Modelo de Reclamação Trabalhista por Dispensa Discriminatória com Pedido de Reintegração e Indenização por Danos Morais

Publicado em: 10/04/2024
Petição inicial de Reclamação Trabalhista movida por agente de trânsito contra empregador, alegando dispensa discriminatória em violação aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da igualdade. Fundamenta-se na Lei 9.029/1995 e na Súmula 443 do TST, requerendo a nulidade da dispensa, reintegração ao emprego, pagamento de salários vencidos, indenização por danos morais e demais verbas rescisórias. Inclui jurisprudências relevantes e pedidos de justiça gratuita e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]

[NOME DO RECLAMANTE], já qualificado, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de [NOME DO RECLAMADO], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [NÚMERO], com sede na [ENDEREÇO COMPLETO], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

O Reclamante, agente de trânsito, foi dispensado de forma discriminatória pela Reclamada, em violação aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da igualdade (CF/88, art. 5º, caput). A dispensa ocorreu em contexto de retaliação por ações judiciais anteriores e/ou por motivos discriminatórios, configurando abuso do poder potestativo do empregador.

DOS FATOS

O Reclamante foi admitido pela Reclamada em [DATA], exercendo a função de agente de trânsito. Durante o contrato de trabalho, sempre desempenhou suas funções com zelo e dedicação, sem qualquer registro de faltas ou advertências.

Em [DATA DA DISPENSA], o Reclamante foi surpreendido com sua dispensa sem justa causa. Contudo, a análise dos fatos demonstra que a dispensa foi motivada por razões discriminatórias, em violação à Lei 9.029/1995, art. 1º, que proíbe práticas discriminatórias nas relações de trabalho.

Ademais, o Reclamante foi dispensado em um momento de fragilidade, em razão de [DESCREVER A SITUAÇÃO ESPECÍFICA, COMO DOENÇA, PARTICIPAÇÃO EM AÇÕES JUDICIAIS CONTRA O EMPREGADOR, ETC.], o que evidencia o caráter discriminatório da dispensa.

DO DIREITO

A dispensa do Reclamante configura prática discriminatória, vedada pela Lei 9.029/1995, art. 1º, que estabelece a nulidade de atos discriminatórios nas relações de trabalho. O ato de dispensa, quando motivado por discriminação, viola os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e da igualdade (CF/88, art. 5º, caput).

Além disso, a Súmula 443 do TST presume discriminatória a dispensa de empregado acometido por doença grave ou em situações de vulnerabilidade, como no caso em tela. A jurisprudência consolidada do TST reforça o direito à reintegração no emprego ou à indenização correspondente, conforme previsto na Lei 9.029/1995, art. 4º.

O Reclamante também faz jus à indenização por danos morais, uma vez que a dispensa discriminatória caus"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Reclamação Trabalhista ajuizada por [NOME DO RECLAMANTE] contra [NOME DO RECLAMADO], envolvendo pleito de nulidade de dispensa por alegação de caráter discriminatório, com fulcro na Lei 9.029/1995 e na Constituição Federal de 1988 (CF/88), art. 1º, III, e art. 5º.

O Reclamante argui que foi dispensado sem justa causa em razão de retaliação por ações judiciais anteriores e/ou por motivos discriminatórios, em momento de fragilidade pessoal, violando princípios constitucionais e legislação trabalhista. Pleiteia, além da reintegração ao emprego, indenização por danos morais, pagamento de verbas rescisórias e salários vencidos.

A Reclamada, em sua defesa, nega a prática de discriminação, argumentando que a dispensa ocorreu no exercício regular de seu poder diretivo e que não há provas cabais de ato discriminatório.

II. Fundamentação

Dos Fatos e do Direito

A análise dos autos revela que o Reclamante foi dispensado sem justa causa em [DATA DA DISPENSA], após anos de trabalho como agente de trânsito, sendo o ato de dispensa alegadamente motivado por razões discriminatórias.

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 1º, III, consagra a dignidade da pessoa humana como fundamento da República, enquanto o art. 5º, caput, assegura a igualdade de todos perante a lei. Ademais, a Lei 9.029/1995, art. 1º, veda expressamente práticas discriminatórias para efeitos de admissão ou manutenção do vínculo empregatício.

No caso em tela, a Súmula 443 do TST presume discriminatória a dispensa de empregado em situação de vulnerabilidade, como doenças graves ou outras condições que impliquem fragilidade. A prova documental e testemunhal dos autos demonstra que o Reclamante se encontrava em situação de fragilidade, reforçando a presunção de discriminação.

Da Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência do TST, como nos casos RR 11343-79.2017.5.03.0004 e RRAg 501-29.2019.5.09.0028, reconhece a reintegração ou indenização em casos de dispensa discriminatória. Ademais, a ausência de prova robusta por parte da Reclamada para afastar a presunção de discriminação reforça o direito do Reclamante à reparação.

Da Nulidade da Dispensa e Indenização por Danos Morais

A dispensa do Reclamante, sendo configurada como discriminatória, é nula de pleno direito, nos termos do art. 1º da Lei 9.029/1995. Além disso, o dano moral é evidente, considerando que a dispensa discriminatória viola a dignidade do trabalhador, causando-lhe sofrimento e lesão à sua honra e imagem.

III. Dispositivo

Diante do exposto, e com base no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, voto por:

  • Julgar procedente o pedido do Reclamante para declarar a nulidade de sua dispensa, determinando sua imediata reintegração ao emprego, nas mesmas condições anteriores, com o pagamento de salários vencidos e vincendos desde a data da dispensa até a efetiva reintegração;
  • Condenar a Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais, fixada no valor de R$ [VALOR SUGERIDO], com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade;
  • Condenar a Reclamada ao pagamento das verbas rescisórias devidas, caso não seja possível a reintegração;
  • Conceder ao Reclamante os benefícios da justiça gratuita, nos termos do CPC/2015, art. 319, VII;
  • Condenar a Reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, conforme previsto na CLT, art. 791-A.

É como voto.

IV. Conclusão

Ante o exposto, resta configurada a prática discriminatória e a violação aos princípios constitucionais e legais que regem as relações de trabalho. Determina-se a reintegração do Reclamante ou, alternativamente, o pagamento de indenizações correspondentes, com fundamento na Lei 9.029/1995, na CF/88 e na jurisprudência consolidada do TST.

Sala de Sessões, [DATA].

_______________________________________
[NOME DO MAGISTRADO(A)]
Juiz(a) do Trabalho


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