Modelo de Ação Anulatória de Débito Fiscal em Face da União Federal para Suspensão de Multa Indevida no IRPF

Publicado em: 24/11/2023 Tributário
Modelo de petição inicial para Ação Anulatória de Débito Fiscal, proposta por contribuinte em face da União Federal (Fazenda Nacional). A ação busca a anulação de multa tributária aplicada pela Receita Federal devido à suposta irregularidade na declaração de dependente no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Fundamenta-se nos princípios da legalidade, proporcionalidade e razoabilidade, além de jurisprudência consolidada, comprovando a regularidade do vínculo matrimonial por meio de certidão de casamento. Requer a tutela de urgência para suspender a exigibilidade da multa, a citação da União, a anulação da penalidade e a condenação em honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE [LOCALIDADE]

[Localidade], [Data]

PREÂMBULO

NOME COMPLETO DO AUTOR, brasileiro, casado, profissão, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua [Endereço completo], e-mail [email do autor], vem, por meio de seu advogado, com endereço profissional na Rua [Endereço do advogado], e-mail [email do advogado], à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL

em face da UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL), com endereço na [Endereço da União], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor, contribuinte regularmente inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), apresentou sua declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) referente ao exercício de [ano], incluindo como dependente sua esposa, com quem é casado civilmente, conforme certidão de casamento anexa.

Contudo, a Receita Federal do Brasil (RFB), ao processar a declaração, inseriu o Autor na malha fiscal, alegando inexistência de vínculo entre o contribuinte e a dependente declarada. Em razão disso, foi aplicada uma multa tributária no valor de R$ [valor da multa], sob a justificativa de irregularidade na declaração.

Ocorre que a alegação da RFB é manifestamente equivocada, uma vez que o vínculo entre o Autor e sua dependente está devidamente comprovado por meio da certidão de casamento, documento hábil e suficiente para tal comprovação. Assim, a multa aplicada carece de fundamento legal e deve ser anulada.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no princípio da legalidade, consagrado no CF/88, art. 5º, II, que estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei. A Receita Federal, ao desconsiderar o vínculo matrimonial devidamente comprovado, violou tal princípio, aplicando penalidade sem respaldo legal.

Além disso, o CPC/2015, art. 319, exige que a Administração Pública fundamente seus atos de forma clara e objetiva, o que não ocorreu no caso em tela, uma vez que a decisão administrativa desconsiderou prova documental inequívoca, qual seja, a certidão de casamento.

A legislação tributária, em especial o Decreto 9.580/2018, art. 77, §1º, prevê que o cônjuge pode ser incluído como dependente na declaração de IRPF, desde que comprovado o vínculo matrimonial. O Auto"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Anulatória de Débito Fiscal proposta por NOME COMPLETO DO AUTOR, em face da UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL), com o objetivo de anular multa tributária aplicada pela Receita Federal do Brasil (RFB). A penalidade foi imposta sob o argumento de inexistência de vínculo entre o Autor e sua dependente declarada em declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

O Autor sustenta a regularidade da declaração apresentada, comprovando o vínculo matrimonial por meio de certidão de casamento anexa aos autos. Fundamenta seu pedido na violação dos princípios constitucionais da legalidade e proporcionalidade, além da legislação tributária aplicável.

Voto

Em análise aos autos, constata-se que o Autor apresentou declaração de IRPF incluindo sua esposa como dependente, anexando, para tanto, a certidão de casamento como prova documental do vínculo matrimonial. A Receita Federal, ao desconsiderar o documento, inseriu o contribuinte na malha fiscal e aplicou multa tributária.

A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso II, consagra o princípio da legalidade, determinando que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei". A atuação da Administração Pública, ao impor penalidades, deve observar rigorosamente tal princípio, o que não ocorreu no presente caso, visto que a certidão de casamento é documento hábil e suficiente para demonstrar o vínculo matrimonial.

Além disso, o Decreto 9.580/2018, em seu artigo 77, §1º, expressamente admite a inclusão de cônjuge como dependente na declaração de IRPF, mediante comprovação do vínculo matrimonial. O Autor cumpriu integralmente essa exigência, inexistindo fundamento legal para a manutenção da penalidade aplicada.

No tocante ao princípio da proporcionalidade, previsto no artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal, é evidente que a penalidade, além de carecer de base legal, é desarrazoada, pois ignora a boa-fé do contribuinte e a regularidade da documentação apresentada.

Por fim, a jurisprudência pátria corrobora o entendimento de que a atuação da Receita Federal deve respeitar os princípios constitucionais e os direitos do contribuinte. Como exemplo, destaco o julgamento do REsp 1.825.390 - RS, no qual o STJ reafirma a necessidade de fundamentação clara e objetiva dos atos administrativos, bem como a decisão do STF na ADI 5.422 - DF, que reforça a proteção aos direitos fundamentais do contribuinte.

Conclusão

Diante do exposto, conheço do recurso interposto e voto pela procedência do pedido formulado pelo Autor, para:

  1. Anular a multa tributária aplicada pela Receita Federal;
  2. Reconhecer a regularidade da declaração de IRPF apresentada pelo Autor;
  3. Condenar a União Federal ao pagamento de honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 do CPC/2015.

É como voto.

_____________________________________________

Excelentíssimo Senhor Doutor Magistrado


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