Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Restituição de Valores e Indenização por Danos Morais contra Grupo Casas Bahia S.A.

Publicado em: 06/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Documento jurídico que apresenta a réplica à contestação no Processo nº 202440203693, movido por N. A. de V. F. contra o Grupo Casas Bahia S.A., tratando de descumprimento contratual e retenção indevida de valores em relação à compra de uma TV. O autor alega violação ao Código de Defesa do Consumidor, requer devolução em dobro do valor pago, indenização por danos morais, concessão de justiça gratuita e honorários advocatícios. A peça contesta a defesa da ré quanto ao estorno do pagamento, a inexistência de provas e a tentativa de desqualificação do dano moral. Fundamenta-se nos artigos do CDC, jurisprudências e princípios de boa-fé objetiva.

RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

Processo: 202440203693

Autor: N. A. de V. F.

Réu: Grupo Casas Bahia S.A.

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito do 2º Juizado Especial de Aracaju,

N. A. de V. F., já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, apresentar RÉPLICA À CONTESTAÇÃO, nos termos do art. 350 do CPC/2015, em face do Grupo Casas Bahia S.A., pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

Conforme narrado na inicial, o Autor adquiriu uma TV de 85 polegadas no valor de R$ 7.522,67, com promessa de entrega em 8 dias úteis. Contudo, ao verificar o prazo de entrega no site da Ré, constatou que a entrega estava programada para 31/12/2024, em total descumprimento ao prazo pactuado. Diante disso, o Autor cancelou a compra e solicitou a devolução do valor pago, conforme política da Ré, que previa devolução em até 24 horas úteis. Entretanto, até a data de 18/12/2024, o valor não havia sido restituído, causando transtornos e prejuízos ao Autor.

Na contestação, a Ré alegou que o valor foi estornado, mas não apresentou qualquer comprovação documental que sustente tal afirmação.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que a relação entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que, em seu art. 14, estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos danos causados ao consumidor em decorrência de falhas na prestação de serviços.

O descumprimento do prazo de entrega e a retenção indevida do valor pago configuram falhas graves na prestação do serviço, violando os princípios da boa-fé objetiva e da confiança, previstos no CDC, art. 4º, III.

Ademais, a devolução do valor pago em dobro, conforme pleiteado, encontra amparo no CDC, art. 42, parágrafo único, que prevê tal penalidade em casos de cobrança indevida, salvo hipótese de engano justificável, o que não é o caso dos autos.

Quanto ao pedido de indenização por danos morais, a jurisprudência é pacífica ao reconhecer que a retenção indevida de valores e o descumprimento de obrigações contratuais essenciais geram abalo moral passível de reparação, nos termos do art. 5º, V, da CF/88.

DA IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

1. Da Justiça Gratuita: A alegação da Ré de que o Autor não faz jus à justiça gratuita é infundada. Nos termos do CPC/2015, art. 99, §3º, a declaração de hipossuficiência goza de presunçã"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Do Processo

Processo: 202440203693

Autor: N. A. de V. F.

Réu: Grupo Casas Bahia S.A.

Relatório

Trata-se de ação de indenização por danos materiais e morais, ajuizada por N. A. de V. F. em face do Grupo Casas Bahia S.A. O autor alega que adquiriu uma TV de 85 polegadas com entrega prometida em 8 dias úteis, mas que, ao consultar o site da ré, constatou que a entrega seria realizada apenas no final de 2024. Diante do descumprimento do prazo, o autor solicitou o cancelamento da compra e a devolução do valor pago, que não foi realizada no período informado. A ré afirma, em contestação, que o valor foi estornado, mas não apresentou prova documental do fato.

Fundamentação

I. Dos Fatos e do Direito

Conforme narrado nos autos, a relação jurídica entre as partes é regulada pelas normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que, em seu art. 14, impõe a responsabilidade objetiva ao fornecedor pelos danos causados ao consumidor em razão de falhas na prestação do serviço.

A ré descumpriu o prazo de entrega acordado e reteve indevidamente o valor pago pelo autor, configurando falha grave na prestação do serviço e violação aos princípios da boa-fé objetiva e da confiança, previstos no art. 4º, III, do CDC. Tal conduta justifica a devolução do valor em dobro, conforme disposto no art. 42, parágrafo único, do CDC.

Quanto ao dano moral, a jurisprudência pátria reconhece que a retenção indevida de valores e o descumprimento de obrigações contratuais essenciais extrapolam o mero aborrecimento, configurando dano moral indenizável, conforme art. 5º, V, da Constituição Federal de 1988.

II. Da Previsão Constitucional

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário devem ser fundamentados. Assim, a análise do caso em tela deve observar os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e acesso à justiça.

III. Da Contestação

A ré não apresentou documentos que comprovem o estorno do valor pago, limitando-se a alegações genéricas. Ademais, não demonstrou qualquer engano justificável que pudesse afastar a aplicação da penalidade prevista no art. 42, parágrafo único, do CDC.

IV. Da Reparação por Danos Morais

A conduta da ré, ao reter indevidamente valores e descumprir o prazo de entrega, gerou transtornos ao autor que ultrapassam o mero aborrecimento, ensejando reparação por danos morais. O valor pleiteado de R$ 10.000,00 mostra-se razoável e proporcional às circunstâncias do caso.

Voto

Ante o exposto, conheço o recurso e voto pela procedência do pedido do autor, nos seguintes termos:

  • Determinar a devolução do valor pago, em dobro, no montante de R$ 15.045,34, conforme previsto no art. 42, parágrafo único, do CDC;
  • Condenar a ré ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00, nos termos do art. 5º, V, da CF/88;
  • Conceder ao autor os benefícios da justiça gratuita, de acordo com o art. 99, §3º, do CPC/2015;
  • Condenar a ré ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação.

Este é o meu voto.

Conclusão

Decido pela procedência da ação, com a consequente condenação do Grupo Casas Bahia S.A. nos termos acima expostos.

Termos em que,

Pede deferimento.

Data: Aracaju/SE, ____ de __________ de 2024.

Juiz: ____________________________


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