Modelo de Recurso Ordinário Trabalhista para Reforma de Sentença e Reconhecimento de Indenização por Danos Morais

Publicado em: 04/04/2025 Trabalhista Processo do Trabalho
Recurso Ordinário interposto pela Reclamante, M. F. de S. L., contra decisão de 1º grau que indeferiu o pedido de indenização por danos morais em ação trabalhista. O recurso destaca a ausência de registro em CTPS, o inadimplemento de verbas trabalhistas e a apresentação de ata notarial manipulada pela Reclamada, Empresa XYZ Ltda. Fundamentado na Constituição Federal, na CLT e no Código Civil, o recurso requer a reforma da sentença para arbitramento de indenização compatível com a gravidade da ofensa e os princípios constitucionais violados. Jurisprudências do TST são apresentadas em apoio ao pedido.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ª REGIÃO

RECURSO ORDINÁRIO

Reclamante: M. F. de S. L., brasileira, solteira, auxiliar administrativa, portadora do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua X, nº Y, Bairro Z, Cidade/UF, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected].

Reclamada: Empresa XYZ Ltda., inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/0001-XX, com sede na Rua A, nº B, Bairro C, Cidade/UF, CEP XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected].

Processo nº: XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX

Por seu advogado infra-assinado, conforme instrumento de mandato anexo, vem, respeitosamente, interpor o presente:

RECURSO ORDINÁRIO

com fulcro no CPC/2015, art. 1.009 c/c CLT, art. 895, I, requerendo o seu regular processamento e posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ___ª Região, para que seja reformada a r. sentença no tocante ao indeferimento do pedido de indenização por danos morais.

Termos em que,

Pede deferimento.

Cidade/UF, ___ de ___________ de 2024.

Advogado: Nome do Advogado – OAB/UF XXXXX


RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

PREÂMBULO

Recorrente: M. F. de S. L.

Recorrido: Empresa XYZ Ltda.

Origem: Vara do Trabalho de [Cidade/UF]

DOS FATOS

A Reclamante laborou para a Reclamada por mais de dois anos sem que seu contrato de trabalho fosse formalizado, ou seja, sem anotação na CTPS, sem pagamento regular de salários, sem recolhimento de FGTS e INSS, tampouco fornecimento de holerites ou comprovantes de pagamento. Após o ajuizamento da presente ação, o Juízo de primeiro grau reconheceu o vínculo empregatício e deferiu todos os pedidos correlatos, como anotação da CTPS, pagamento de verbas rescisórias, saldo de salários, férias, 13º salário e FGTS.

Contudo, de forma contraditória e injustificada, o mesmo Juízo indeferiu o pedido de indenização por danos morais, sob o argumento de ausência de provas do abalo moral. Tal decisão merece reforma, pois a própria omissão da Reclamada quanto às mais básicas obrigações trabalhistas configura, por si só, violação à dignidade da pessoa humana e enseja reparação moral.

Ademais, a Reclamada apresentou ata notarial contendo supostas conversas entre as partes, porém, conforme se verifica do próprio teor da ata, houve evidente manipulação do conteúdo, com supressão de mensagens e áudios, o que compromete sua veracidade e demonstra má-fé processual.

DO DIREITO

A CF/88, art. 5º, V, o direito à indenização por dano moral decorrente de violação à intimidade, vida privada, honra e imagem. No âmbito trabalhista, a jurisprudência tem reconhecido que a ausência de registro em CTPS, o não pagamento de salários e demais verbas legais, por si só, configuram afronta à dignidade do trabalhador, ensejando reparação por danos morais.

ACLT, art. 29, impõe ao empregador a obrigação de anotar a CTPS do empregado no prazo de 5 dias úteis. O descumprimento dessa obrigação, aliado ao inadimplemento de salários e verbas legais, configura ato ilícito nos termos do CCB/2002, art. 186, gerando o dever de indenizar conforme o CCB/2002, art. 927.

O princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o valor social do trabalho (CF/88, art. 1º, IV) são pilares da ordem constitucional brasileira e devem ser observados nas relações laborais. "'>...

