Modelo de Razões Contra a Resposta à Acusação em Ação Penal por Violência Doméstica e Stalking

Publicado em: 08/04/2025 Consumidor Advogado Direito Penal Processo Penal
Petição apresentada pela vítima, representada por seu advogado, no âmbito de ação penal que apura crimes de lesão corporal qualificada por violência doméstica (CP, art. 129, § 13) e perseguição ou stalking (CP, art. 147-A, § 1º, II), ambos no contexto da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006). A peça rebate a resposta à acusação ofertada pela Defensoria Pública em favor do réu, ressaltando a ausência de argumentos concretos e a robustez do conjunto probatório, com base na palavra da vítima, laudos médicos e jurisprudência aplicável. Requer o prosseguimento regular da ação penal, produção de provas e designação de audiência de instrução.

AO JUÍZO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO – SE

Processo n.º: 9885646613

P. S. R. DOS S,, já qualificada nos autos da ação penal em epígrafe, na qualidade de vítima, por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com endereço profissional constante no rodapé, onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CPP, art. 396-A, § 2º, apresentar suas

RAZÕES CONTRA A RESPOSTA À ACUSAÇÃO

ofertada pela DEFENSORIA PÚBLICA em favor do acusado R. S. S., também já qualificado nos autos, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

DOS FATOS

O Ministério Público ofereceu denúncia contra o réu R. S. S., imputando-lhe a prática dos crimes previstos no CP, art. 129, § 13 (lesão corporal qualificada pela violência doméstica) e CP, art. 147-A, § 1º, II (perseguição ou stalking), ambos cometidos no contexto da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), em razão de condutas reiteradas ocorridas entre os dias 02/06/2024 e 18/08/2024, contra sua ex-companheira P. S. R. dos S..

Segundo consta da denúncia, o acusado teria agido de forma reiterada e dolosa, perseguindo e ameaçando a vítima, além de tê-la agredido fisicamente, causando-lhe lesões corporais. A materialidade dos delitos encontra-se demonstrada por meio de boletins de ocorrência, laudos médicos e depoimentos colhidos em sede policial.

Em resposta à acusação, a Defensoria Pública limitou-se a negar genericamente os fatos, sem apresentar argumentos concretos ou provas que infirmem a narrativa da denúncia, requerendo o prosseguimento do feito e a produção de provas.

DO DIREITO

A resposta à acusação apresentada pela Defensoria Pública carece de impugnação específica e não enfrenta os elementos probatórios já constantes dos autos. A negativa genérica dos fatos, desacompanhada de qualquer início de prova ou justificativa plausível, não é suficiente para infirmar a justa causa da ação penal.

Conforme dispõe o CPP, art. 396-A, a resposta à acusação deve conter a exposição dos argumentos de defesa, com a indicação de provas e documentos que possam demonstrar a inocência do acusado ou a ausência de justa causa para a ação penal. No presente caso, a defesa limitou-se a negar os fatos, sem apresentar qualquer elemento novo ou relevante.

Ademais, os crimes imputados ao réu encontram-se amplamente demonstrados por meio da palavra firme e coerente da vítima, corroborada por laudos médicos e demais elementos de prova. Em crimes praticados no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher, a palavra da vítima assume especial relevância, conforme pacífica jurisprudência do STJ e dos Tribunais Estaduais.

Importa destacar que a conduta do réu configura grave violação aos direitos fundamentais da mulher, especialmente à sua integridade física, psíquica e moral, protegidos pela CF/88, art. 5º, I e III, e pela Lei 11.340/2006, que visa coibir e prevenir"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de ação penal em que a vítima, P. S. R. DOS S., acusa o réu R. S. S. de práticas criminosas previstas no CP, art. 129, §13 (lesão corporal qualificada pela violência doméstica) e CP, art. 147-A, §1º, II (perseguição ou stalking) do Código Penal, ambas no contexto da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha).

Os fatos ocorreram entre os dias 02/06/2024 e 18/08/2024, sendo evidenciados por meio de boletins de ocorrência, laudos médicos e depoimentos colhidos em sede policial. A defesa, representada pela Defensoria Pública, apresentou resposta à acusação, negando genericamente os fatos sem, contudo, apresentar provas concretas ou argumentos capazes de infirmar a denúncia.

II. Fundamentação

1. Da Materialidade e Autoria

A materialidade dos crimes encontra-se amplamente demonstrada pelos elementos constantes nos autos, tais como boletins de ocorrência, laudos médicos e depoimentos. A palavra da vítima, em casos de violência doméstica, possui especial relevância probatória, conforme jurisprudência consolidada no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com a CF/88, art. 5º, I e III e a Lei 11.340/2006, a integridade física, psíquica e moral da mulher deve ser protegida. Assim, a conduta do acusado afronta diretamente os preceitos constitucionais e legais destinados à proteção da mulher no contexto doméstico e familiar.

2. Da Resposta à Acusação

Nos termos do CPP, art. 396-A, a resposta à acusação deve conter argumentos substanciais, acompanhados de provas ou documentos que demonstrem a ausência de justa causa para a manutenção da ação penal. No presente caso, a defesa limitou-se à negativa genérica dos fatos, não apresentando elementos capazes de afastar a robustez do conjunto probatório já constante nos autos.

3. Da Relevância da Palavra da Vítima

Em crimes de violência doméstica, a palavra da vítima assume valor probatório diferenciado, especialmente quando corroborada por outros elementos de prova, como laudos médicos e depoimentos testemunhais. Esta postura encontra respaldo na jurisprudência do STJ, conforme o julgado no HC Acórdão/STJ, e nos Tribunais Estaduais.

Ademais, a tese de defesa apresentada pelo réu não traz elementos suficientes que justifiquem a rejeição da denúncia ou a absolvição sumária, sendo imprescindível a continuidade do feito até a fase de instrução e julgamento.

4. Da Necessidade de Prosseguimento da Ação

A robustez das provas indiciárias apresentadas pelo Ministério Público, aliada à ausência de argumentos concretos da defesa, justifica o prosseguimento da ação penal, nos termos do CPP, art. 399.

III. Decisão

Ante o exposto, voto no sentido de conhecer o recurso interposto e dar-lhe provimento parcial, com a finalidade de determinar o prosseguimento regular da ação penal, confirmando o recebimento da denúncia e indeferindo qualquer pleito implícito de absolvição sumária ou rejeição da acusação.

Determino, ainda, a realização de audiência de instrução e julgamento, com a produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente o depoimento da vítima e das testemunhas arroladas pelas partes, bem como a intimação pessoal da vítima para os atos processuais, nos termos do CPP, art. 201.

É como voto.

IV. Fundamento Constitucional

Este voto está fundamentado no princípio da motivação das decisões judiciais, conforme estabelece a CF/88, art. 93, IX, que determina que todas as decisões judiciais devem ser devidamente fundamentadas, sob pena de nulidade.


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