Modelo de Reclamação Trabalhista por Dispensa Discriminatória de Empregada Portadora de Doença Grave com Pedidos de Reintegração, Pagamento de Verbas Trabalhistas em Dobro e Indenização por Danos Morais

Publicado em: 16/01/2025 Advogado Trabalhista Processo do Trabalho
A presente Reclamação Trabalhista foi ajuizada por empregada dispensada sem justa causa durante período de experiência, enquanto portadora de Transtorno Depressivo Misto e crises de ansiedade. A Reclamante argumenta que a dispensa configura ato discriminatório nos termos da Súmula 443 do TST e da Lei 9.029/1995, dada sua condição de saúde fragilizada e o agravo causado pela demissão. Baseando-se na Constituição Federal de 1988 e na jurisprudência trabalhista, a ação requer a nulidade da dispensa, reintegração ao emprego, pagamento em dobro das verbas devidas, indenização por danos morais e a concessão de justiça gratuita. O documento apresenta embasamento doutrinário e cita jurisprudências relevantes do TST.1

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE [LOCALIDADE]

[Localidade], [Data]

PREÂMBULO

[Nome completo da Reclamante], brasileira, estado civil, profissão, portadora do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional à [endereço completo], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Em face de [Nome da Reclamada], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede à [endereço completo], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Reclamante foi admitida pela Reclamada em [data de admissão], para exercer a função de [função], sendo dispensada sem justa causa em [data da dispensa], antes do término do período de experiência. À época da dispensa, a Reclamante já apresentava quadro de saúde debilitado, diagnosticado como Transtorno Depressivo Misto com crises paroxísticas de ansiedade associado a sintomas neurovegetativos.

A dispensa abrupta agravou significativamente sua condição de saúde, gerando crises diárias e impossibilitando a Reclamante de buscar novo emprego. Em razão disso, foi necessário o afastamento para tratamento médico, com concessão de auxílio por incapacidade temporária previdenciária no período de 24/06/2024 a 20/12/2024.

A Reclamante realizou tratamento na UBS e com neurologista particular, sendo prescritos medicamentos de uso contínuo, como Inseris XR 300 mg e Rivotril 2 mg. Por recomendação médica, deveria permanecer afastada de suas atividades laborais. Diante desse contexto, presume-se discriminatória a conduta da Reclamada ao dispensar a Reclamante em estado de saúde fragilizado.

DO DIREITO

A dispensa da Reclamante configura-se como discriminatória, nos termos da Súmula 443 do TST, que presume discriminatória a despedida de empregado portador de doença grave que suscite estigma ou preconceito. A Reclamada tinha pleno conhecimento do estado de saúde da Reclamante, sendo evidente que a dispensa agravou sua condição.

A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 1º, III, 3º, IV e 7º, XXXI, veda qualquer forma de discriminação, assegurando a dignidade da pessoa humana e a valorização do trabalho. Além disso, a Lei 9.029/1995 proíbe práticas discriminatórias para efeitos admissionais ou de permanência no emprego.

A Reclamante faz jus à estabilidade provisória, conforme entendimento consolidado na jurisprudência, bem como à nulidade da dispensa, reintegração ao emprego e ressarcimento integral em dobro de todo o período de afastamento, além de indenização por danos morais, em virtude da violação de sua dignidade e saúde.

DO EMBASAMENTO"'>...


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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Em análise aos autos, observa-se que a Reclamante foi admitida pela Reclamada em [data de admissão], exercendo a função de [função], sendo dispensada sem justa causa em [data da dispensa]. À época, a Reclamante encontrava-se em estado de saúde fragilizado, diagnosticada com Transtorno Depressivo Misto e crises de ansiedade, conforme laudos médicos apresentados.

A dispensa abrupta, conforme os fatos narrados e os documentos juntados, agravou significativamente a condição de saúde da Reclamante, culminando no afastamento para tratamento médico, com concessão de auxílio por incapacidade temporária no período de 24/06/2024 a 20/12/2024. Diante desse contexto, presume-se, à luz da Súmula 443 do Tribunal Superior do Trabalho, que a dispensa foi discriminatória.

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 1º, inciso III, e artigo 3º, inciso IV, assegura a dignidade da pessoa humana e veda qualquer forma de discriminação. Além disso, o artigo 7º, inciso XXXI, reforça a proibição de práticas discriminatórias no âmbito trabalhista. A Lei nº 9.029/1995, por sua vez, proíbe expressamente atos discriminatórios para manutenção do vínculo empregatício.

Interpretação Hermenêutica

A interpretação hermenêutica dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados aponta para a nulidade da dispensa, uma vez que a Reclamante encontrava-se em condição de saúde que suscitava estigma e preconceito, conforme entendimento consolidado pela jurisprudência do TST.

Os princípios da dignidade da pessoa humana e da função social do contrato de trabalho, pilares do ordenamento jurídico brasileiro, foram violados pela conduta da Reclamada. A dispensa discriminatória não pode ser tolerada, sob pena de legitimar práticas que desrespeitam os direitos fundamentais dos trabalhadores.

Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho reforça o entendimento de que a dispensa de empregado portador de doença grave é presumidamente discriminatória e ilícita. Destacam-se os seguintes precedentes:

  • TST (2ª Turma) - RR 12123-81.2015.5.15.0092: Reconheceu a nulidade da dispensa discriminatória de empregada portadora de depressão grave, determinando sua reintegração e o pagamento de indenização por danos morais, além das remunerações devidas.
  • TST (8ª Turma) - RRAg-Ag 633-59.2017.5.07.0013: Reafirmou que a dispensa de empregado portador de transtornos psicológicos caracteriza conduta discriminatória, sendo devida a indenização por danos morais.

Conclusão do Voto

Diante do exposto, com base nos fatos, nos fundamentos constitucionais e legais, bem como na jurisprudência aplicável, voto pelo conhecimento do pedido e pela sua procedência, determinando:

  1. O reconhecimento da nulidade da dispensa da Reclamante, com sua imediata reintegração ao quadro de funcionários da Reclamada;
  2. O pagamento em dobro de todas as verbas salariais e trabalhistas devidas no período de afastamento;
  3. A condenação da Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado pelo juízo;
  4. A concessão dos benefícios da justiça gratuita à Reclamante, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal.

Este é o meu voto, fundamentado nos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social do trabalho e na vedação de práticas discriminatórias, conforme preceitua o artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988.

[Localidade], [Data]

Magistrado(a): [Nome do Magistrado]


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