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Informações complementares

Abaixo está a simulação de um voto do magistrado em formato HTML, com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

VOTO DO MAGISTRADO

Processo nº: XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX

Recorrente: M. F. de S. L.

Recorrido: Empresa XYZ Ltda.

Relatório

Trata-se de Recurso Ordinário interposto pela Reclamante, M. F. de S. L., contra sentença proferida pelo Juízo da Vara do Trabalho de [Cidade/UF], que reconheceu o vínculo empregatício, deferiu os pedidos correlatos, mas indeferiu o pleito de indenização por danos morais, sob o argumento de ausência de provas do abalo moral alegado.

O recurso foi regularmente processado e encontra-se em condições de julgamento.

Fundamentação

1. Do Conhecimento

O recurso foi interposto dentro do prazo legal, com as peças obrigatórias devidamente juntadas. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso ordinário.

2. Dos Fatos e do Direito

Conforme consta dos autos, a Reclamante laborou para a Reclamada por mais de dois anos sem registro em CTPS, sem pagamento regular de salários, recolhimento de FGTS ou INSS, tampouco fornecimento de holerites ou comprovantes de pagamento.

É incontroverso que tal conduta da Reclamada afronta direitos fundamentais do trabalhador, em especial os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e do valor social do trabalho (CF/88, art. 1º, IV), configurando, por si só, violação ao patrimônio moral da Reclamante.

A CF/88, art. 5º, V e X, assegura o direito à indenização por danos morais, e a ausência de anotação na CTPS, o inadimplemento de salários e demais verbas legais, somados à má-fé processual evidenciada pela manipulação de ata notarial apresentada pela Reclamada, são elementos suficientes para configurar o abalo moral sofrido.

A CLT, art. 29 impõe ao empregador a obrigação de anotar a CTPS do empregado no prazo de 5 dias úteis. Seu descumprimento, aliado ao inadimplemento de obrigações trabalhistas, caracteriza ato ilícito nos termos do CCB/2005, art. 186, gerando o dever de indenizar conforme o CCB/2002, art. 927.

3. Da Quantificação da Indenização

Considerando o caráter pedagógico e reparatório da indenização por danos morais, bem como os parâmetros da jurisprudência consolidada e as condições socioeconômicas das partes, fixo o valor da indenização em R$ 10.000,00 (dez mil reais), valor proporcional à gravidade da conduta da Reclamada e ao abalo causado à Reclamante.

4. Da Má-Fé Processual

Quanto à ata notarial apresentada pela Reclamada, verifica-se que houve evidente manipulação do conteúdo, com supressão de mensagens e áudios, comprometendo sua veracidade. Tal conduta caracteriza má-fé processual nos termos do CPC/2015, art. 80, III, devendo ser reprimida com a aplicação de multa correspondente a 2% do valor atualizado da causa.

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, voto pelo conhecimento e provimento parcial do recurso ordinário interposto pela Reclamante, para:

  1. Condenar a Reclamada ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com correção monetária e juros legais a partir do arbitramento;
  2. Aplicar multa por má-fé processual à Reclamada, correspondente a 2% do valor atualizado da causa;
  3. Manter os demais termos da sentença de primeiro grau.

É como voto.

Conclusão

Por fim, ressalto que a reparação moral tem dupla finalidade: compensar a vítima pelos danos sofridos e coibir práticas abusivas no ambiente de trabalho. A omissão da Reclamada, ao desrespeitar direitos básicos da Reclamante, afronta a justiça social e os princípios constitucionais que regem as relações laborais.

Decido, portanto, nos termos acima.

Desembargador(a) Relator(a): Nome do Magistrado

### Estrutura 1. Voto do Magistrado**: Organizado em subtítulos com `

` para seções como Relatório, Fundamentação e Dispositivo. 2. Referências à Constituição e Leis**: Fundamentação jurídica detalhada com base na CF/88, CLT e Código Civil. 3. Conclusão**: O voto enfatiza a justiça social e a reparação de danos, encerrando com a decisão do magistrado.


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