário decorrentes de contrato de empréstimo consignado fraudulento. A peça aborda fundamentos jurídicos com base no Código de Defesa do Consumidor, princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da proteção ao idoso, incluindo pedidos de restituição em dobro, indenização por danos morais e a declaração de inexistência do contrato. Inclui jurisprudências relevantes e requerimentos processuais detalhados.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________

PREÂMBULO

A. J. dos S., idoso, aposentado, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C.C. REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face do BANCO __________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor, idoso aposentado, foi surpreendido com descontos indevidos em seu benefício previdenciário, decorrentes de um contrato de empréstimo consignado que jamais contratou. Tal situação gerou grande abalo emocional e financeiro, comprometendo sua subsistência e dignidade.

Em consulta ao extrato do benefício junto ao INSS, constatou-se que os descontos são oriundos de um contrato fraudulento, realizado sem sua autorização ou ciência. O Autor, ao buscar esclarecimentos junto ao Réu, não obteve solução satisfatória, sendo compelido a suportar os prejuízos decorrentes da conduta ilícita da instituição financeira.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da proteção ao idoso (CF/88, art. 230). Ademais, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços por falhas na prestação de serviços (CDC, art. 14).

A fraude na contratação do empréstimo viola os direitos básicos do consumidor, como a proteção contra práticas abusivas (CDC, art. 6º, IV) e a garantia de informações claras e precisas (CDC, art. 6º, III). A ausência de comprovação da contratação impõe ao Réu o ônus de provar a autenticidade do contrato, conforme o CPC/2015, art. 429, II, e o CDC, art. 14, §3º.

A restituição em dobro dos valores descontados indevidamente encontra respaldo no CDC, art. 42, parágrafo único, salvo comprovação de engano justificável. Além disso, os danos morais são evidentes, considerando o sofrimento e a humilhação causados ao Autor, que teve sua subsistência comprometida.

...


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Relatório

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com repetição de indébito e indenização por danos morais ajuizada por A. J. dos S. em face do BANCO __________, alegando descontos indevidos em seu benefício previdenciário decorrentes de contrato de empréstimo consignado que o autor afirma não ter celebrado. O autor pleiteia a declaração de inexistência do contrato, a restituição em dobro dos valores descontados, além de indenização por danos morais.

O réu, devidamente citado, apresentou contestação na qual sustenta a regularidade do contrato, afirmando que foi devidamente celebrado e que não houve qualquer prática ilícita em sua operação.

Passo à análise do mérito.

Fundamentação

A presente decisão fundamenta-se no princípio da motivação das decisões judiciais, conforme disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988.

Inicialmente, cumpre destacar que o autor, como consumidor e idoso, encontra-se sob a proteção do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e dos preceitos constitucionais de proteção à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e ao idoso (CF/88, art. 230). A análise dos fatos evidencia que os descontos questionados decorrem de contrato cuja autenticidade foi impugnada pelo autor.

O art. 14 do CDC estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços, sendo desnecessária a comprovação de culpa para a configuração do dever de reparação por falhas na prestação do serviço. Conforme o art. 429, II, do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015), caberia ao réu demonstrar a autenticidade do contrato, ônus do qual não se desincumbiu.

Ademais, o art. 42, parágrafo único, do CDC, determina a restituição em dobro dos valores pagos indevidamente, salvo em caso de engano justificável, o que não restou comprovado nos autos. No tocante aos danos morais, entendo que estão presentes, uma vez que a conduta do réu comprometeu a subsistência do autor, causando-lhe sofrimento e humilhação.

Em reforço, cito a seguinte jurisprudência:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "Cabe à instituição financeira o ônus de provar a autenticidade da assinatura impugnada pelo consumidor em contrato bancário. A ausência de prova acarreta a presunção de veracidade das alegações do consumidor, ensejando a declaração de inexistência do contrato, restituição dos valores descontados e indenização por danos morais."

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, no Código de Defesa do Consumidor e no Código de Processo Civil de 2015, julgo procedente o pedido formulado por A. J. dos S. para:

  1. Declarar a inexistência do contrato de empréstimo consignado objeto da lide;
  2. Condenar o réu à restituição em dobro dos valores descontados indevidamente, com juros de mora e correção monetária desde a data do desconto;
  3. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais, que fixo em R$ 10.000,00 (dez mil reais), considerando a extensão do dano e o caráter punitivo e pedagógico da medida;
  4. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em 15% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e Data.

____________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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Publicado em: 14/02/2025 CivelConsumidor

A presente peça jurídica trata de uma Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais, proposta por beneficiário do INSS que sofreu descontos indevidos de R$ 35,00 em seu benefício previdenciário ao longo de 12 meses, totalizando R$ 420,00. O autor requer a declaração de inexistência do débito, a devolução em dobro do valor descontado (R$ 840,00), indenização por danos morais e a condenação do INSS ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. A peça fundamenta-se em princípios constitucionais, como o da legalidade (art. 37 da CF/88) e o direito de propriedade (art. 5º, XXII, CF/88), além de dispositivos do Código Civil e do Código de Defesa do Consumidor. Inclui jurisprudências relevantes que reforçam a tese do autor.

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Publicado em: 26/11/2023 CivelConsumidor

Petição inicial de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com repetição de indébito e indenização por danos morais, proposta por beneficiário do INSS contra instituição financeira. O caso envolve descontos indevidos em benefício previdenciário decorrentes de contrato de empréstimo consignado não reconhecido pelo autor. Fundamenta-se no Código de Defesa do Consumidor (CDC), com pedidos de tutela de urgência, declaração de nulidade do contrato, repetição em dobro dos valores cobrados indevidamente e indenização pelos danos morais sofridos.

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Publicado em: 24/02/2025 CivelConsumidor

Petição inicial proposta por contribuinte portador de moléstia grave, reconhecida pelo INSS com efeitos retroativos, buscando a anulação de débito fiscal referente à DIRPF 2019/2020, bem como a repetição de indébito tributário devido ao indeferimento administrativo de restituição pela Receita Federal. A ação fundamenta-se na isenção de imposto prevista na Lei nº 7.713/88, no direito à repetição de indébito do CTN e nos princípios constitucionais da legalidade, moralidade administrativa e segurança jurídica. Inclui pedidos de tutela de urgência, citação da União, declaração de nulidade do débito e condenação à devolução do valor pago indevidamente.

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