Modelo de Réplica à Contestação com Impugnação ao Pedido Contraposto em Ação de Cobrança por Irregularidades Contratuais
Publicado em: 23/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO COM IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO CONTRAPOSTO
Nome completo da autora: M. F. de S. L.
Nome completo da ré: C. E. da S.
PREÂMBULO
Por meio da presente, a autora, M. F. de S. L., já devidamente qualificada nos autos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus procuradores, apresentar RÉPLICA À CONTESTAÇÃO COM IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO CONTRAPOSTO, nos termos do art. 31 da Lei 9.099/95, pelos fundamentos de fato e de direito que passa a expor.
DOS FATOS
A autora ajuizou a presente ação em razão de cobranças indevidas realizadas pela ré, as quais não possuem respaldo contratual ou legal. Em sua contestação, a ré apresentou pedido contraposto, alegando que a autora usufruiu dos serviços educacionais sem realizar o pagamento integral das mensalidades, pleiteando a condenação ao pagamento de valores supostamente devidos, além de multa contratual e rescisão do contrato.
Contudo, as alegações da ré não encontram amparo nos fatos e no direito, conforme será demonstrado a seguir.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que o pedido contraposto formulado pela ré carece de elementos probatórios que demonstrem a veracidade das alegações. Nos termos do CPC/2015, art. 373, II, cabe à ré o ônus de comprovar o inadimplemento contratual por parte da autora, o que não foi realizado.
Ademais, a autora contesta a validade das cobranças realizadas, uma vez que não houve prestação de serviços educacionais de forma adequada e condizente com o contrato firmado, configurando descumprimento contratual por parte da ré. Tal situação viola o princípio da boa-fé objetiva, previsto no CCB/2002, art. 422, e o princípio do equilíbrio contratual, essencial nas relações de consumo.
Quanto à multa contratual pleiteada, é importante ressaltar que sua aplicação deve observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, conforme entendimento consolidado na jurisprudência. A imposição de multa desproporcional configura enriquecimento sem causa, vedado pelo CCB/2002, art. 884.
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