Modelo de Reclamação Trabalhista por Nulidade de Banco de Horas e Pedido de Pagamento de Horas Extras com Reflexos em Verbas Trabalhistas

Publicado em: 03/02/2025 Trabalhista Processo do Trabalho
Petição inicial de Reclamação Trabalhista proposta por empregado contra empregador, fundamentada na irregularidade do regime de banco de horas implementado sem observância dos requisitos legais, como a ausência de acordo ou convenção coletiva. O documento aborda a nulidade do banco de horas com base nos artigos 7º, XIII e XVI da CF/88 e art. 59, §2º da CLT, pleiteando o pagamento das horas extras realizadas, acrescidas do adicional de 50%, além dos reflexos em férias, 13º salário, FGTS e demais verbas correlatas. A petição também apresenta embasamento doutrinário e jurisprudencial, além de pedidos de custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]

Reclamante: [Nome do Reclamante, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico e endereço residencial]

Reclamada: [Nome da Reclamada, qualificação completa, CNPJ, endereço eletrônico e endereço empresarial]

PREÂMBULO

O Reclamante, [Nome do Reclamante], já devidamente qualificado, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional indicado no rodapé desta petição, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 7º, XIII e XVI da CF/88, CLT, art. 59, §2º, e demais dispositivos aplicáveis, propor a presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Em face de [Nome da Reclamada], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Reclamante foi admitido pela Reclamada em [data de admissão], para exercer a função de [função], com remuneração mensal de R$ [valor]. Durante o contrato de trabalho, o Reclamante foi submetido a um regime de banco de horas, o qual se revelou irregular, em flagrante afronta às normas trabalhistas.

A Reclamada não observou os requisitos legais para a implementação do banco de horas, como a necessidade de acordo ou convenção coletiva, conforme exigido pelo CLT, art. 59, §2º. Além disso, o Reclamante frequentemente laborava em jornadas superiores a 8 horas diárias e 44 horas semanais, sem que houvesse a devida compensação ou pagamento das horas extras realizadas.

Tal prática resultou em prejuízo ao Reclamante, que não recebeu a contraprestação devida pelas horas laboradas além da jornada contratual, tampouco os reflexos legais em outras verbas trabalhistas.

DO DIREITO

Nos termos do CLT, art. 59, §2º, a adoção do regime de banco de horas depende de previsão em acordo ou convenção coletiva, o que não foi observado pela Reclamada. A ausência de tal requisito torna o banco de horas nulo, ensejando o pagamento das horas extras realizadas, acrescidas do adicional legal de 50%, conforme CF/88, art. 7º, XVI.

Ademais, a jurisprudência consolidada do TST estabelece que a irregularidade na implementação do banco de horas, seja por ausência de acordo coletivo ou por descumprimento das condições pactuadas, resulta na descaracterização do regime compensatório, obrigando o empregador ao pagamento das horas extras.

O princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, previsto na CF/88, art. 7º, é aplicável ao presente caso, uma vez que o Reclamante não pode ser prejudicado pela conduta irregular da Reclamada. Assim, faz jus ao pagamento das horas extras realizadas, be"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Em análise aos autos da Reclamação Trabalhista promovida pelo Reclamante [Nome do Reclamante] em face da Reclamada [Nome da Reclamada], passo ao julgamento da presente controvérsia.

Relatório

Trata-se de Reclamação Trabalhista em que o Reclamante pleiteia a declaração de nulidade do regime de banco de horas adotado pela Reclamada, bem como o pagamento das horas extras realizadas e seus reflexos, entre outros pedidos. Relata o Reclamante que o banco de horas foi implementado de forma irregular, sem a observância dos requisitos legais estabelecidos no art. 59, §2º, da CLT, e que laborava em jornadas superiores a 8 horas diárias e 44 horas semanais sem a devida compensação ou pagamento das horas extras.

A Reclamada, em contestação, alegou a validade do regime de banco de horas adotado, argumentando que este teria sido implementado de forma regular e em conformidade com a legislação trabalhista.

Fundamentação

Da Nulidade do Banco de Horas

Nos termos do art. 59, §2º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a adoção do regime de banco de horas depende de previsão em acordo ou convenção coletiva. O exame dos autos revela que a Reclamada não apresentou qualquer documento que comprove a existência de acordo coletivo ou convenção coletiva que autorizasse a implementação do banco de horas.

Assim, a ausência de observância do requisito legal torna nulo o banco de horas adotado pela Reclamada, nos termos da jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que estabelece que a irregularidade na implementação deste regime compensatório enseja a descaracterização do mesmo e o consequente pagamento das horas extras realizadas.

Do Direito às Horas Extras

O art. 7º, XVI, da Constituição Federal de 1988 assegura ao trabalhador o pagamento de horas extras em caso de trabalho realizado além da jornada normal, acrescidas de, no mínimo, 50% sobre a hora normal. Diante da nulidade do banco de horas constatada nos autos, é devido ao Reclamante o pagamento das horas extras realizadas, com o respectivo adicional legal, bem como seus reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13º salário, FGTS e demais verbas trabalhistas.

Da Jurisprudência Aplicável

As decisões do Tribunal Superior do Trabalho reforçam o entendimento de que a ausência de acordo ou convenção coletiva torna o banco de horas inválido, como se observa nos seguintes julgados:

  • TST (3ª Turma) - Ag-RRAg 797-62.2020.5.09.0013: \"Horas extras. Invalidade do banco de horas. Irregularidade material constatada e sistema de compensação semanal. Labor no dia destinado à compensação. [...] A decisão agravada foi proferida em estrita observância às normas processuais\".
  • TST (3ª Turma) - Ag-RRAg 1254-82.2018.5.09.0654: \"Horas extras. Banco de horas. [...] A ausência de acordo coletivo ou convenção coletiva torna o regime inválido, ensejando o pagamento das horas extras realizadas\".
  • TST (4ª Turma) - RR 1551-12.2014.5.12.0019: \"Regime de compensação de jornada - Banco de horas - Instrumento coletivo - Possibilidade. [...] A ausência de cumprimento das condições pactuadas descaracteriza o regime compensatório\".

Do Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas

O princípio da irrenunciabilidade, consagrado no art. 7º da Constituição Federal, impede que o trabalhador seja prejudicado por condutas irregulares do empregador. Portanto, o Reclamante não pode ser penalizado pela ausência de cumprimento das exigências legais por parte da Reclamada.

Conclusão e Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, julgo procedente o pedido do Reclamante para:

  1. Declarar a nulidade do banco de horas adotado pela Reclamada;
  2. Condenar a Reclamada ao pagamento das horas extras realizadas, acrescidas do adicional de 50%, nos termos do art. 7º, XVI, da Constituição Federal;
  3. Determinar o pagamento dos reflexos das horas extras em férias acrescidas de 1/3, 13º salário, FGTS e demais verbas trabalhistas;
  4. Condenar a Reclamada ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, conforme art. 85 do Código de Processo Civil;
  5. Condenar a Reclamada ao pagamento das custas processuais e demais encargos de sucumbência.

P.R.I.

[Local], [Data].

Juiz(a) do Trabalho: _________________________


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