Modelo de Ação de Anulação de Licença Ambiental com Fundamentação Jurídica e Pedidos de Tutela de Urgência

Publicado em: 07/06/2023 Meio Ambiente
Petição inicial para pleitear a anulação de licença ambiental emitida sem observância dos requisitos legais, incluindo a ausência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). O documento fundamenta-se nos princípios constitucionais de proteção ao meio ambiente e em dispositivos legais, como a Lei 6.938/1981, além de citar jurisprudências do STJ. A ação requer a declaração de nulidade da licença ambiental, tutela de urgência para suspensão imediata da licença e condenação do réu ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE LICENÇA AMBIENTAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de _____________

Autor: [Nome completo do autor], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [número] e RG nº [número], residente e domiciliado em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].
Réu: [Nome completo do réu], [qualificação completa], com sede em [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].
Valor da causa: R$ [valor].

DOS FATOS

O autor vem à presença de Vossa Excelência para pleitear a anulação da licença ambiental concedida ao réu, referente ao empreendimento [nome do empreendimento], localizado em [localização], sob o número de licença [número]. A licença foi emitida em [data], pela autoridade competente, sem a devida observância aos requisitos legais e técnicos exigidos pela legislação ambiental brasileira.

A licença ambiental em questão apresenta vícios graves, como a ausência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), conforme exigido pela Lei 6.938/1981, art. 9º, III. Além disso, não houve consulta pública adequada, violando o princípio da participação popular previsto no CF/88, art. 225, §1º, IV. Tais irregularidades comprometem a validade do ato administrativo e colocam em risco o meio ambiente e a coletividade.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 225, caput, estabelece que "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações". Este dispositivo consagra o direito fundamental ao meio ambiente equilibrado, que deve ser protegido contra atos administrativos ilegais.

A Lei 6.938/1981, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, prevê em seu art. 9º, III, a obrigatoriedade de estudos prévios de impacto ambiental para atividades potencialmente poluidoras. No caso em tela, a ausência do EIA/RIMA configura grave irregularidade, tornando a licença ambiental nula de pleno direito.

O princípio da precaução, amplamente reconhecido no Direito Ambiental, também é aplicável ao c"'>...

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Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

1. Introdução

Trata-se de uma ação judicial proposta pelo autor para anular uma licença ambiental concedida ao réu, referente ao empreendimento denominado [Nome do Empreendimento], localizado em [Localização]. A licença ambiental, identificada pelo número [número], foi emitida em [data] sem a observância dos requisitos legais exigidos pela legislação ambiental brasileira.

2. Dos Fatos

A licença ambiental em questão apresenta vícios graves que comprometem sua validade. Entre as irregularidades destacam-se:

  • A ausência de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), conforme exigido pelo art. 9º, III, da Lei 6.938/1981.
  • A inexistência de consulta pública adequada, violando o princípio da participação popular previsto no art. 225, §1º, IV, da Constituição Federal.

Tais falhas colocam em risco o meio ambiente e os direitos coletivos, tornando a concessão da licença nula e prejudicando o equilíbrio ecológico da região onde o empreendimento será realizado.

3. Do Direito

O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é assegurado pelo art. 225 da Constituição Federal de 1988, que impõe ao Poder Público e à coletividade o dever de preservação ambiental. A legislação brasileira, notadamente a Lei 6.938/1981, exige estudos prévios, como o EIA/RIMA, para atividades potencialmente poluidoras, o que não foi respeitado no caso em tela.

Ainda, o princípio da precaução, amplamente reconhecido no Direito Ambiental, determina que, em situações de incerteza sobre os impactos ambientais, deve-se priorizar a proteção ao meio ambiente. A ausência de estudos técnicos viola esse princípio e expõe o ecossistema a riscos desnecessários.

Doutrinadores como José Afonso da Silva reforçam que o meio ambiente é um bem jurídico de natureza difusa, cuja proteção deve prevalecer sobre interesses econômicos. Assim, a anulação da licença ambiental é medida necessária para restabelecer a legalidade.

4. Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforça a necessidade de observância rigorosa da legislação ambiental. No julgamento do Tema 1.204/STJ, firmou-se o entendimento de que as obrigações ambientais possuem natureza propter rem, podendo ser exigidas do proprietário ou possuidor atual, ou de ambos.

Ainda, no caso REsp Acórdão/STJ, o STJ concluiu que a responsabilidade ambiental é objetiva e propter rem, atingindo o proprietário independentemente de sua participação no dano. Esses precedentes demonstram a gravidade das irregularidades apontadas e reforçam a necessidade de nulidade do ato administrativo.

5. Conclusão e Pedidos

Diante das irregularidades apontadas, o autor requer:

  • A citação do réu para apresentar contestação no prazo legal;
  • A concessão de tutela de urgência para suspensão imediata da licença ambiental nº [número];
  • A declaração de nulidade da licença ambiental, em razão da violação da legislação ambiental;
  • A condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
  • A produção de todas as provas admitidas em direito, incluindo perícia e documentos.

A presente ação visa proteger o meio ambiente, garantir o cumprimento da legislação e resguardar os direitos coletivos, fundamentais para esta e futuras gerações.


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