Busca e Apreensão e a Ilegalidade da Prova Obtida: Critérios e Limitações

Publicado em: 18/07/2024 Processo Penal
Esta doutrina examina os critérios e limitações da busca e apreensão, abordando a legalidade das provas obtidas durante essas operações. Discute os requisitos de fundada suspeita e a necessidade de justificativas objetivas para a realização de buscas pessoais e domiciliares, conforme a jurisprudência.

1. Nos termos do art. 240, § 2º, do Código de Processo Penal – CPP, para a realização de busca pessoal é necessária a presença de fundada suspeita no sentido de que a pessoa abordada esteja na posse de drogas, objetos ou papéis que constituam corpo de delito. Restou evidenciada a justificativa para a abordagem dos réus (decorrente de contexto prévio de fundadas razões), a qual teve início a partir do momento em que, após notícia da comercialização de drogas pelos réus por meio de "sistema delivery", com mensagens eletrônicas em aplicativos (facebook e whatsapp), os policiais militares abordaram os acusados em via pública em pleno transporte de entorpecentes para comercialização, ocasião em que os agentes admitiram a traficância, afirmando haver mais drogas em seu imóvel. Realizadas diligências no imóvel, autorizadas pelos acusados, foram localizadas mais drogas e diversos petrechos para individualização e embalagem dos entorpecentes em porções comercializáveis, como balança e faca, tudo com vestígio de narcóticos.

 

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