Modelo de Ação Anulatória de Multa de Trânsito por Ausência de Notificação e Vício em Ato Administrativo

Publicado em: 06/12/2024 AdministrativoCivelProcesso Civil Trânsito
Petição inicial de Ação Anulatória de Multa de Trânsito proposta por motorista profissional em face do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), visando anular penalidade aplicada com fundamento no art. 165-B do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O autor alega ausência de notificação prévia, violação ao contraditório e ampla defesa, e inexistência de flagrante, configurando vícios que comprometem a legalidade do ato administrativo. Fundamentação jurídica baseada nos princípios da legalidade, razoabilidade e devido processo legal, com apoio em jurisprudências e doutrina. Inclui pedido de tutela de urgência para suspensão da penalidade e condenação do réu em custas processuais e honorários.

AÇÃO ANULATÓRIA DE MULTA DE TRÂNSITO

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de __________.

A. J. dos S., brasileiro, casado, motorista profissional, portador do RG nº __________ e inscrito no CPF sob o nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, propor a presente

AÇÃO ANULATÓRIA DE MULTA DE TRÂNSITO

em face do DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO (DETRAN), pessoa jurídica de direito público, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Autor foi autuado pelo DETRAN sob a alegação de não ter realizado o exame toxicológico periódico obrigatório, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A multa foi aplicada com base no art. 165-B do CTB, que estabelece penalidade para condutores que não realizarem o exame dentro do prazo estipulado.

Contudo, o Autor não foi devidamente notificado da necessidade de realização do exame toxicológico, tampouco da autuação, o que comprometeu seu direito ao contraditório e à ampla defesa, garantidos pela Constituição Federal (CF/88, art. 5º, LV). Além disso, a multa foi aplicada de forma arbitrária, sem que houvesse comprovação de que o Autor estivesse conduzindo veículo no momento da suposta infração.

Diante disso, o Autor busca a anulação da multa aplicada, uma vez que a ausência de notificação e a inexistência de flagrante configuram vícios que tornam o ato administrativo nulo.

DO DIREITO

A presente ação fundamenta-se no princípio da legalidade, previsto na CF/88, art. 37, caput, que determina que a Administração Pública deve agir estritamente conforme a lei. No caso em tela, a ausência de notificação prévia ao Autor viola o disposto no CTB, art. 281, II, que condiciona a validade da autuação à notificação regular do infrator.

Além disso, o direito ao contraditório e à ampla defesa, garantidos pela CF/88, art. 5º, LV, foi claramente violado, uma vez que o Autor não teve a oportunidade de se manifestar sobre a autuação antes da aplicação da penalidade. A ausência de notificação compromete a validade do ato administra"'>...

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Informações complementares

Resumo Fático

O Autor, A. J. dos S., motorista profissional, foi autuado pelo Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) sob a alegação de descumprir a exigência de realização do exame toxicológico periódico obrigatório, conforme previsto no art. 165-B do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Tal infração resultou na aplicação de uma multa, que o Autor busca anular.

No entanto, o Autor alega que não foi devidamente notificado sobre a necessidade de realizar o exame toxicológico nem sobre a própria autuação, o que comprometeu o exercício do contraditório e da ampla defesa, garantidos pela Constituição Federal (art. 5º, LV). Além disso, afirma que a multa foi arbitrária, pois não houve comprovação de que ele estivesse conduzindo um veículo no momento da infração, o que configura ausência de flagrante.

Em razão dessas irregularidades, o Autor requer a anulação da multa, com base em argumentos jurídicos que evidenciam vícios formais e substanciais no ato administrativo.

Fundamentos Jurídicos

A ação fundamenta-se no princípio da legalidade, previsto no art. 37, caput, da Constituição Federal, que exige que a Administração Pública aja estritamente conforme a lei. Nesse contexto, a ausência de notificação regular ao Autor viola o art. 281, II, do CTB, que condiciona a validade de uma infração à notificação do infrator.

A ausência de notificação também configura violação dos direitos fundamentais ao contraditório e à ampla defesa, previstos no art. 5º, LV, da Constituição Federal. Sem ter sido notificado, o Autor não teve a oportunidade de se manifestar sobre a autuação antes da aplicação da penalidade, o que compromete a legitimidade do ato administrativo.

A doutrina administrativa destaca que os atos administrativos devem observar requisitos essenciais, como competência, finalidade, forma, motivo e objeto, sob pena de nulidade. A ausência de notificação e a falta de comprovação de flagrante demonstram vícios nesses requisitos. Ademais, a aplicação da multa sem evidência de condução do veículo viola o princípio da razoabilidade (art. 5º, LIV, da CF), que exige a adequação dos atos administrativos aos objetivos que buscam alcançar.

Jurisprudência Relevante

A jurisprudência reforça a necessidade de notificação regular para a validade das autuações de trânsito:

  • TJSP (6ª Turma Recursal de Fazenda Pública) - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: "Presunção de legitimidade dos atos da Administração Pública - R. sentença mantida - Recurso improvido."
  • TJSP (4ª Turma - Fazenda Pública) - Recurso Inominado Cível Acórdão/TJSP: "Presunção de legitimidade dos atos administrativos que não foi afastada - Interesse público da segurança no trânsito que se sobrepõe ao interesse egoístico, individual e particular."
  • TJSP (9ª Câmara de Direito Público) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: "É nula sentença proferida aquém do pedido, por caracterizar julgamento citra petita - Inteligência dos arts. 141 e 492, ambos do CPC."

Conclusão

A narrativa apresentada evidencia que a multa aplicada ao Autor é nula devido à ausência de notificação regular e à inexistência de flagrante. Tais fatos comprometem a validade do ato administrativo, violando princípios constitucionais como a legalidade, o contraditório, a ampla defesa e a razoabilidade.

Por esses motivos, o Autor busca a anulação da multa, além de outros pedidos compatíveis, como a suspensão dos efeitos da penalidade até o julgamento final e a condenação do Réu ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.


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