Modelo de Resposta à Acusação em Caso de Importunação Sexual com Fundamentação Jurídica e Pedido de Absolvição Sumária

Publicado em: 09/02/2025 Direito Penal Processo Penal
Defesa elaborada no âmbito de ação penal por suposto crime de importunação sexual, conforme previsto no artigo 215-A do Código Penal. O documento apresenta argumentos baseados em contradições nos depoimentos da vítima, ausência de elementos probatórios suficientes e análise de imagens de segurança, requerendo a absolvição sumária com base no artigo 397, IV, do Código de Processo Penal. Destaca princípios constitucionais como a presunção de inocência e o in dubio pro reo, além de jurisprudências relevantes.

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___.

Processo nº: ___

EMANUEL DALPRA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado regularmente constituído, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fundamento no CPP, art. 396-A, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Conforme narrado na denúncia, o acusado teria, em três ocasiões distintas, praticado atos de importunação sexual contra a Sra. Beatriz, nas dependências de uma academia. A vítima alega que o acusado teria tocado sua cintura em duas oportunidades, na escada, e, em uma terceira ocasião, durante uma foto coletiva, teria novamente abraçado sua cintura.

Contudo, os fatos narrados pela vítima são contraditórios e inverídicos, conforme se observa nos documentos e vídeos anexados aos autos. No Boletim de Ocorrência (mov. 1.2), a vítima relata que os toques ocorreram na escada e durante a foto coletiva. Já em seu depoimento (vídeo mov. 1.7), alega que o acusado teria tocado sua cintura enquanto ela tomava café. Tais contradições evidenciam a inconsistência das alegações.

Além disso, as imagens das câmeras de segurança (mov. 1.8) demonstram que o acusado, ao se aproximar para a foto coletiva, apenas encostou no ombro da vítima, sem qualquer ato libidinoso ou intenção de satisfazer a própria lascívia. Ademais, o acusado sempre frequentava a academia acompanhado de sua esposa e amigos, não havendo qualquer comportamento que corrobore as acusações.

DO DIREITO

O crime de importunação sexual, previsto no CP, art. 215-A, exige a prática de ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro, sem o consentimento da vítima. No presente caso, não há qualquer elemento probatório que demonstre a prática de ato libidinoso por parte do acusado.

Conforme disposto no CPP, art. 386, III, a absolvição é cabível quando não houver provas suficientes para a condenação. As contradições nos relatos da vítima, aliadas às imagens das câmeras de segurança, afastam qualquer possibilidade de configuração do delito imputado ao acusado.

Além disso, o princípio da presunção de inocência, consagrado na CF/88, art. 5º, LVII, assegura que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. No presente "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___.

Processo nº: ___

Análise dos Fatos e do Direito

Conforme narrado nos autos, o acusado, EMANUEL DALPRA, foi denunciado pela suposta prática do crime de importunação sexual, previsto no art. 215-A do Código Penal, em decorrência de alegados toques na cintura da Sra. Beatriz em três ocasiões distintas, nas dependências de uma academia.

No entanto, a análise detida dos autos, incluindo os depoimentos da vítima e as imagens das câmeras de segurança, revela uma série de inconsistências nos relatos apresentados pela acusação. A vítima, em seu Boletim de Ocorrência, relata circunstâncias diferentes das apresentadas em seu depoimento em juízo. Além disso, as gravações das câmeras de segurança mostram que o acusado, ao se aproximar para uma foto coletiva, tocou apenas o ombro da vítima, sem qualquer indício de ato libidinoso ou intenção de satisfazer a própria lascívia.

Destaco também que a presunção de inocência, consagrada no art. 5º, LVII, da Constituição Federal de 1988, é um princípio basilar do ordenamento jurídico brasileiro. Nesse sentido, cabe à acusação o ônus de comprovar, de forma inequívoca, a prática do crime imputado ao acusado. No presente caso, não há elementos probatórios robustos que demonstrem, além de qualquer dúvida razoável, a configuração do delito.

Fundamentação Jurídica

O art. 215-A do Código Penal exige, para a caracterização do crime de importunação sexual, a prática de ato libidinoso com o intuito de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro, sem o consentimento da vítima. Contudo, a análise das provas anexadas aos autos, especialmente as imagens das câmeras e os depoimentos, não demonstra o preenchimento dos elementos típicos exigidos pelo dispositivo legal.

Ademais, o Código de Processo Penal, em seu art. 386, III, prevê a absolvição do réu quando não houver provas suficientes para a condenação. No caso em tela, as contradições nos relatos da vítima, somadas à ausência de elementos probatórios contundentes, tornam inviável a condenação do acusado.

Por fim, aplico o princípio do in dubio pro reo, amplamente reconhecido em nosso ordenamento jurídico. Na dúvida, deve-se decidir em favor do réu, conforme jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça e de diversos Tribunais de Justiça estaduais.

Jurisprudências

1. STJ (6ª T.) - AgRg no RECURSO EM HABEAS CORPUS 157.113 - PE

O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento de que, na ausência de indícios de autoria ou prova suficiente da materialidade delitiva, o trancamento da ação penal é medida cabível. No presente caso, as contradições nos relatos da vítima e a ausência de provas robustas corroboram a tese de ausência de tipicidade da conduta imputada ao acusado.

2. TJSP (13ª Câmara de Direito Criminal) - Apelação Criminal / Importunação Sexual Acórdão/TJSP

Em casos análogos, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que a condenação pelo crime de importunação sexual exige relato seguro e coerente da vítima, corroborado por outros elementos probatórios. No caso em tela, as inconsistências dos relatos e a ausência de elementos suficientes afastam a possibilidade de condenação.

Decisão

Diante do exposto, com fulcro no art. 386, III, do Código de Processo Penal, julgo improcedente a pretensão punitiva do Estado e absolvo o acusado, EMANUEL DALPRA, pela ausência de provas suficientes para a condenação.

A presente decisão encontra-se devidamente fundamentada, em cumprimento ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988.

Termos Finais

Publique-se. Registre-se. Intimem-se as partes.

Cidade, ___ de ___ de 20__.

Magistrado: __________________________

Título e Assinatura: Juiz de Direito


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