Modelo de Recurso de Apelação contra Sentença que Impôs Restrições à Liberdade de Acusada em Ação Penal por Suposta Difamação

Publicado em: 21/03/2025 Constitucional Advogado Direito Penal Processo Penal
Recurso de apelação interposto por M. F. de S. L. contra sentença que a proibiu de sair do país por dois anos, alegando violação aos princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e devido processo legal. A sentença se baseou em provas insuficientes e depoimentos frágeis, sendo considerado desproporcional aplicar medidas restritivas à liberdade da recorrente. O documento detalha os fatos, fundamentos jurídicos e jurisprudências relevantes, requerendo a nulidade ou reforma da sentença e a revogação das medidas cautelares impostas.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________

Processo nº __________

RECORRENTE: M. F. de S. L.

RECORRIDO: Ministério Público

PREÂMBULO

M. F. de S. L., brasileira, solteira, residente e domiciliada na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, inscrita no CPF sob o nº __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com fundamento no CPC/2015, art. 1.009, interpor o presente

RECURSO DE APELAÇÃO

contra a sentença proferida nos autos do processo em epígrafe, que declarou a impossibilidade da Recorrente de sair do país por dois anos, sob o fundamento de indícios de culpa, bem como impôs restrições incompatíveis com os fatos e provas constantes nos autos. A decisão foi proferida de forma coercitiva, violando os princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e devido processo legal.

Requer-se o recebimento do presente recurso, com a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça para reforma da sentença, pelos fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Recorrente, no dia 24 de outubro de 2023, por volta das 22h, encontrava-se em sua residência acometida de pneumonia. Na ocasião, começou a sentir forte odor de fumaça e maconha, proveniente da residência vizinha, onde se encontravam o Recorrido, sua namorada e três amigos. A fumaça invadia o quarto da Recorrente, tornando o ambiente insuportável para respirar.

Diante disso, a Recorrente solicitou, pelo muro, que cessassem a emissão de fumaça, explicando que estava passando mal. Contudo, o pedido foi ignorado. Por volta das 00h30, a Recorrente acionou a Polícia Militar, que compareceu ao local às 01h. O Recorrido admitiu o uso de narguilé e maconha, mas, como os policiais não tinham autorização para adentrar a residência, apenas emitiram um alerta e registraram ocorrência.

Posteriormente, o Recorrido ajuizou ação penal contra a Recorrente, alegando que esta o teria difamado ao chamá-lo de "maconheiro" no condomínio. A acusação baseou-se em uma foto tirada por uma das pessoas presentes, que mostrava os policiais na garagem da Recorrente, sugerindo que ela teria chamado a polícia para difamá-lo.

Durante a audiência, o juiz foi ríspido com a Recorrente, ignorando suas alegações e priorizando o depoimento de uma testemunha apresentada pelo Recorrido, cuja identidade era desconhecida no condomínio. O Ministério Público propôs a suspensão condicional do processo, mas a Recorrente recusou, pois não havia cometido o ato imputado.

A sentença proferida, contudo, impôs restrições à Recorrente, incluindo a proibição de sair do país por dois anos, sob o fundamento de indícios de culpa, desconsiderando provas e testemunhos que poderiam demonstrar sua inocência.

DO DIREITO

A sentença proferida viola os princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, previstos na CF/88, art. 5º, i"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Processo nº __________

Recorrente: M. F. de S. L.

Recorrido: Ministério Público

Análise e Fundamentação

O caso em análise trata de recurso de apelação interposto por M. F. de S. L., insurgindo-se contra a sentença proferida que impôs a ela a proibição de sair do país por dois anos, sob o fundamento de indícios de culpa, bem como medidas restritivas incompatíveis com os fatos e provas dos autos. A recorrente sustenta que a decisão violou os princípios constitucionais do contraditório, ampla defesa e devido processo legal.

Dos Fatos e Contexto

A recorrente relata que, em 24 de outubro de 2023, ao solicitar cessação do uso de substâncias ilícitas por parte do recorrido, o episódio culminou em uma acusação de difamação contra ela, baseada em depoimentos frágeis e provas insuficientes. A sentença impôs restrições desproporcionais à liberdade da recorrente, além de não ter observado o princípio do contraditório durante a condução do processo.

Fundamentação Jurídica

A CF/88, art. 5º, incisos LIV e LV, assegura a todos o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. Verifica-se que a sentença desconsiderou princípios basilares do ordenamento jurídico e foi fundamentada em elementos insuficientes e frágeis.

O CPP, art. 155 estabelece que a convicção do magistrado deve ser formada pela livre apreciação da prova, desde que esta seja inequívoca e suficiente. No caso em tela, o conjunto probatório não apresenta robustez suficiente para sustentar a imposição das medidas restritivas.

Ademais, a imposição de medidas cautelares, como a proibição de saída do país, deve observar os princípios da proporcionalidade e motivação, conforme o CPP, art. 319. A ausência de justificativas concretas para a medida revela arbitrariedade.

Por fim, a condução da audiência foi marcada por atitudes que comprometeram a imparcialidade do julgamento, configurando nulidade processual conforme o CPP, art. 564, inciso IV.

Jurisprudência Aplicável

Em casos similares, os Tribunais têm reforçado a necessidade de provas robustas e inequívocas para sustentar decisões restritivas. Exemplos incluem:

  • TJSP (16ª Câmara de Direito Criminal) - Apelação Criminal Acórdão/TJSP: Ausência de provas técnicas e inequívocas suficientes para decisão condenatória.
  • TJRJ (QUINTA CÂMARA CRIMINAL) - APELAÇÃO Acórdão/TJRJ: Ausência de justa causa para exercício da ação penal.
  • TJRJ (TERCEIRA CÂMARA CRIMINAL) - APELAÇÃO Acórdão/TJRJ: Conjunto probatório insuficiente para sustentar condenação.

Decisão

Diante dos fatos narrados e da análise jurídica realizada, com fundamento na CF/88, art. 93, inciso IX, que exige a devida fundamentação das decisões judiciais, e considerando o princípio do in dubio pro reo, voto pela procedência do pedido, declarando a nulidade da sentença proferida.

Determino:

  1. A anulação da sentença proferida contra a recorrente;
  2. A absolvição da recorrente, por ausência de provas suficientes para condenação;
  3. Subsidiariamente, a anulação do processo desde a audiência, com a designação de nova audiência em que se assegurem o contraditório e a ampla defesa;
  4. O provimento do recurso, com revogação das medidas restritivas impostas à recorrente.

Conclusão

Por todo o exposto, conheço o recurso interposto e voto por sua procedência, determinando as providências cabíveis para corrigir as violações processuais e garantir a observância dos princípios constitucionais.

É como voto.

__________, ___ de __________ de 2023.
Magistrado: ___________________________


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