Modelo de Requerimento de Homologação Judicial de Pedido de Demissão de Empregada Gestante com Estabilidade Provisória

Publicado em: 16/12/2024 Trabalhista Processo do Trabalho
Pedido de homologação judicial de demissão de empregada gestante, com estabilidade provisória garantida pelo artigo 10, II, "b", do ADCT. A Requerente, em razão de questões familiares, solicita a rescisão contratual, com base no artigo 500 da CLT, que exige homologação judicial ou assistência sindical para validade do pedido. O documento destaca fundamentos jurídicos, jurisprudências do TST e requerimentos como liberação de verbas rescisórias, expedição de alvará judicial e habilitação no seguro-desemprego, se aplicável.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ___ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

[Local], [Data]

PREÂMBULO

[Nome completo da Requerente], [estado civil], [profissão], portadora do CPF nº [número], RG nº [número], residente e domiciliada à [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado, com endereço profissional à [endereço do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento na CLT, art. 500, propor o presente:

REQUERIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DE PEDIDO DE DEMISSÃO

em face de [Nome da Empresa], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede à [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Requerente foi admitida pela Requerida em [data de admissão], para exercer a função de [cargo], sendo que, no curso do contrato de trabalho, descobriu-se grávida, o que lhe conferiu a estabilidade provisória prevista no artigo 10, II, "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

Contudo, em razão de questões familiares, a Requerente decidiu acompanhar sua família, que se mudou para outra cidade, motivo pelo qual apresentou pedido de demissão em [data do pedido de demissão].

Ciente de que o pedido de demissão de empregada gestante, detentora de estabilidade provisória, exige homologação judicial ou assistência sindical, conforme disposto no artigo 500 da CLT, a Requerente vem, por meio deste requerimento, pleitear a homologação de sua rescisão contratual.

DO DIREITO

O artigo 10, II, "b", do ADCT assegura à empregada gestante estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Essa garantia tem como objetivo proteger não apenas a empregada, mas também o nascituro, conferindo-lhe segurança social e econômica.

Por sua vez, o artigo 500 da CLT estabelece que o pedido de demissão de empregado estável somente será válido quando realizado com a assistência do respectivo sindicato ou, na ausência deste, perante autoridade do Ministério do Trabalho ou da Justiça do Trabalho. Tal exigência visa assegurar que a decisão do trabalhador seja livre de qualquer coação ou vício de consentimento.

No presente caso, a Requerente, embora detentora"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de requerimento de homologação judicial de pedido de demissão apresentado por [Nome da Requerente], empregada da Requerida [Nome da Empresa], pessoa jurídica de direito privado.

A Requerente, admitida em [data de admissão] para exercer a função de [cargo], encontra-se em estado de gestação, conforme informado no curso do contrato de trabalho, sendo detentora de estabilidade provisória, nos termos do artigo 10, II, "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

Não obstante, em virtude de mudança familiar, decidiu-se pela rescisão contratual, submetendo o pedido à homologação judicial, em conformidade com o artigo 500 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Passo à fundamentação.

II. Fundamentação

A) Dos Fatos e do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 93, IX, dispõe que "todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade". Assim, a presente decisão será devidamente fundamentada com base nos fatos apresentados e na legislação aplicável.

O artigo 10, II, "b", do ADCT confere à empregada gestante estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Trata-se de garantia que visa assegurar, de forma concomitante, a proteção da empregada e a segurança econômica e social do nascituro.

Por sua vez, o artigo 500 da CLT determina que o pedido de demissão de empregado estável somente será válido se homologado com a assistência sindical ou, na ausência, por autoridade competente. Tal exigência tem como objetivo resguardar o trabalhador de possíveis vícios de consentimento ou coação.

A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reforça que a estabilidade provisória da gestante é direito indisponível e irrenunciável, salvo se homologado por autoridade judicial ou sindical, como demonstram os precedentes citados no processo, tais como o Ag-RRAg 10378-15.2021.5.18.0014 e outros.

B) Da Situação Concreta

No presente caso, a Requerente apresentou pedido de demissão em razão de questões familiares, pleiteando a homologação judicial da rescisão contratual, reconhecendo, assim, sua vontade inequívoca de extinguir o vínculo empregatício.

Observa-se que a documentação apresentada pela Requerente, bem como sua manifestação expressa, evidencia a ausência de vícios de consentimento ou qualquer indício de coação. Ademais, não há elementos no processo que demonstrem má-fé ou tentativa de renúncia indevida de direitos.

Dessa forma, a homologação do pedido de demissão, nos termos do artigo 500 da CLT, encontra-se em conformidade com a legislação aplicável e a proteção aos direitos da Requerente e do nascituro.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no artigo 93, IX, da Constituição Federal de 1988, no artigo 10, II, "b", do ADCT, e no artigo 500 da Consolidação das Leis do Trabalho, voto no sentido de:

  1. Julgar procedente o pedido, homologando o pedido de demissão da Requerente;
  2. Determinar à Requerida que efetue o pagamento das verbas rescisórias devidas, observando-se os direitos assegurados à empregada gestante;
  3. Autorizar a expedição de alvará judicial para levantamento de valores do FGTS e habilitação no seguro-desemprego, se cabível;
  4. Intimar as partes para ciência e cumprimento desta decisão.

É como voto.

IV. Conclusão

Com essas considerações, encaminho o processo para apreciação superior, caso necessário, e determino o cumprimento imediato das determinações aqui consignadas.

[Local], [Data]

[Nome do Magistrado]

[Cargo do Magistrado]


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