Modelo de Resposta à Acusação em Caso de Violência Doméstica: Pedido de Absolvição Sumária com Base na Falta de Provas e Princípios Fundamentais

Publicado em: 20/03/2025 Advogado Direito Penal Processo Penal
Resposta à acusação apresentada por Fulano de Tal em processo criminal por suposta prática de lesão corporal em contexto de violência doméstica e familiar, com fundamento na Lei Maria da Penha. O documento busca demonstrar a ausência de provas concretas para sustentar a denúncia, invocando princípios constitucionais como a presunção de inocência e o in dubio pro reo, além da necessidade de provas robustas para condenação. Contém pedidos de absolvição sumária nos termos do CPP, art. 397, inciso III e, subsidiariamente, a realização de prova pericial e testemunhal.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____________

Processo nº: ____________

FULANO DE TAL, brasileiro, estado civil ____________, profissão ____________, portador do RG nº ____________ e inscrito no CPF sob o nº ____________, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ____________, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento de mandato em anexo, com endereço profissional na Rua ____________, nº ____________, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 396-A do Código de Processo Penal, apresentar:

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

Em face da denúncia que lhe foi imputada, com base no CP, art. 129, § 13, em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

PREÂMBULO

A presente peça tem como objetivo demonstrar que o acusado não cometeu o crime descrito na denúncia, sendo a imputação infundada e carente de provas suficientes para sustentar a acusação. Assim, requer-se a absolvição sumária do réu, nos termos do CPP, art. 397, inciso III.

DOS FATOS

Segundo a denúncia, o acusado teria praticado o crime de lesão corporal contra sua ex-companheira, a senhora ____________, em razão de contexto de violência doméstica e familiar. A acusação baseia-se exclusivamente na palavra da suposta vítima, que alega ter sofrido agressões físicas no dia ____________, no endereço ____________.

O réu, entretanto, nega veementemente os fatos narrados na denúncia. Afirma que jamais agrediu a suposta vítima e que, na data mencionada, sequer estava presente no local dos fatos, conforme será demonstrado adiante.

DO DIREITO

A denúncia apresentada carece de elementos probatórios mínimos que demonstrem a materialidade e autoria do delito imputado ao réu. O CP, art. 129, § 13, exige que a prática de lesão corporal seja comprovada por meio de elementos concretos, como laudos periciais ou testemunhas idôneas, o que não ocorre no presente caso.

O CPP, art. 155, dispõe que "o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas". No caso em tela, a acusação baseia-se exclusivamente na palavra da suposta vítima, sem qualquer corroborante probatório.

Ademais, o princíp"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de análise de recurso interposto por Fulano de Tal, acusado da prática de crime de lesão corporal em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, conforme denúncia fundamentada no CP, art. 129, § 13 e na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). A defesa apresentou resposta à acusação, pleiteando a absolvição sumária por ausência de provas robustas que sustentem a denúncia.

Fundamentos

Nos termos da CF/88, art. 93, IX, toda decisão judicial deve ser fundamentada, sob pena de nulidade. Passo, pois, a analisar o caso em apreço.

1. Dos fatos e das provas

A denúncia apresentada baseia-se exclusivamente na palavra da suposta vítima, sem a presença de elementos materiais ou testemunhais que corroborem os fatos narrados. A defesa, por sua vez, alega a inexistência de materialidade e autoria, pleiteando a aplicação do princípio do in dubio pro reo.

O CPP, art. 155 exige que o juiz forme sua convicção a partir de provas produzidas sob o contraditório judicial. No presente caso, não há laudo pericial, testemunhas idôneas ou qualquer outro elemento probatório que confirme as alegações da denúncia. A simples palavra da vítima, embora importante, deve ser confrontada com outros meios de prova para afastar qualquer dúvida razoável.

2. Da presunção de inocência

O princípio da presunção de inocência, consagrado na CF/88, art. 5º, LVII, estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. No caso em análise, a ausência de provas concretas inviabiliza a formação de juízo de certeza acerca da culpabilidade do acusado.

3. Do princípio do in dubio pro reo

A jurisprudência pátria tem reiteradamente reconhecido que, na ausência de provas robustas, deve-se decidir em favor do réu. Trata-se de aplicação direta do princípio do in dubio pro reo, que decorre da presunção de inocência e constitui garantia fundamental do acusado.

\"Princípio da íntima convicção que há de ceder espaço em favor do postulado da livre persuasão racional (CPP, art. 155), devendo a conclusão estar lastreada em evidências inequívocas, ao largo de convicções pessoais extraídas a partir de deduções inteiramente possíveis, porém não integralmente comprovadas, estreme de dúvidas.\" (TJRJ, Apelação Acórdão/TJRJ, Rel. Des. Carlos Eduardo Freire Roboredo, DJ 29/11/2024)

Conclusão

Ante o exposto, considerando a ausência de provas suficientes para sustentar a denúncia e em observância aos princípios constitucionais da presunção de inocência e do in dubio pro reo, voto pela procedência do pedido de absolvição sumária do réu, Fulano de Tal, com fundamento no CPP, art. 397, inciso III.

Determino, ainda, o arquivamento dos autos, sem prejuízo de nova denúncia caso surjam elementos probatórios concretos e suficientes para sustentar a acusação.

Por fim, determino que seja dada ciência ao Ministério Público para eventual manifestação.

Dispositivo

Diante do exposto, julgo procedente o pedido e determino a absolvição sumária do réu, nos termos do CPP, art. 397, inciso III.

Sala das Sessões, ____________.

_________________________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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