Modelo de Ação Civil Pública por Dano Ambiental: Ministério Público Requer Recuperação de Áreas Degradadas e Indenização Ambiental

Publicado em: 05/06/2023 Meio Ambiente
Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público em face de réus responsáveis por degradação ambiental em área de preservação permanente (APP). A petição fundamenta-se na Constituição Federal, Código Florestal (Lei 12.651/2012) e Lei 7.347/1985, solicitando a recuperação integral da área degradada, pagamento de indenização pelos danos causados, e aplicação de multa diária em caso de descumprimento. O documento destaca os princípios jurídicos da prevenção, precaução e poluidor-pagador, além de embasamento doutrinário e jurisprudências relevantes.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR DANO AMBIENTAL

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Autor: Ministério Público do Estado de ___

Réu(s): [Nome completo ou razão social dos réus, conforme o caso]

PREÂMBULO

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE ___, por intermédio de seu representante legal, com fundamento na Lei 7.347/1985, art. 1º, IV, e no CF/88, art. 225, §3º, vem propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA em face de [Nome(s) do(s) Réu(s)], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de dano ambiental constatado na área de preservação permanente (APP) localizada em [descrever a localização], onde foi verificada a supressão de vegetação nativa e a ocupação irregular, em desacordo com as normas ambientais vigentes.

Após fiscalização realizada pelo órgão ambiental competente, constatou-se a ausência de medidas de recuperação ambiental, bem como a inexistência de Reserva Legal devidamente instituída no imóvel rural em questão.

Apesar de notificações administrativas, os réus não adotaram as providências necessárias para a reparação do dano ambiental, persistindo a degradação da área.

DO DIREITO

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 225, caput, estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo este um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. O §3º do mesmo artigo prevê a responsabilização penal, administrativa e civil daqueles que causarem danos ao meio ambiente.

A Lei 7.347/1985, art. 1º, IV, disciplina a Ação Civil Pública como instrumento processual adequado para a proteção do meio ambiente, permitindo a reparação de danos causados a bens de interesse difuso e coletivo.

O Código Florestal (Lei 12.651/2012) também impõe a obrigação de preservação e recuperação de áreas de preservação permanente (APPs) e de Reserva Legal, conforme disposto em seus arts. 3º, 12 e 17.

PRINCÍPIOS JURÍDICOS APLICÁVEIS

Destacam-se os princípios da prevenção e da precaução, que orientam a atuação do Poder Público e dos particulares na proteção ambiental. O princípio do poluidor-pagador, por sua vez, impõe ao causador do dano ambiental o dever de repará-lo integralmente.

DO EMBASAMENTO DOUTRINÁRIO

Segundo José Afonso da Silva, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fundamental de terceira geração, que transcende os interesses individuais e se projeta como um direito coletivo e difuso, essencial à sobrevivência da humanidade.

Paulo Affonso Leme Machado, por sua vez, destaca que a Ação Civil Pública é um dos instrumentos mais eficazes para a tutela ambiental, permitindo a responsabilização dos infratores e a imposição de medidas de reparação e compensação ambiental.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Resumo Fático

O Ministério Público do Estado de [Estado] ajuizou uma Ação Civil Pública por Dano Ambiental contra [Nome(s) do(s) Réu(s)] devido à degradação constatada em uma Área de Preservação Permanente (APP) localizada em [localização específica]. A área foi desmatada, ocupada irregularmente e não possui medidas de recuperação ambiental, ou uma Reserva Legal devidamente instituída, em desacordo com o Código Florestal ( Lei 12.651/2012).

Após fiscalização realizada pelo órgão ambiental competente, foi constatada a persistência da degradação ambiental, mesmo diante de notificações administrativas enviadas aos réus, que deixaram de adotar as providências necessárias para a reparação do dano.

Fundamento Jurídico

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 225, assegura o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo um bem de uso comum e essencial à qualidade de vida. O §3º do mesmo artigo prevê a responsabilização penal, administrativa e civil por danos ambientais.

A Lei 7.347/1985, que regula a Ação Civil Pública, é o instrumento processual utilizado para reparar danos ao meio ambiente, bens de interesse coletivo e difuso. Além disso, o Código Florestal ( Lei 12.651/2012) exige a preservação e recuperação de APPs, bem como a instituição de Reservas Legais, conforme seus arts. 3º, 12 e 17.

Os princípios da prevenção e da precaução norteiam a proteção ambiental, enquanto o princípio do poluidor-pagador impõe aos réus a obrigação de reparar integralmente os danos causados.

Jurisprudência

Decisões judiciais reforçam a necessidade de reparação ambiental e a responsabilidade dos infratores. Entre elas:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Determinou a recuperação de APPs e a constituição de Reserva Legal, com compensação ambiental.
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Reconheceu a necessidade de prova pericial ambiental antes de decidir sobre a reparação do dano.
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP: Destacou a necessidade de apuração do marco legal de ocupações irregulares em biomas protegidos.

Pedidos

O Ministério Público requer:

  • A citação dos réus para contestação, sob pena de revelia.
  • A condenação dos réus à recuperação integral da área degradada, conforme plano aprovado pelo órgão ambiental.
  • A fixação de multa diária em caso de descumprimento das obrigações.
  • O pagamento de indenização por danos ambientais ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD).
  • A realização de prova pericial ambiental.
  • O pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.

Conclusão

Trata-se de uma ação que busca responsabilizar os réus pela degradação ambiental em uma APP, com base em fundamentos constitucionais e legais, além de precedentes judiciais que reforçam a obrigatoriedade de reparar o dano ambiental de forma integral. A atuação do Ministério Público segue os princípios de prevenção e precaução, buscando garantir a proteção do meio ambiente como direito coletivo e difuso.


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