Modelo de Recurso de Apelação contra Sentença que Julgou Improcedente Pedido de Indenização por Saques Indevidos em Conta Bancária

Publicado em: 03/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Recurso de apelação interposto por Milton, consumidor, contra decisão de primeira instância que julgou improcedente a ação contra Banco S.A., em razão de saques fraudulentos no valor de R$ 51.100,58 realizados em sua conta bancária. O documento fundamenta a responsabilidade objetiva do banco nos termos do Código de Defesa do Consumidor, destacando a falha na prestação do serviço e a ausência de provas que atribuam culpa ao apelante. Requer-se a reforma da sentença, restituição em dobro dos valores, indenização por danos morais e nulidade das operações indevidas.

RECURSO DE APELAÇÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.

MILTON, brasileiro, estado civil __________, profissão __________, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, nos autos da ação de conhecimento que move em face de BANCO S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com fundamento no CPC/2015, art. 1.009, interpor o presente

RECURSO DE APELAÇÃO

em face da r. sentença de ID __________, que julgou improcedentes os pedidos formulados na inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS

O Apelante ajuizou a presente ação em face do Apelado, narrando que, nos dias 03 e 05 de maio de 2023, foram realizados saques indevidos em sua conta bancária, totalizando R$ 51.100,58. Apesar de ter comunicado o fato ao banco, este não tomou providências para a restituição dos valores, tampouco ofereceu qualquer suporte ao consumidor.

O Apelado, em contestação, alegou que os saques foram realizados de forma presencial, mediante utilização de cartão e senha pessoais, e que não houve qualquer falha na prestação de seus serviços. Contudo, o Apelante negou ter realizado tais operações e afirmou que foi vítima de fraude.

A sentença de primeiro grau julgou improcedentes os pedidos do Apelante, sob o fundamento de que não ficou comprovada a ocorrência de fraude, considerando que o saque foi realizado presencialmente e com o uso de cartão e senha.

DO DIREITO

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), uma vez que o Apelante é consumidor e o Apelado é fornecedor de serviços bancários. Nos termos do CDC, art. 14, o fornecedor de serviços responde, independentemente de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.

No caso em tela, o Apelado falhou em seu dever de segurança, permitindo que terceiros realizassem saques indevidos na conta do Apelante. Tal conduta caracteriza falha na prestação do serviço, ensejando a responsabilidade objetiva do banco pelos danos materiais e morais sofridos pelo consumidor.

Além disso, o Apelado não apresentou provas suficientes para demonstrar que o Apelante teria rea"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimos Senhores Desembargadores,

1. Relatório

Trata-se de recurso de apelação interposto por MILTON em face de BANCO S.A., insurgindo-se contra sentença de primeiro grau que julgou improcedentes os pedidos formulados na inicial. O Apelante sustenta que houve saques indevidos em sua conta bancária, totalizando R$ 51.100,58, e que o Apelado não tomou as providências necessárias para a restituição dos valores, tampouco ofereceu suporte ao consumidor. A sentença de origem entendeu que não ficou comprovada a ocorrência de fraude.

2. Fundamentação

2.1. Dos Fatos e do Direito

A relação jurídica entre as partes é disciplinada pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), uma vez que o Apelante, na condição de consumidor, contratou serviços bancários do Apelado, caracterizado como fornecedor. Nos termos do art. 14 do CDC, o fornecedor de serviços responde, independentemente de culpa, pela reparação de danos causados ao consumidor em decorrência de defeitos na prestação de serviços.

No caso em análise, os autos demonstram que o Apelado não garantiu a segurança necessária à conta bancária do consumidor, permitindo a realização de saques indevidos. A alegação de que os saques foram realizados presencialmente, com uso de cartão e senha, não exime o Apelado de responsabilidade, visto que não se comprovou culpa exclusiva do Apelante, conforme preceitua o art. 6º, VIII, do CDC, que dispõe sobre a inversão do ônus da prova em favor do consumidor.

2.2. Jurisprudência

A jurisprudência é pacífica no sentido de que as instituições financeiras têm o dever de garantir a segurança das operações bancárias. A título de exemplo, cito o seguinte julgado:

\"Reconhece-se a existência de falha na prestação do serviço pela instituição financeira ré, consistente no descumprimento do dever de resguardar a segurança da conta bancária e do cartão bancário da parte autora contra a ação de fraudadores.\" (TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Rebello Pinho, J. em 17/09/2024)

2.3. Da Constituição Federal

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. A presente decisão se embasa na legislação consumerista, na análise dos fatos e na jurisprudência consolidada, que atribuem responsabilidade objetiva às instituições financeiras em casos de fraudes decorrentes de falhas na prestação de serviços.

3. Conclusão

Diante do exposto, dou provimento ao recurso de apelação interposto por MILTON, para reformar a sentença de primeiro grau e julgar procedentes os pedidos constantes na inicial, determinando que o Apelado:

  • Restitua ao Apelante o valor de R$ 51.100,58, em dobro, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC;
  • Pague indenização por danos morais, em valor de R$ 10.000,00, considerando os prejuízos causados ao consumidor;
  • Arque com as custas processuais e honorários advocatícios fixados em 15% sobre o valor da condenação.

4. Dispositivo

Por tais fundamentos, voto no sentido de conhecer do recurso e dar-lhe provimento, para reformar a r. sentença de origem, nos termos acima delineados.

Sala de Sessões, ___ de __________ de 2023.

________________________________
Desembargador Relator


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